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4185763 | MATERIAIS EDUCATIVOS NA PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM SAÚDE:
UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA. | Autores: Patricia Ciadoro Novaes ; Claudia Maria Messias ; Geilsa Soraia Valente Cavalcanti ; Vilanice de Araújo Puschel ; Anselmo Amaro dos Santos |
Resumo: **INTRODUÇÃO: **A pesquisa tem como essência os materiais educativos usados rotineiramente nos serviços de saúde pública ou privada, para o fortalecendo da promoção da saúde. Partimos da premissa em explorar os materiais educativos, tentando entender como eles estão sendo direcionados no cenário brasileiro. Nessa perspectiva, as tecnologias educativas têm sido conceituadas como instrumentos favorecedores do diálogo, da consolidação e conexão cliente-profissional, evidenciando a concepção de um pensamento crítico/orientado para uma qualidade de vida(1). Entender o que acontece na relação da educação em saúde, dos materiais educacionais e do usuário, mediante as informações produzidas e disponíveis na forma de materiais educativos impressos e nos diferentes meios de comunicação, podem nos orientar na busca dos nossos objetivos. O estudo justifica-se, pois tem como intuito subsidiar modificações no ambiente de produção dos materiais educativos, com relação a educação na promoção de saúde da comunidade. É oportuno devido ao cenário atual do Brasil, onde o número de algumas doenças tem se elevado de forma alarmante, outras doenças que estavam controladas reapareceram evidenciando um grande problema de saúde pública. Sendo um estudo de particular relevância, pois através dele podemos disponibilizar informações não só aos profissionais de saúde, mas também interferir de alguma forma na conformação das diretrizes nacionais. Destaca-se também neste estudo propor a necessidade de avaliação dos processos instrumentais tecnológicos de promoção a saúde, pautado na complexidade do sujeito- família, reconhecendo como espaço de construção, desenvolvimento e resolução dos problemas de saúde. O estudo pretende contribuir com técnicas e ações direcionadas aos materiais educativos impressos que envolvem as dimensões do diálogo, do respeito e da valorização do saber popular e o profissional de saúde, sendo considerado um instrumento de construção para uma saúde mais integral e adequada à vida da população. A ferramenta escrita e a sua função no contexto da educação em saúde são de importância para: a prevenção de doenças, promoção de saúde, composição de habilidades e auxílio na autonomia do leitor alvo. Em vista disso, os profissionais de saúde necessitam participarem do método de elaboração e desenvolvimento de análise da ferramenta educativa, procurando restringir qualquer fator que danifique o procedimento de comunicação, da mesma maneira que aderindo e refinando técnicas que auxiliam a leitura, melhorem legibilidade estimulem o leitor(2). **OBJETIVOS: **Os nossos objetivos são classificar os profissionais que escrevem sobre os materiais educativos, descrever dos profissionais que participam das equipes multidisciplinares e retratar os grupos humanos, temáticas e materiais instrucionais utilizados na abordagem da educação em saúde. **METODOLOGIA: **Para explorar os instrumentos e métodos da educação em saúde, foi proposta uma revisão integrativa da literatura, que emerge como uma metodologia que permite a síntese das informações e o agrupamento (3). Para guiar esta revisão integrativa da literatura, foi empregado o seguinte questionamento: “Como as produções científicas abordam a construção da educação em saúde a partir de materiais educativos?”. Os critérios de inclusão foram artigos científicos publicados em português, artigos na íntegra que abordassem a temática referente a revisão integrativa da literatura, indexados nas bases de dados eletrônicos e publicados entre os anos de 2007 a 2016. Tivemos que aumentar a nossa janela de pesquisa devido a dificuldade de encontrar artigos que abordassem o nosso tema. Os critérios para a exclusão referem-se ao não enquadramento dos requisitos citados anteriormente. Para a classificação dos artigos na literatura, realizou-se uma procura nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual de Saúde Pública (BVS), SIBi USP e Portal de Periódicos CAPES. Para a análise dos resultados, empregamos o método de análise de conteúdo de Bardin (2011), um dos trabalhos mais referidos em estudos