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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 4223385

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4223385

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES ONCOLÓGICOS QUE FAZEM USO DE CATETER VENOSO CENTRAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores:
Ana Paula Garcia de Almeida ; Andrielli Duarte ; Carla Lizandra de Lima Ferreira ; Caroline Colares da Rosa

Resumo:
**           INTRODUÇÃO: **Na prática da oncologia e hematologia é fundamental uma avaliação cuidadosa dos pacientes. As opções de tratamentos para o câncer incluem: cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, e a terapia hormonal, podendo essas, ser de forma isolada, ou de diversas combinações. O tratamento indicado depende do tipo de câncer, seu estágio, localização e nível de resposta, bem como, as limitações do paciente antes do início do mesmo1.  A quimioterapia ainda é um dos recursos mais utilizados para o tratamento do câncer, e a administração dos quimioterápicos, exigem várias punções venosas. Nesses locais de punção venosa, dependendo das características de cada droga, irritante e/ou vesicante, sabe-se que pode ocasionar com o tempo, fragilidade e enrijecimento vascular, dificultando tanto a visualização da própria punção venosa, como o extravasamento da mesma1. Desde 1983, vem sendo utilizado o cateter venoso central totalmente implantado (CVC-TI), o qual possibilita a infusão da quimioterapia, nutrição parenteral, coleta de sangue para exames. Porém, apesar do uso do cateter ser a melhor escolha frente á realização de inúmeras punções venosas durante o tratamento quimioterápico, esse pode causar algumas complicações como infecções, infiltração ou extravasamento, obstrução, dentre outras. Algumas dessas complicações podem ser prevenidas, e ou tratadas, mas em alguns casos a remoção não pode ser evitada. **OBJETIVO:** Frente à necessidade de cuidado rigoroso no manuseio de CVI, o presente estudo tem como objetivo, relatar a experiência dos cuidados de enfermagem em pacientes oncológicos que fazem uso de CVC. **DESCRIÇÃO** **METODOLÓGICA: **Trata-se de um relato de experiência, realizado em uma Clínica de Oncologia Privada, localizada na região central de Santa Maria - RS. Utilizou-se o Relato de experiência, uma vez que é uma ferramenta da pesquisa descritiva que apresenta uma reflexão sobre ações que abordam uma situação vivenciada no âmbito profissional de interesse da comunidade científica. Esse estudo foi proposto pela disciplina de Estágio II, no segundo semestre de 2017, no turno da Manhã. **RESULTADOS: **Durante a realização do estágio II, foi percebido que a maioria dos pacientes com câncer em tratamento quimioterápico faz uso de CVC. Nesse contexto, apesar do enfermeiro observar a assepsia durante a punção, houve uma preocupação em relatar a experiência do processo de cuidado com CVC. Independente da terapêutica empregada é necessário uma via segura para a administração das drogas, dado que a administração em vias periféricas leva à falência da rede venosa. Assim, o cateter totalmente implantado (CVC-TI) é uma opção de cateter de longa permanência que permite a infusão de agentes quimioterápicos, soluções, transfusões sanguíneas, nutrição e coleta de exames de forma segura². A segurança do paciente oncológico é premissa básica para uma assistência de qualidade, visto que a doença, o tratamento e as complicações advindas do mesmo tornam o paciente frágil e exposto a riscos constantes. Assim, o CVC-TI tem o potencial de causar a infecção que é uma complicação responsável pela descontinuidade do tratamento, a resistência antimicrobiana dos pacientes imunossuprimidos com grande risco para o desenvolvimento de sepse. A infecção ocorre a partir da colonização da pele, utilização de material contaminado e por contaminação das conexões do cateter³. Assim, há necessidade de normatizar todos os procedimentos relacionados a esses dispositivos, como: avaliação e padronização do material utilizado, indicação, colocação, manipulação, manutenção, levantamento estatístico, retirada, avaliação e tratamento de complicações e treinamento médico e de enfermeiros, com o intuito de evitar