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4107261 | CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS DOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO | Autores: Ligia de Oliveira Viana ; Fernando da Rocha Porto ; Maria Manuela Vila Nova Cardoso ; Elizabeth Teixeira ; Luiza Mara Correia |
Resumo: **Introdução**: O objeto de pesquisa deste estudo é o processo de gestão do ensino, no sentido do atender as políticas educacionais para os Cursos de Graduação em Enfermagem, do estado do Rio de Janeiro. Para tanto, requereu processo de análise, dentro do contexto que perpassaram os processos de (re)orientações curriculares nos microespaços educacionais. Isto implicou na contemporaneidade circunstanciada no campo curricular, como construção social e proposição de (re)construção processual e consensual, quando implicou no movimento de avaliação, amparada por discussões das práticas pedagógicas que gravitam sobre cada Instituição de Ensino Superior destinada a Enfermagem. Neste sentido, as Escolas/Faculdades de Enfermagem do estado do Rio de Janeiro, a partir das repercussões da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Superior e a Diretriz Curricular Nacional do Curso de Graduação em Enfermagem, buscaram incorporar as exigências dos dispositivos educacionais nos seus currículos para a formação do Curso de Bacharelado em Enfermagem. **Objetivo:** analisar os efeitos simbólicos da gestão de ensino superior no sentido de atendimento das políticas curriculares das Instituições de Ensino Superior do estado do Rio de Janeiro. **Descrição metodológica**: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, do tipo Estudo de Caso Múltiplo e Educacional(1). Neste estudo, representado pelos Cursos de Graduação em Enfermagem, a saber: Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO); Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do estado do Rio de Janeiro (EEAN/UFRJ); Faculdade de Enfermagem Luiza de Marillac (FELM); Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ENF/UERJ); Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense (EEAAC/UFF); Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy (UINIGRANRIO); Centro Universitário de Barra Mansa (UBM); e Centro Universitário Serra dos Órgãos (FESO), em Teresópolis. Na condução do estudo de caso, como modalidade de investigação, utilizamos as fontes de evidências: Projetos Pedagógicos e documentos dos arquivos dos Cursos de Graduação em Enfermagem das IES; documentos escritos dos arquivos públicos: Centro de Memória Nalva Pereira Caldas (ENF/UERJ), Centro de Documentação (EEAN/UFRJ), Arquivo Setorial da Enfermagem Maria de Castro Pamphiro (EEAP/UNIRIO) e ABEn/RJ que foram analisadas à luz da base teórica de Dermeval Saviani. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem Anna Nery/ Instituto de Atenção a Saúde São Francisco de Assis/UFRJ, aprovado sob o número 629.961. **Resultados: **Os dispositivos educacionais para a formação do Enfermeiro contribuíram com os debates, por meio dos agentes sociais das Instituição de Ensino Superior, no processo de mudança, fornecendo pontos relevantes à discussão no campo curricular no interior dos microespaços educacionais. Os movimentos de construção foram compartilhados no coletivo ao conferirem a potencialização da visibilidade das políticas direcionadas à formação profissional. Com efeito, proporcionou a disseminação do conhecimento aos envolvidos, impulsionados pelas mudanças político-pedagógicas para o agente em formação. A Resolução nº 3/2001(2) sinalizou caminhos e não proveu respostas para a realidade institucional sobre as (re)configurações curriculares do processo de ensino aos eixos das Diretriz Curricular Nacional do Curso de Graduação em Enfermagem. Ao falar de currículo ou da forma como ele foi configurado, os saberes para a formação dos agentes sociais foram importantes compreender os pressupostos teóricos que sustentaram a rede curricular dos projetos e nortearam a prática pedagógica que gravita sobre o currículo. No campo da educação, o currículo se constituiu como sendo um dos elementos centrais, em torno do qual giram os debates sobre a formação e seu significado social. Logo, o currículo foi elaborado na variedade de contextos político-sociais marcados por interesses e ideologias de cada Instituição de Ensino Superior. Isso posto, ao se definir qual o currículo almejado, houve a concretização do papel social da instituição de ensino circunstanciado pelo movimento histórico-social. Para tanto, não se tem aqui a intencionalidade de analisar os Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPCs), mas sim, compreendê-los no sentido de sua organização no processo educacional, pois o ensino de Graduação (re)configurou, direta ou indiretamente, o _habitus_ professoral no espaço multidimensional do campo do Ensino Superior de Enfermagem. Neste sentido, ele foi o instrumento político e técnico de balizamento para o fazer pedagógico, que expressou os saberes do processo educativo conduzido de forma coletiva no âmbito institucional. Esta elaboração participativa proporcionou ao PPC a particularidade de orientação curricular para cada escola, mediante as convergências e divergências no campo de luta para se atingir o resultado nos Cursos de Graduação de Enfermagem. O Currículo expresso no projeto ou proposta pedagógica, se refere à organização do trabalho pedagógico e explicita os fundamentos e metodologias que direcionam a formação(3). Ao sinalizar as (re)orientações curriculares dos cursos, analisaram-se as repercussões educacionais para o sistema de ensino superior de enfermagem. Isto implicou a interpretação do fenômeno no seu contexto, pois, ao se organizar os PPC e a relação que se estabelece entre a responsabilidade social e o papel da escola, ele resulta no que o “currículo pretende refletir, ou seja, o esquema socializador formativo e cultural que a instituição escolar tem(4)”.Neste entendimento, as IES públicas e privadas, com relação ao processo de ensino para a formação de enfermeiros, iniciaram as discussões coletivas. Estes movimentos pelos agentes sociais, que se mobilizaram mediante os diversos tipos de capitais acumulados, considerando os interesses que se encontravam em jogo.** Conclusões:** As concepções pedagógicas foram implantadas a partir dos dispositivos educacionais nos currículos dos Cursos de Graduação em Enfermagem. O processo de (re)orientação curricular, independente de adequação ou mudança, o entendimento foi de que ocorreu metamorfose institucional na formação do Bacharelado em Enfermagem, pois os princípios curriculares interpretados: visão do homem, sociedade e saúde; concepção da totalidade social (realidade); exercício da autonomia, criatividade; responsabilidade; cidadania, ética; saúde, como resultante das múltiplas determinações da vida humana (biológica, social, cultural); pluralidade de cenários de prática; Enfermagem prática social; educação crítica (ação-reflexão-ação-transformação). **Contribuições para Enfermagem:** O compartilhamento dos diferentes saberes buscou redefinir e qualificar de modo sistematizado o processo de ensino, pelas partes e pelo todo, isto é, com o alicerce das concepções pedagógicas eleitas pelas Instituição de Ensino Superior para os Cursos de Graduação em Enfermagem do estado do Rio de Janeiro.
Referências: 1. Santos LRO, Avelino FVSD, Luz MHBA, Cavalcante TB, Silva JLM, Santos CAPS. Características demográficas e clínicas de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) com úlcera por pressão. Rev enferm UFPE [periódicos na Internet] 2016 [acesso em 10 mar 2018];10:225-31. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/viewFile/10944/12250
2. Oliveira AB. Avaliação da pele em idosos de um hospital universitário do distrito federal: ocorrência de alterações. Brasília. Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia). Faculdade de Enfermagem da UnB; 2014 [acesso em 01 set. 2017]; Disponível em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/10772/1/2014_AdrianaBorelideOliveira.pdf
3. Silva FM, Budóll MLD, Girardon-Perlinil NMO, Garciall RP, Sehneml GD, Silva DC. Contribuições de grupos de educação em saúde para o saber de pessoas com hipertensão. Rev Bras Enferm 2014 Jun;67(3):347-53. |