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4382615 | AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM À INDIVÍDUOS IDOSOS COM DOENÇA DE PARKINSON | Autores: Symony Fabiola Lopes Nunes ; Bruna Schiphorst Delgado ; Rafaela Vivian Valcarenghi ; Rafaela Baptista ; Angela Maria Alvarez |
Resumo: **INTRODUÇÃO**: Um dos temas mais debatidos na área da saúde, nos últimos anos, é o envelhecimento populacional, este que está ligado à mudanças nos indicadores de saúde, como: queda da mortalidade e da fecundidade e o aumento expressivo da expectativa de vida. Mediante a senescência há o surgimento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Diante das DCNT degenerativas; pode-se citar a doença de Parkinson (DP), sendo conceituada como a segunda doença neurodegenerativa progressiva crônico mais comum no mundo, e caracterizada pela perda de neurônios dopaminérgicos das regiões cerebrais nigrostriatais. A DP está predominantemente presente nos indivíduos com 50 anos ou mais. Buscando-se um olhar de enfermagem direcionado à esses clientes, torna-se importante conhecer os problemas de enfermagem por meio da aplicação da Sistematização da Assistência em Enfermagem (SAE). **OBJETIVO**: Identificar os diagnósticos de enfermagem mais relevantes em indivíduos idosos com doença de Parkinson com base na NANDA; e propor intervenções à estes baseados na NIC. **DESCRIÇÃO METODOLÓGICA:** O presente estudo é descritivo e exploratório. Foi realizado no domicílio da pessoa idosa com DP, sendo a busca destas, realizada a partir do cadastrado de uma organização para pessoas com a doença, denominada Associação Parkinson de Santa Catarina (APASC). Participaram do estudo 50 indivíduos com DP apresentado 60 anos ou mais, no período de agosto e setembro de 2014. Durante a visita de avaliação era explicado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para o sujeito da pesquisa e para o responsável presente no momento. O estudo teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFSC (CEPSH/UFSC) conforme parecer nº. 26676614.5.0000, respeitando as normas nacionais e internacionais de pesquisa com seres humanos. Como Marco teórico utilizou-se a Teoria das Necessidades Humanas Básicas, de Wanda de Aguiar Horta. Aplicou-se um questionário sociodemográfico, contendo sexo, idade, nível de escolaridade e estado civil. Durante o exame físico foram aplicadas as seguintes escalas de avaliação: Escala de Hoenh e yahr, MIF e questionário para o risco de quedas. **RESULTOS**: Dos 50 participantes do estudo 52% é do sexo feminino. A média de idade dos sujeitos foi de 71,6 anos. Quanto ao estado civil, há 68% de indivíduos casados. Referente ao nível de escolaridade 54% dos idosos apresentam apenas o ensino fundamental. Afirmaram ter ensino superior 26% dos indivíduos participantes da pesquisa. O nível de incapacidade causado pela doença, medido pela escala de Hoenh e Yahr, detectou que 50% da amostra total têm comprometimento leve, 32% comprometimento moderado e 18% comprometimento grave causado pela doença. O risco de quedas avaliado pelo questionário para o risco de quedas identificou que todos os indivíduos com incapacidade grave apresentaram risco de quedas, e dos com incapacidade leve 76% tem risco de quedas. A capacidade funcional avaliada pela MIF apontou que 58% dos participantes apresentaram independência completa ou modificada, 32% dependência modificada em até 25% das tarefas, e apenas 10% da amostra apresentou dependência modificada em até 50% das tarefas. Nesta amostra não houve casos de dependência total. Para os idosos com comprometimento leve e grave causado pela DP as dimensões de independência funcional mais atingidas foram autocuidado e locomoção. Já os idosos com comprometimento moderado obtiveram piores desempenhos nas dimensões, cognição social e autocuidado. Diante dos domínios mais afetados, levantou-se os problemas de enfermagem e os diagnósticos mais relevantes foram: deambulação prejudicada relacionado ao equilíbrio prejudicado, falta de condicionamento físico e força muscular ineficiente; mobilidade física prejudicada relacionada a Força muscular diminuída e Prejuízos neuromusculares; déficit no autocuidado para alimentação relacionado a Prejuízo musculoesquelético e Prejuízo neuromuscular; déficit no autocuidado para banho relacionado a Prejuízo musculoesquelético e Prejuízo neuromuscular; déficit no autocuidado para higiene íntima relacionado a Prejuízo musculoesquelético e Prejuízo neuromuscular; déficit no autocuidado para vestir-se relacionado a Prejuízo musculoesquelético e Prejuízo neuromuscular; memória prejudicada relacionada a Prejuízo neurológico; comunicação verbal prejudicada relacionada a Condição fisiológica e Prejuízo no sistema nervoso central; controle emocional instável relacionado a Agente farmacológico, Mal-estar social, Prejuízo funcional, Transtorno do humor e Alteração na autoestima e risco de quedas relacionada a Idade = 65 anos, Alteração na função cognitiva. Como intervenções de enfermagem: orientar o idoso a usar calçados que facilitem a deambulação e evitem lesões/quedas; orientar o idoso quanto as técnicas de transferência segura e de deambulação; avaliar as funções sensoriais; monitorar a resposta do idoso aos exercícios de equilíbrio; informar sobre terapias alternativas para equilíbrio; colaborar com fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais e recreacionais no desenvolvimento e realização do programa de exercícios, estimular a pratica de exercícios de forma independente conforme o indicado; incorporar as atividades de vida diária ao protocolo de exercícios; auxiliar o idoso a desenvolver o protocolo de exercício para força, resistência e flexibilidade; monitorar a capacidade de deglutição do paciente, fornecer dispositivos adaptativos para facilitar a autoalimentação pelo paciente; encorajar o idoso a realizar as atividades normais de vida diária conforme seu nível de capacidade, estabelecer uma rotina de atividades de autocuidado; auxiliar o paciente na aceitação das necessidades de dependência, usar repetição consistente de rotinas de saúde, monitorar a capacidade do acidente de autocuidado independente. **CONCLUSÃO**: A pesquisa realizada é importante para a prática em enfermagem, haja vista evidencia alguns dos principais problemas de enfermagem dos indivíduos idosos com doença de Parkinson. Olhar para o cliente de forma holística e basear-se nas necessidades humanas básicas do indivíduo permite ao enfermeiro desenvolver o raciocínio clínico de enfermagem, buscando descrever os problemas de enfermagem pautados na cientificidade. Dessa maneira, o enfermeiro, posteriormente, planeja o cuidado direcionado para as necessidades do cliente, o que permite intervenções de enfermagem mais coerentes; e que a adesão ao plano proposto seja plausível. O uso de teorias de enfermagem e a aplicação da sistematização da assistência qualifica o cuidado de enfermagem, e permite que diferentes enfermeiros, de localidades distintas possam compreender um mesmo fenômeno. **CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: **As evidências obtidas com esse tipo de estudo contribuirão para reforçar o papel da enfermagem gerontológica nas equipes multidisciplinares, aplicando práticas baseadas em evidências, planejando programas de educação continuada, melhoria da qualidade do atendimento, desenvolvimento de planos de cuidados padronizados e fornecer evidências para o plano de cuidados de enfermagem para as pessoas afetadas pela Doença de Parkinson.
Referências: REFERÊNCIAS
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2 Pinto JF; Oliveira VJ; Souza MC. Perfil das adolescentes grávidas no setor saúde do município de divinópolis – MINAS GERAIS. Recom. Enfermagem. Cent. O. Min. 2013 jan/abr; 3(1):518-530.
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