complicações. A equipe multidisciplinar, principalmente a de enfermagem, deve conhecer o processo de modo geral, assim como, deve ter conhecimento do quão frágil pode ser. É preciso identificar as possibilidades de falhas e evitar que as mesmas ocorram. Desde modo, o conhecimento será de forma a agregar e contribuir para o cuidado de qualidade, além de segurança. Na oncologia, a ativação do cateter, bem como a atenção e supervisão nas infusões de quimioterápicos, e cuidados com o mesmo, fazem parte das atribuições do enfermeiro. Durante os procedimentos e manutenção do cateter, é utilizado uma agulha especializada, conhecida como hubber, com o objetivo de fazer com que o dispositivo mantenha o bom estado de funcionamento, e também evitar a perda do dispositivo devido aos maus cuidados4. Apesar de o cateter ser uma via segura, pode surgir algumas complicações relacionadas ao uso do mesmo, como: obstruções, infecção, extravasamento, dentre outras. Para evitar tais complicações e fazer com que o dispositivo tenha maior durabilidade, é necessário que a equipe de enfermagem possua conhecimento técnico- cientifico e capacitação para a prática5. O processo de manutenção e limpeza do cateter são especialidades exclusivas do enfermeiro capacitado para a realização deste procedimento, que ocorrera trimestralmente e será por meio de heparina e solução salinizada, a fim de evitar acúmulos e ou que medicações fiquem depositadas4. O manejo desse tipo de cateter exige conhecimentos não só técnicos como científicos. Para o Conselho Federal de Enfermagem, a manipulação não é privativa do enfermeiro. No entanto, no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, os cuidados de enfermagem privativos, são aqueles que possuem maior complexidade técnica, e que exigem conhecimentos científicos, além da capacidade de tomada de decisão. Desta forma, torna-se possível compreender que a responsabilidade pelo manejo do cateter deve ser restrita ao enfermeiro. **CONCLUSÃO: **Este estudo possibilitou maior conhecimento sobre os cuidados de enfermagem em relação ao cateter totalmente implantado em pacientes oncológicos, mostrou a relevância do tema e da atuação da enfermagem em situações que o paciente utiliza o mesmo no seu tratamento. Para a enfermagem, é indispensável o conhecimento pelo tema abordado, pois é o enfermeiro que irá receber e estar com o paciente durante o processo de tratamento nos momentos das aplicações dos quimioterápicos e após nas realizações de manutenção e limpeza do cateter. Assim como é a enfermagem que irá atentar para complicações, verificar o estado, e situação do paciente e do dispositivo. Autores: 1: Acadêmica do Curso de Enfermagem – UNIFRA. E-mail: [anapaulaalmeida845@gmail.com](mailto:anapaulaalmeida845@gmail.com) - Membro GEPESES do Centro Universitário Franciscano. 2:Enfermeira. 3: Acadêmica do Curso de Enfermagem – UNIFRA - Membro GEPESES do Centro Universitário Franciscano. 4: Enfermeira, Doutora em enfermagem, Docente do Centro Universitário Franciscano - Membro GEPESES do Centro Universitário Franciscano. 5: Enfermeira, Doutora em enfermagem, Docente do Centro Universitário Franciscano - Membro GEPESES do Centro Universitário Franciscano.


Referências:
1.LONG D.A.; YOUNG, J.; RICKARD, C.M.; MITCHELL, M.L. Analysing the role of the PICUnurse to guide education of new graduate nurses. NurseEducation Today, [s.l.],v. 33, n. 4, abr. 2013. doi: 10.1016/j.nedt.2013.01.016. Acessoem: 25 ju. 2015. 2. KADDOURA, M. A. The effect of preceptor behavior on the critical thinking skills of new graduate nurses in the intensive car unit.The journal of Continuing education in Nursing. v. 44, iss. 11, p. 488-95. Ago. 2013. Disponívelem: . Acesso em: 18 jul. 2016. 3. Schön, D. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artmed; 2000. 256 p. 4. Brasil. Ministério da Saúde. Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2011. Acesso em: 10 jan. 2017. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicaoes/a genda_nacional_prioridades_2ed_3imp.pdf. 5. Oliveira PVN. Da admissão a formação permanente do enfermeiro na terapia intensiva: conhecimento, reflexão e prática. [dissertação]. Niterói: Universidade Federal Fluminense; 2016. 161p.