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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 3259293

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3259293

MAPEAMENTO DOS PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM NO CENTRO DE SAÚDE CANASVIEIRAS

Autores:
Fabíola Santos Bittencourt Moreira de Proença ; Mariana Laurindo ; Clivia Beltrame Vasconcelos ; Lucilene Maria Schimitz ; Giselli Milvestert Ferreyra

Resumo:
A atenção primária em saúde é um ambiente complexo de cuidado e caracterizado por ser o espaço preferencial do primeiro contato do usuário com a rede assistencial de saúde. No Brasil a assistência à saúde nesse ambiente é realizada prioritariamente pela Estratégia de Saúde da Família, uma composição de equipe que visa organizar o serviço de modo a fornecer atendimento resolutivo à maior parte das pessoas1. Para tal, o atendimento à demanda espontânea é peça fundamental da organização da unidade de saúde, sendo que para devida efetivação desta deve haver envolvimento de todos os profissionais. Nesse sentido, é fundamental que a equipe de enfermagem esteja devidamente sensibilizada e capacitada para o atendimento e encaminhamento das morbidades mais comuns, bem como identificação de sinais de alerta que possam indicar uma situação potencialmente grave1. Na busca de auxiliar as condutas da equipe de saúde, em especial a equipe de enfermagem, que a Comissão Permanente para a Sistematização da Assistência de Enfermagem está construindo os protocolos. No processo de construção foi de suma importância a participação dos Pilotos. A elaboração dos protocolos sempre foi guiada pela a Lei Federal nº 7.498/19862 (regulamentação do exercício da enfermagem) e com a Resolução COFEN 195/1997 (solicitação de exames de rotina e complementares por Enfermeiro), sendo válido como protocolo institucional. Os diagnósticos utilizados como base, foram os diagnósticos da Classificação Internacional para Prática de enfermagem – CIPE, a tabela usada pelos pilotos tinha 234 diagnósticos (nos meses maio, junho e julho) e 320 diagnósticos (nos meses setembro e outubro): Essa diferença se dá, pois em setembro e outubro foram incluídos novos diagnósticos mais direcionados a saúde da mulher e acompanhamento do pré natal. A avaliação assim deveria ocorrer para avaliar a relevância e aplicabilidade dos diagnósticos, assim como identificar os que não se aplicam a nossa pratica e nesse percurso identificar as carências podendo então discutir para inclusão de validação de novos diagnósticos junto a CIPE. O Centro de Saúde Canasvieiras é composto por 5 Equipes de Saúde da Família e, pertencente ao Distrito Norte do Município de Florianópolis -SC e   fazendo parte do Projeto pilotos. Participaram do projeto de piloto todos os distritos da PMF - Norte, Sul, Leste, Centro e continente. No distrito Norte as unidades que participaram foram: Santo Antônio, Ponta das Canas, Canasvieiras e Rio Vermelho. O objetivo geral é avaliação a aplicação dos diagnósticos de enfermagem no processo da sistematização da enfermagem voltados a atenção primária. Tendo como objetivo específico: identificar os diagnósticos aplicáveis a pratica da atenção básica, retirar os que não se aplicam e identificar os diagnósticos que precisamos/sentimos necessidade para padronizar submetendo a CIPE. Como processo metodológico, listamos nas planilhas os diagnósticos que mais apareciam e com o uso de tabulação no Excel e fórmulas pudemos chegar à análise. Através da análise das planilhas de maio, junho, julho e setembro do ano de 2017, analisamos os principais diagnósticos usados pelos enfermeiros da unidade, sua representatividade e comparamos a outra unidades visando identificação dos usuários que são atendidos pelos enfermeiros nas unidades básicas. È possível com análise de dados ver que a unidade de Canasvieiras no distrito norte foi a que mais utilizou os diagnósticos, dessa forma dificulta um pouco a ampla comparação em relação às outras unidades. No mês de outubro a unidade fez 189 diagnósticos, a unidade do Rio Vermelho 107 enquanto as demais unidades não usaram os contribuam com tabela neste mês. Em setembro novamente