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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 3771793

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3771793

GRUPO DE ADOLESCENTES EM UM CENÁRIO ESPECIALIZADO

Autores:
Inez Silva de Almeida ; Maria Teresa Colão Gonçalves ; Magali Carla Cordeiro

Resumo:
GRUPO DE ADOLESCENTES EM UM CENÁRIO ESPECIALIZADO _Inez Silva de Almeida_ Maria Teresa Colão Gonçalves Magali Carla Cordeiro Introdução: A adolescência é entendida como um período no qual o indivíduo passa por transformações biopsicossocioculturais e que constitui um processo fisiológico da maturação humana. A adolescência como a segunda década de vida, período compreendido entre os 12 e 18 anos de idade. A adolescência é uma etapa da vida importante e que exige um cuidado especial, pois nela acontecem grandes transformações biológicas psíquicas e sociais1. Essa etapa não possui uma delimitação bem definida quanto a faixa etária, pois possui limites imprecisos. Trata-se de uma pessoa que já não é mais criança, e ainda não é adulto. Por este motivo, muitas vezes, é tratado como rebelde. O que se pode afirmar, é que a adolescência é uma etapa dinâmica que perpassa a infância e a fase adulta. A Organização Mundial da Saúde delimita a adolescência como o período que compreende dos 10 aos 19 anos. Essa delimitação na prática não é concreta, pois falar de adolescência e juventude implicam em experiências diferenciadas e com significados específicos e singulares; porém na teoria essa delimitação é imprescindível para a elaboração de políticas de saúde. Nesta fase ocorrem outras mudanças corporais de uma forma geral, como ganho de peso, crescimento mais acentuado (estirão), entre outras.1 É considerado um tempo de descobertas que se caracteriza por profundas e abrangentes mudanças nos aspectos físicos e psicológicos, com repercussões individuais, familiares e sociais, sendo também um momento de descoberta do próprio corpo e de novos sentimentos. Assim, evidencia-se o importante papel do enfermeiro para o desenvolvimento de ações direcionadas aos adolescentes.  Esta afirmação é visível ao se analisarem as bases que sustentam o cuidado deste profissional. No cenário da atenção à saúde do adolescente, há que se transcender a concepção técnica e assistencialista, e alargar os horizontes de atuação, evocando habilidades educativas e relacionais, além de um corpo de conhecimentos específicos sobre o processo de desenvolvimento global do ser humano. O que torna fundamental para que os profissionais que venham a desenvolvê-las estejam aptos a lidar com as questões que envolvem tal faixa etária, a fim de garantir a qualidade do cuidado. Nesse período emergem muitas dúvidas para o adolescente, que fica exposto a riscos de morbimortalidade, devido a seu sentimento de imortalidade, comum à essa fase do desenvolvimento. A sensação de imortalidade leva o adolescente a ficar mais vulnerável a situações que favorecem comumente a aquisição de infecções sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada, abortos, violência, entre outros1. Nesse sentido, o adolescente necessita de orientação, requerendo uma atenção especial em relação à sua saúde, cuja efetividade dependerá da interação estabelecida entre o profissional de saúde e o adolescente. Esse período também se caracteriza pelo grupo de pares. Portanto, se justifica a necessidade premente de dar ênfase às ações de práticas educativas de prevenção e promoção da saúde, direcionadas à população adolescente para o enfrentamento de suas vulnerabilidades. Em contrapartida, quanto mais o adolescente participa de programas de educação, mais oportunidades terá para socializar os saberes, amenizar dúvidas e anseios. Objetivo: Descrever as atividades de Educação em Saúde desenvolvidas em ambulatório especializado no atendimento a adolescentes. Descrição Metodológica: Este é um relato de experiências pertencente às atividades   desenvolvidas   pelo projeto “Grupo de adolescentes em saúde e sexualidade” coordenado por uma professora- enfermeira em parceria com as acadêmicas de enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Essa iniciativa foi submetida ao Comitê de Ética da Universidade do Estado do Rio de Janeiro através de parecer