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3363439 | RECIDIVA GESTACIONAL NA ADOLESCÊNCIA: “DES”Planejamento familiar e a imaturidade das adolescentes. | Autores: Priscila Mattos de Castro ; Dielli Arend Teixeira ; Regina Gema Santini Costenaro ; Martha Inês Almeida de Jesus ; Manuela Dalenogare |
Resumo: **INTRODUÇÃO: **Com o decorrer do século XX, alguns eventos têm oportunizado mudanças, relevantes sobre o aspecto demográfico, epidemiológicos, sociais, éticos e culturais no planeta, o processo acelerado de urbanização, aumento da longevidade e da expectativa de vida ao nascer e a transformação no padrão de morbidade, com o decréscimo das doenças infectocontagiosas e com elevado aumento das doenças e agravos não transmissíveis. Estas mudanças instigaram os profissionais a terem uma visão ampliada nos serviços que objetivam cuidar da saúde das pessoas, priorizando um atendimento mais humanizado.Sendo que nesta fase da vida entre a infância e a idade adulta, são evidenciadas diversas modificações tanto no aspecto social, como no biológico, psicológico e espiritual1.Refere-se um período de instabilidade biopsicossocial, aos problemas relacionados com o exercício da sexualidade na adolescência, como a exposição às doenças sexualmente transmissíveis, a gravidez não planejada, e o alto risco de comorbidades maternas e fetais demandam que possa ser proposto um novo modelo de atenções, estratégias que possa visar a promoção e prevenção à saúde dos adolescentes2. Visando uma melhor compreensão do tema proposto, delimitou-se uma busca nas produções cientificam nos últimos dez anos sobre a temática, em bases nacionais e internacionais. Nesse sentido, este estudo tem por objetivo verificar as evidências cientificas disponível na literatura sobre recidiva da gravidez na adolescência. Esta pesquisa poderá contribuir para a melhora no serviço de assistência e prevenção da recidiva gestacional na adolescência.Anualmente, no país, aproximadamente um milhão de meninas adolescentes, tornam-se mães. Dependendo de como é vivenciado, pode ser um problema ou não para esta menina. Não bastando essa situação, observa-se com frequência que nem sempre a gravidez neste período, é um evento único e imprevisto, pois, algumas repetem esta experiência ainda no período da adolescência3.**METODOLOGIA: **O presente estudo aborda uma pesquisa de revisão narrativa do estado da arte referente a recidiva gestacional na adolescência. Para tanto, foi realizado, no período de agosto de 2016, buscas avançadas por título, resumo e assunto nas bases de dados: Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de dados de Enfermagem (BDENF). Nas estratégias de busca foi utilizada a descritora Recidiva gestacional, gravidez na adolescência, a palavra-chave gravidez. Realizaram-se duas buscas, separando inicialmente a temática recidiva de gravidez na adolescência, com a finalidade de agrupar o maior número de documentos.Para a seleção inicial foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: texto completo disponível on-line nos idiomas inglês, espanhol e português bem como outros documentos relevantes à temática não contemplada na procura. **RESULTADOS:**Após leitura dos artigos, evidenciou-se três categorias: Aceitar e se cuidar na condição de estar adolescente gravida; A família e as dúvidas do que os adolescentes sabem sobre sexualidade; Planejamento familiar X Imaturidade das adolescentes. Pesquisas2 mostram que a adolescência é um período que ainda carece de especial atenção por parte dos serviços de saúde, que apesar de existirem programas destinados a esse público tais como monitorização deadolescentes, os quais precisam serintensificados com o objetivo de prevenir gestações nãodesejadas ou não planejadas nessa fase da vida. Também é necessário que seja mais enfatizado, para as próprias adolescentes que vivenciam este período, sobre a importância que o mesmo possui no ciclo evolutivo da vida, bem como os entornos que o envolvem.A atenção nos profissionais da saúde, é fundamental para orientar e auxiliar essa adolescente nesse período de mudanças, que o processo de empatia possa fortalecer o vínculo com a equipe que prestar os cuidados, externando a promoção da saúde a essa adolescente mãe e seus familiares, que o cuidado de si, possa ser fortalecido sem julgamento.Para os adolescentes, a família é considerada um importante meio para seu desenvolvimento. É através dela que o adolescente compreende conceitos, valores entre outros e onde acontecem as primeiras interações e experiências relevantes para o adolescente atribuir a sua vida4. O planejamento familiar, embora seja bastante discutido, principalmente enfatizando os métodos contraceptivos, parece que as ações voltadas a este objetivo ainda engatinham para chegar a uma solução satisfatória e efetiva. Isso pode estar atrelado as dificuldades de compreensão que muitas mulheres possuem sobre como usar os métodos contraceptivos, o que significa um período fértil pois a maioria parece ainda não ter conhecimento sobre o funcionamento do próprio corpo.Enquanto a incidência de gravidez na adolescência ocupa um ranque estatístico preocupante, os profissionais de saúde devem investir num cuidado que possa beneficiar estas adolescentes, com o intuito de amenizar os problemas vivenciados por esta situação5.Estas mudanças fisiológicas e psicológicas inerentes a este período, podem interferir no comportamento de cuidado com sua saúde e com seu corpo e por isso a gravidez pode resultar do uso inadequado dos métodos contraceptivos, fato este que se relaciona a falta de diálogo e até mesmo aos tabus e preconceitos. **CONCLUSÃO: **As contribuições de produções científicas acerca da recidiva gestacional na adolescência necessitam de mais estudos para auxiliar nos cuidados e no processo de prevenção.Por fim, dada à complexidade do assunto, é preciso que se reconheça o longo caminho que a sociedade e as instituições de saúde ainda têm a percorrer, no sentido de proporcionar um atendimento mais acolhedor e resolutivo a adolescente e sua família, durante este período importante de suas vidas. Para tanto, sugere-se novos estudos acerca da temática adolescentes com recidiva gestacional possam, servir como base para ofertar um cuidado mais humanizado, fortalecendo no serviço de saúde, com auxílio do enfermeiro estratégias que possam valorizar o cuidado prestado, a essa população jovem.
Referências: 1. Damacena DO, Reis MSF, Nóbrega JCL, Sousa PTS, Pachú CO, Assis WS. Atuação de universitários no CAPS-AD: um relato de experiência. Biofarm [internet]. 2014 Out [acesso em 23 jun. 2017]; 10(3):42-5. Disponível em: http://revista.uepb.edu.br/index.php/biofarm/article/view/2607/1378
2. Gonçalves AM, Gandra HM, Assunção PG, Oliveira TM, Silva TPR. Oficinas terapêuticas: intervenção de enfermagem em um serviço de saúde mental infanto-juvenil. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental [internet]. 2016 Set [acesso em 23 jun. 2017]; 8(19):107-15. Disponível em: .
3. Batista NS, Ribeiro MC. O uso da música como recurso terapêutico em saúde mental. Revista de Terapia Ocupacional da USP [internet]. 2016 Dez [acesso em 26 jun. 2017]; 23(3):336-41 Disponível em: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v27i3p336-341
4. Bourguignon LN, Guimarães ES, Siqueira MM. A atuação do enfermeiro nos grupos terapêuticos dos CAPS AD no estado do Espírito Santo. Cogitare Enferm. [internet]. 2010 Set [ acesso em 30 jun. 2017]; 15(3):467-73 Disponível em: http://revistas.ufpr.br/cogitare/article/viewFile/18889/12198 |