qualitativos (4). A partir do contexto de análise desenvolvemos as seguintes categorias: fatores relacionados a barreira de educação em saúde, modelo das campanhas no cenário brasileiro, avaliação e validação como instrumentos do fortalecimento da educação em saúde**. ****RESULTADOS E DISCUSSÃO: **Para análise do material coletado, utilizou-se um quadro sinóptico com vinte artigos selecionados em ordem cronológica, descrevendo os achados referentes aos seguintes dados: nome da produção científica, autores, ano de publicação, revista e/ou periódico, assunto, metodologia e enfoque. Dentre os 20 artigos selecionados, 15 são escritos por equipes multidisciplinares, sendo 08 com participação de enfermeiros, 07 sem a participação de enfermeiros, sendo 03 artigos escritos exclusivamente por enfermeiros e 02 artigos escritos por outras categorias profissionais. Um ponto relevante que podemos ressaltar a respeito dos profissionais que escrevem sobre os materiais educacionais é a diversidade que encontramos, até profissionais que não fazem parte da área de saúde, como graduado em matemática, cinema, pedagogia e direito, estão preocupados como esses materiais educativos estão sendo planejado, elaborado e construído. Encontramos dentro dos grupos humanos e das temáticas, uma grande variedade referente ao público e ao conteúdo abordado pelos autores, contudo, percebemos que os autores demonstram uma tendência direcionada ao público formado por homens e mulheres. Apesar do progresso científico hoje no mundo contemporâneo, a prevenção de doenças e a promoção da saúde permanecem sendo as questões primordiais pertinentes ao cuidado para uma vida saudável. A educação e a saúde, quando relacionadas, proporcionam aspectos positivos para o apoio aos indivíduos, principalmente se estiverem sendo exercidas por ações coletivas(5). **CONCLUSÃO: **A partir da análise dos artigos verificamos que os profissionais que mais escrevem sobre os materiais educativos são os profissionais que compõem as equipes multidisciplinares, sendo o enfermeiro o profissional que participa ativamente na formação das equipes, além de ser o segundo profissional em destaque a escrever sobre materiais educativos. Os profissionais que abordam e trabalham com educação em saúde, estão correlacionando outras práticas apoiadas aos materiais educativos, afim de obterem melhores resultados fortalecendo a educação em saúde. A respeito dos materiais educacionais observamos uma ampla aplicabilidade, através das abordagens utilizando folders, folhetos, panfletos, cartazes ou cartilhas. Evidenciamos a necessidade de investigar outras categorias mediante ao conteúdo dos dados coletados, a princípio descrevemos três categorias e discutimos no presente estudo, no entanto descobrimos que os materiais educativos nos proporcionam uma linha de pesquisa muito mais abrangente. Em proposta como acadêmica desenvolvi as seguintes sugestões: criar instrumentos para a avaliação e validação dos materiais educativos do Ministério da Saúde, buscar alternativas que melhorem a qualidade do material, seja, aperfeiçoando a linguagem ou aprimorando o visual, valorizar o indivíduo receptor da mensagem, melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde e usuários, elaborar materiais educativos com o perfil da população assistida, aumentar a circulação e distribuição desses materiais e criar uma educação em saúde menos autoritária e mais humanizada.
Referências: 1. Cardoso MLM, Costa PP, Costa DM, Xavier C, Souza RMP. A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde nas Escolas de Saúde Pública: reflexões a partir da prática. Ciência & Saúde Coletiva, 22(5):1489-1500, 2017.
2. França T, Medeiros KR, Belisario SA, Garcia AC, Pinto ICM, Castro JL, Pierantoni CR. Política de Educação Permanente em Saúde no Brasil: a contribuição das Comissões Permanentes de Integração Ensino-Serviço. Ciência & Saúde Coletiva, 22(6):1817-1828, 2017.
3. Makuch DMV, Zagonel IPS. Abordagem pedagógica na implementação de programas curriculares na formação do enfermeiro. Esc Anna Nery, 21(4):e20170025, 2017.
4. Della Fontanella TCP, Bittencourt RL. Princípios freireanos orientadores na política de desenvolvimento profissional. Saberes Pedagógicos, 2(1): 204-215, 2018.
5. Mazzioni S. As estratégias utilizadas no processo de ensino-aprendizagem: concepções de alunos e professores de ciências contábeis. Revista Eletrônica de Administração e Turismo , 2(1): 93-104, 2013. |