consubstanciado; seguindo os critérios da Resolução 466/2012. Os pais foram informados sobre a atividade e permitiram a participação dos filhos assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para os menores de 18 anos e os adolescentes desta faixa etária assinaram conjuntamente o Termo de Assentimento. Já os adolescentes com idade de 18 anos assinaram apenas o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Trabalhou-se com grupos de adolescentes de, no máximo, dez elementos, entendendo-se grupo como um conjunto de   pessoas   com necessidades similares que se reúnem em torno de uma atividade específica. O projeto foi desenvolvido utilizando a metodologia participativa, que pode ser definida como uma forma de trabalho didática e pedagógica baseado na vivência e na   participação em situações reais e imaginárias, na qual as dinâmicas grupais permitem aos participantes a reflexão sobre situações concretas de suas vidas, valorizam seus conhecimentos e experiências. Nesse sentido, as dinâmicas grupais podem ser utilizadas como técnicas motivadoras que contribuem para o desenvolvimento de cidadania, através de compartilhamento de saberes em atividades de educação em saúde. Esta é uma possibilidade de busca de soluções para seus problemas cotidianos, em um ambiente lúdico. As dúvidas, curiosidades, questionamentos e reflexões discutidos nas atividades grupais descritas nesse relato abrangem os conteúdos relacionados à adolescência/puberdade. Foi criado um espaço de interlocução, discussão e reflexão acerca do período da adolescência com os sujeitos adolescentes acerca da sua saúde e sexualidade Foram desenvolvidas atividades educativas para adolescentes através de dinâmicas de grupo. e atendimentos individuais aos adolescentes para esclarecimentos e retiradas de dúvidas. Assim, pode-se proporcionar ao adolescente conhecimento sobre aspectos relevantes a respeito da saúde e sexualidade e favorecer um melhor desempenho do seu papel social. Conclusão: O trabalho desenvolvido foi de grande valor didático-pedagógico, de construção e aquisição coletiva de saberes através do desenvolvimento de atividades educativas para os adolescentes e de dinâmicas de grupo proporcionando aos adolescentes a troca de conhecimentos acerca de aspectos relevantes a respeito da sua saúde, atuando como espaço de interlocução entre instituição e comunidade, o que possibilitou oferecer um outro referencial de saúde para a população. Implicações para a enfermagem: A educação em saúde junto os adolescentes é um instrumento efetivo na assimilação das transformações vividas, porém sua efetivação só aconteceu por meio de uma metodologia que permite o diálogo, a reflexão, a conscientização do ser, e oportunizou trocas de ideias, conhecimentos, experiências e a expressão de sentimentos e inquietações. Ao mesmo tempo, fortalece o elo entre os adolescentes e a equipe de enfermagem, bem como suscita a criatividade e a sensibilidade entre os membros do grupo. A medida que as práticas educativas são realizadas os adolescentes percebem a importância de discutir assuntos relacionados à sua etapa do desenvolvimento para a formação de hábitos saudáveis, atitudes positivas e a necessidade de autonomia com relação a saúde. Referências: Ministério da saúde (Br). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de ações programáticas estratégicas. Orientações básicas de atenção integral à saúde de adolescentes nas escolas e unidades básicas de saúde_._ Brasília (DF); 2013. Descritores: Adolescente; Educação em Saúde; Enfermagem**.** TEMA 2: Integração ensino-serviço-comunidade como estratégia para a formação profissional e consolidação da Sistematização da Assistência de Enfermagem.


Referências:
1. Inglis SC, Clark RA, Dierckx R, Prieto-Merino D, Cleland JG. Structured telephone support or non-invasive telemonitoring for patients with heart failure. BMJ Publishing Group Ltd and British Cardiovascular Society; 2017. 2. MW M, RA A, Réa-Neto A. II Diretriz brasileira de insuficiência cardíaca aguda. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2009;93(3):2-65. 3. Herdman TH, Kamitsuru S. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2015-2017. Diagnósticos de enfermagem da Nanda: definições e classificação 2015-20172015.