o CS Canasvieiras 282 diagnósticos; a unidade Rio vermelho 41 e a Unidade Ingleses 34. Nos meses de julhos o número de diagnósticos se aproxima mais havendo nesse mês um maior uso do Rio Vermelho 456 diagnósticos enquanto CS Canasvieiras 403 e CS Ingleses 36. No mês de junho todas as unidade usaram: Santo Antônio 21, Ponta das Canas 124, Canasvieiras 790, Rio Vermelho 249, Ingleses 123. No mês de maio Ingleses não utilizou, as demais unidades: Santo Antônio 78, Ponta das Canas 49, Canasvieiras 134, Rio Vermelho 24. Quando houver comparações o faremos com a unidade Rio vermelho que tem número de equipes próximos em alguns meses números de diagnósticos próximos também Analisando os resultados, quanto ao uso dos diagnósticos vemos que embora a demanda seja diversificada foram usado apenas 30% dos diagnósticos disponíveis nos meses de setembro e outubro, nos meses iniciais teve mais variedade entre 33 e 68% dos diagnósticos disponíveis. Quanto ao uso  os diagnósticos que mais aparecem em Outubro são: no sentido menor para o maior os diagnósticos mais presentes nos atendimentos da enfermagem: Comportamento de busca à saúde, Integridade da pele prejudicada, Dor (especificar a intensidade). Ao falar de diagnósticos recorrentes estamos falando da demanda da unidade que se dá em maior parte pela demanda espontânea. Já no mês de setembro: Exames laboratoriais dentro da normalidade (especificar), Dor (especificar a intensidade)e Comportamento de busca à saúde. No mês de julho: repetiu-se os resultados de setembro, Exames laboratoriais dentro da normalidade (especificar), Dor (especificar a intensidade)e Comportamento de busca à saúde. Já em junho dor e eutrófico aparecem empatados em terceiro lugar, estando em segundo lugar, em segundo Comportamento para busca da saúde, estando logo em primeiro 1: Exames laboratoriais dentro da normalidade (especificar). Em maio no primeiro mês aparecem dor seguido de eutrófico. Com essa análise concluímos que os diagnósticos mais recorrentes foram **Dor** e **Comportamento de busca a saúde**, por dor, podemos entender todas as suas avaliações e por se tratar de atendimento a demandas espontânea e  muita variedade na busca por atendimento que esse diagnóstico se faz tão presente. Juntamente com esse diagnóstico ocupando o primeiro lugar em muitos meses está o comportamento de busca a saúde, e o entendimento dos profissionais do que se trataria desde comportamento: nos deparamos em diferentes avaliações por diferentes enfermeiro mas basicamente seria a procura do paciente por orientações que possam melhorar sua qualidade de vida. Desde exames de rastreamento, o interesse no checkup, sorologias,  testes rápidos, preventivo de câncer de colo de útero e mamas. Na CIPE,20133 o diagnostico comportamento de busca de saúde traz: comportamento: maneira previsível para identificar, utilizar, gerenciar e assegurar recursos de atenção a saúde; expectativas relacionadas a modos aceitáveis para solicitar e obter assistência de outros, que é um diagnóstico comportamental o que se assemelha a avaliação das equipes. A partir dessa análise os profissionais podem se preparar, se atualizando aprimorando nas principais demandas da unidade. Assim como participar de buscar cursos e atualizações que os capacite e facilite seus atendimentos nas principais demandas da unidade. Da mesma forma ao receber alunos ou mesmo apresentar a unidade facilita saber as principais demandas da população que faz uso desta instituição.


Referências:
1 – Brasil. Constituição, 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal; 1998. 2 – Gonzaga, VAS et al. Barreiras organizacionais para disponibilização e inserção do dispositivo intrauterino nos serviços de atenção básica à saúde. Rev. esc. enferm. 2017 Dec; vol. 51. 3 – Ministério da Saúde (Brasil). Portaria nº 3265, de 1º de dezembro de 2017. Altera o anexo XXVIII da portaria de consolidação nº2/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, que dispõe sobre a ampliação do acesso ao dispositivo intrauterino TCU 380 (DIU de cobre) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 4 – Conselho Federal de Enfermagem. Parecer nº 17/2010/COFEN/CTLN.