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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 3466017

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3466017

CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS SOBRE A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PRÁTICA CLÍNICA EM TRAUMATO- ORTOPEDIA

Autores:
Ana Caroline Façanha ; Elielza Guerreiro Menezes ; Natália Guedes de Melo Silva ; Thais Gomes Oliveira ; Yara Nayá Lopes de Andrade Goiabeira

Resumo:
Introdução: No atendimento de paciente traumatizado, o tempo é fundamental e uma abordagem sistematizada do doente traumatizado permite otimizar o tempo, não deixar passar desapercebidas lesões graves e, em última análise, melhorar o prognóstico do doente, diminuindo a incidência das chamadas mortes evitáveis e do "segundo trauma", que corresponde ao agravamento das lesões já existentes ou ao surgimento de novas lesões, em decorrência do atendimento inadequado1. É importante que o atendimento seja bem executado, pois a assistência e reabilitação desses pacientes são procedimentos mais onerosos que a maior parte dos procedimentos médicos rotineiros2. Para tanto, é essencial que se conheça os pacientes para melhor planejamento e organização de sua assistência3. A população majoritária de internação hospitalar das enfermarias de traumato-ortopedia é composta por homens, jovens, envolvidos em acidentes motociclísticos4. Para a aplicação do processo de enfermagem, o enfermeiro deverá ter um corpo de conhecimentos específicos para adequada tomada de decisão, o que exigirá uma boa formação profissional. Para que os futuros enfermeiros trabalhem com segurança, será necessário identificar dados essenciais que sinalizem mudanças no estado de saúde, identificar e priorizar os problemas que necessitam de cuidados imediatos daqueles que poderão ser abordados subsequentemente, implementar ações para corrigir ou minimizar os riscos à saúde e saber priorizar as intervenções do cuidado5. Objetivo: Identificar o conhecimento dos enfermeiros sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) em um Hospital público da cidade de Manaus referência em Traumato-ortopedia. Descrição Metodológica: Pesquisa de natureza aplicada, de abordagem quantitativa e uso do método descritivo, desenvolvida no período de maio a dezembro de 2015, com aplicação de um formulário de questões objetivas. A amostra foi de 27 enfermeiros assistenciais lotados nas Unidades de Internação de um Hospital público da cidade de Manaus que atendiam o critérios de inclusão: atuação nas clinicas de traumato-ortopedia e ser efetivo, foram excluídos aqueles que atuam em trabalho voluntário. A pesquisa obedeceu às exigências formais contidas nas normas nacionais e internacionais regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos, norteadas pela Resolução Nº 466/2012. O Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Amazonas (CEP/UEA), recebeu, analisou e emitiu o parecer consubstanciado de aprovação por meio protocolo 36877414.7.0000.5016. Foram trabalhados métodos de análise descritiva, com cálculo das frequências e medidas de posição e variabilidade (desvio-padrão). A diferença entre as proporções, comparando as variáveis quantitativas, foi utilizando o Teste de Qui-Quadrado. Utilizou-se o programa MINITAB Release 14 Versão 3.1.0. Para todas as análises foi fixado um nível de significância igual a 0.05 e um coeficiente de confiança de 95%. Resultados: Durante o período de desenvolvimento do projeto foram avaliados 27 profissionais enfermeiros, sendo 09 (33,3%) de gênero masculino e 18 (66,7%) de gênero feminino. Desses, 20 (74,1%) eram Especialistas, 04 (14,8%) eram mestres, 01 (3,7%) era doutor e 02 (7,4%) não informaram sua titulação. Os profissionais avaliados tinham entre 02 e 30 anos de formação, com média de 12 ± 7 anos. Quanto ao tempo de experiência em Enfermagem, houve variação entre 02 e 26 anos, com tempo médio de trabalho de 11 ± 8 anos. A jornada semanal dos Enfermeiros variou entre 12 e 40 horas semanais, com média de 34,7 ± 6,2 horas. Quanto ao tempo de SAE variou entre 01 e 10 anos, com média 04 ± 3 anos de conhecimento sobre SAE. A área de titulação mais frequente foi UTI (07; 25,0%). O programa de educação em SAE mais relatado pelos profissionais foi Palestras (19; 40,4%). No cotidiano, 17 (63,0%) profissionais relataram que praticam os cuidados aos pacientes internados de vez e quando, sendo essa a resposta mais frequente entre eles. Quanto à ocorrência de treinamento, 16 (59,3%) dos profissionais afirmaram não receberem treinamentos acerca da SAE, sendo essa a resposta mais frequente entre eles. Quanto às etapas da SAE, 19 (51,4%) relataram que não encontram dificuldade em nenhuma delas. Ao serem questionados sobre a importância da SAE, 25 (92,6%) relataram que conhecem a importância da mesma. Em relação a existência de formulários padronizados para a realização da SAE, 26 (96,3%) relataram que existem os mesmos na instituição há mais de 5 anos, estando desatualizados. Tempo para realizar todas as etapas da SAE foi a dificuldade mais frequente entre as relatadas pelos profissionais avaliados, pelo excesso de pacientes para poucos enfermeiros assistencialistas, relataram também que há um grande gasto de tempo com processos burocráticos. Conclusão: Os resultados deste estudo, juntamente com conhecimento adquirido dentro das expectativas dos enfermeiros quanto à SAE na instituição, e o levantamento da qualidade da assistência de enfermagem prestada nesta fundação, torna possível um plano de trabalho voltado a educação continuada e permanente com os profissionais enfermeiros, buscando a melhor aplicabilidade da sistematização e a possibilidade de operacionalizar na pratica clinica os cuidados específicos em traumato ortopedia. Contribuições para a Enfermagem: É importante que o atendimento seja bem executado, pois a assistência e reabilitação desses pacientes são procedimentos mais onerosos que a maior parte dos procedimentos rotineiros. Para tanto, é essencial que se busque realizar o processo de Enfermagem para o melhor planejamento e organização de sua assistência. É necessário desenvolvê- lo através da individualização da assistência ao paciente e assim proceder à aplicação de medidas preventivas que ajudem a evitar limitações físicas que levam o indivíduo à incapacidade funcional.


Referências:
1 – Siqueira ILCP, Kurcgant P.Passagem de plantão: falando de paradigmas e estratégias. Acta Paul Enferm. 2005;18(4):446-51 2 - WEIL P, Tompakov R. O corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não verbal. 31a ed. Petrópolis: Vozes; 1993. 3 - AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde. Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde. Assistência Segura: Uma reflexão Teórica Aplicada à Prática. Brasília, 2013. 4 – COSTA, C.M. PAES, F.S. MUÑOZ. A.L.G. et al. Modelo de Passagem de plantão no HUB. Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 03, Ano 2014 p.1139-49 5 - Silva EE, Campos LF. Passagem de plantão na enfermagem: revisão da literatura, Rev. Cogitare Enferm, 2007 Out/Dez; 12(4):502 7