Imprimir Resumo


SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 3595650

E-Pôster


3595650

O CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO NA GRADUAÇÃO: UMA PROPOSTA DE VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL E DO SETOR

Autores:
Ricardo de Oliveira Meneses ; Maria Virgínia Godoy da Silva ; Annibal Scavarda ; Gláucya Lima Daú

Resumo:
**Introdução: **O Centro de Material e Esterilização (CME) é a unidade responsável pelo processamento dos produtos para a saúde (PPS) utilizados em todos os pacientes internados na instituição hospitalar. Muitas foram as mudanças ocorridas no processamento de PPS com o objetivo de melhorar continuamente as práticas e oferecer mais segurança aos pacientes e aos profissionais (1). Nas últimas três décadas novas tecnologias foram absorvidas pelo CME levando o profissional dessa unidade a buscar aprimoramento constante. O Enfermeiro que atua no CME deve ter conhecimento técnico e gerencial atualizado para conduzir processos sustentáveis com padrões de qualidade e segurança. A comunidade de enfermagem ainda discute os aspectos sobre a valorização desta unidade (2) e a inserção mais ampla do CME na graduação. Historicamente, o CME foi uma unidade dependente física e gerencialmente do Centro Cirúrgico. Ganha hoje autonomia e independência, sendo que em algumas instituições de saúde ainda é percebida a ligação gerencial entre o CME e o Centro Cirúrgico. Muitos administradores identificam o CME como uma unidade de custos, pois em muitos casos o processamento de PPS é absorvido pela própria instituição de saúde de forma parcial ou integral. Os custos e o processamento de PPS têm sido alvo de destaque de estudos auxiliando o papel gerencial do Enfermeiro na unidade de CME (3). Os objetivos propostos para o estudo serão apresentados logo a seguir, bem como a sua descrição metodológica com as três etapas componentes do estudo. Os resultados, a conclusão e as contribuições/ implicações para a Enfermagem serão relatados na sequência. **Objetivos: **Este estudo tem como objetivos analisar as possibilidades de inserção teórica e prática do tema processamento de PPS na graduação e identificar propostas para valorização tanto do CME como do profissional que nele atua. **Descrição metodológica: **O estudo propõe um modelo de inserção do tema processamento de PPS, por meio de três etapas, as quais totalizarão 28 horas, sendo estas denominadas “Teórica”, “Prática” e “Valorização”. A primeira etapa será apresentar ao aluno o tema processamento de PPS, a segunda será composta pelo vivenciar de experiências técnicas e gerenciais. Ao final, na terceira etapa será verificada e discutida a percepção dos graduandos acerca desta unidade. **Resultados: **O tema processamento de PPS durante a graduação é apresentado, em parte das universidades brasileiras, durante o estágio curricular como uma visita à unidade de CME. A visita realizada não possibilita e, muitas vezes, não desperta o interesse do graduando por essa área. O processamento de PPS é um tema emergente e muito discutido na atualidade, devendo ser compreendido, por todos os profissionais da Enfermagem e aprofundado por aqueles que atuam ou desejam atuar em Centro de Material e Esterilização (4). A preparação do Enfermeiro e o despertar do interesse ou da compreensão para atuar nesta unidade devem ter início na própria graduação  em Enfermagem (5). Desta forma, os autores apresentam um modelo composto pelas três etapas que envolvem este estudo, as quais buscam atender os objetivos propostos. A primeira etapa denominada “Teórica” será composta por dois períodos de quatro horas de imersão no tema processamento de produtos para saúde. O programa envolverá conceitos sobre microbiologia, física e química aplicadas ao CME, limpeza PPS, preparo, o processo de esterilização, armazenamento, distribuição, monitoramento da limpeza e monitoramento da esterilização. Uma segunda etapa denominada “Prática” apresentará o cenário real de CME ao graduando. Com uma carga horária total de 16 horas, ou seja, oito horas por dia, o graduando poderá acompanhar no primeiro dia o processamento de PPS nas suas várias etapas. O acompanhamento das atividades gerenciais do Enfermeiro de CME, tais como gerenciamento de mapa cirúrgico atual e do dia seguinte, resolução de problemas junto ao centro cirúrgico, outros setores, do próprio CME, avaliação de custos, indicadores de processo e registros de monitoramento serão realizados no segundo dia. Entender a responsabilidade técnica do profissional que coordena o CME auxilia a compreensão dos papéis de cada área da instituição hospitalar. A terceira etapa, denominada “Valorização” será implementada por meio de uma dinâmica de grupo, com quatro horas de duração, envolvendo a reflexão e a discussão sobre as atividades realizadas nas vinte e quatro horas de imersão e a contribuição do CME para a segurança de todos os pacientes da instituição hospitalar. **Conclusão: **Espera-se que com essa iniciativa o CME possa ter fortalecida a sua imagem e o seu papel de provedor de cuidados seguros a todos os pacientes da unidade hospitalar.  O fortalecimento deste setor favorece a valorização dos profissionais de Centro de Material e Esterilização não somente frente aos Enfermeiros que atuam em outras áreas, mas também frente a outros profissionais e clientes/ pacientes. **Contribuições/implicações para a Enfermagem: **O modelo proposto por este estudo possibilita o conhecimento teórico e prático acerca do processamento de produtos para saúde, o entendimento e a valorização deste setor e dos profissionais que nele atuam. Fortalecer o lado gerencial e a tomada de decisão do Enfermeiro, quando da sua atuação profissional, apresentam a real imagem desta unidade de cuidados a todos os pacientes da instituição hospitalar. Outro aspecto que deve ser ressaltado é o despertar do interesse do graduando para ser um Especialista em Centro de Material e Esterilização.


Referências:
¹ UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Extensão. Sobre extensão. Disponível em: . Acesso em: 01 mar. 2018. ² WINBERG J. Epidemiology of symptomatic urinary tract infection in childhood. Acta Paediatr Scand Suppl., 1974, p. 1-20. Disponível em: . Acesso em: 01 mar. 2018. ³ Lopes GT, Bernardes MMR, Acauan LV, Felipe ICV, Casanova EG, Lemos BKJ. Enfermeiro no ensino fundamental: desafios na prevenção ao consumo de álcool. Esc Anna Nery Rev Enferm 2007 dez; 11 (4): 712 - 6. Disponível em: Acesso em: 01 mar. 2018.