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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 2984822

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2984822

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UNIDADE PEDIÁTRICA:PESQUISA BIBLIOGRÁFICA *

Autores:
Bruna Conceição Campos ; Maria Angela Reppetto ; Maria do Carmo Querido Avelar

Resumo:
**Introdução: **O Processo de Enfermagem (PE) disponibiliza uma estrutura que garante a satisfação das necessidades individualizadas da criança. Desta forma o PE deve ser direcionado sistematicamente para uma meta a ser alcançada utilizando uma abordagem organizada em etapas .O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) publicou a RESOLUÇAO COFEN Nº 358/2009, que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e a implementação do PE, organizado em cinco etapas inter-relacionadas , interdependentes e recorrentes, incluindo: Coleta de dados de Enfermagem; Diagnóstico de Enfermagem; Planejamento de Enfermagem;Implementação e Avaliação de Enfermagem. Desta forma, o PE deve ser utilizado sistematicamente em todas as situações e ambientes em que ocorra o cuidado profissional de enfermagem (1,2). O processo de enfermagem é dinâmico e ininterrupto, pois conforme o estado do indivíduo pode trazer mudanças contínuas e até mesmo drásticas, buscando o bem-estar do cliente desde o momento mais delicado da doença, até os momentos de estabilidade. As relações entre a equipe de enfermagem e o indivíduo, a família, comunidade e as outras equipes que envolvem a assistência tornam o processo interativo (1).As unidades de pediatria foram criadas com o objetivo de salvar e manter a vida de crianças, porém o seu ambiente frio e hostil traumatiza irreparavelmente a criança e toda a sua família (3). **Objetivo**: Identificar, em material bibliográfico consultado, as fases do Processo de Enfermagem utilizadas na realização da Sistematização da Assistência de Enfermagem em Unidade de Internação Pediátrica.**Descrição Metodológica:**Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica e descritiva, com busca na base de dados _LILACS_ e no site _SciELO_, de artigos de periódicos com o cruzamento dos descritores: Enfermagem Pediátrica, Processos de Enfermagem e Pediatria. A coleta de dados foi realizada após a aprovação do projeto pela  Comissão Científica do Curso de Graduação em Enfermagem-FCMSCSP.Foram encontrados 4 artigos de periódicos, que atenderam os critérios de inclusão:língua portuguesa-Brasil e Portugal;escritos por enfermeiros;janela cronológica de  janeiro de 2007 a dezembro de 2016 e disponível _online _na íntegra. Após a leitura na integra dos mesmos foi preenchida uma ficha,composta pelos seguintes itens-referência bibliográfica;titulação dos autores; ocupação dos autores;local da pesquisa;objetivos da pesquisa;tipo de pesquisa;local de publicação da pesquisa;conteúdo sobre a utilização da Sistematização da Assistência de Enfermagem em unidade de pediatria e conteúdo sobre as fases da Sistematização da Assistência de Enfermagem descritas.**Resultados**:Sobre a caracterização dos artigos de periódicos, os mesmos foram escritos por enfermeiros mestres e/ou doutores e a maior parte, docente. Os tipos de pesquisa dos estudos foram: exploratório-descritiva;pesquisa qualitativa e relato de experiência. Após a leitura na íntegra dos artigos de periódicos selecionados, buscamos reunir os temas referentes à realização da SAE e identificamos assim que os artigos trazem em comum diversas dificuldades citadas pelos enfermeiros para a execução da SAE nas unidades de internação pediátrica. Um dos fatores que dificultam a realização da SAE é a sobrecarga de trabalho do enfermeiro na pediatria, devido ao número insuficiente de profissionais em relação à demanda de trabalho que uma unidade pediátrica traz e ao desvio de função do enfermeiro na unidade, o que gera um excesso de atribuições ao enfermeiro, ocasionando um escasso tempo destinado à assistência de enfermagem propriamente dita, além da burocracia relacionada à implementação e execução da SAE (4,5). Além disso foram citadas como dificuldades da sua utilização: resistência dos profissionais de enfermagem para sua implantação e falta da sua valorização como um processo de trabalho do profissional de enfermagem. Em relação à utilização da SAE, encontramos como resultado um maior número de citações sobre a Prescrição de Enfermagem, representando 26,66%(4) da amostra.**Conclusão: **Este estudo, embora muito restrito numericamente, demonstra a efetividade da SAE em uma das suas etapas do PE: a Prescrição de Enfermagem, presente em 26,60% do material selecionado e também das dificuldades da realização da Sistematização da Assistência de Enfermagem.**Contribuições para a enfermagem: **A realização da SAE na prática ainda enfrenta diversos desafios, pois a operacionalização do processo de enfermagem se torna dificultosa por depender de fatores estruturais relacionados à planta física e institucionais relacionados à organização do processo de trabalho. Sabemos que é função privativa do enfermeiro, em toda instituição de saúde, quer pública ou privada, a realização da SAE pois direciona a assistência de enfermagem de forma planejada, estabelece prioridades nas intervenções e resultados esperados. Dessa forma, acreditamos que para a implantação da SAE faz-se necessário ter adequado número de funcionários, horas semanais de serviço, tipo de cuidado realizado pela equipe de enfermagem às crianças internadas para que não ocorra negligencia no processo de cuidar, além de cursos para atualização e capacitação a fim de que os profissionais prestem cuidados de modo sistemático. *Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Enfermagem- Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo-FCMSCSP. 1- Enfermeira graduada pelo Curso de Graduação em Enfermagem-FCMSCSP 2-Enfermeira. Doutor em Ciencias.Professor Asdjunto-FCMSCSP. Email- [maria.reppetto@fcmsantacasasp.edu.br](mailto:maria.reppetto@fcmsantacasasp.edu.br) 3- Enfermeira. Doutor em Enfermagem. Diretora do Curso de Graduação em Enfermagem. Professor Titular-FCMSCSP.


Referências:
REFERÊNCIAS 1. Rocha ECA. Atuação da enfermagem em urgências e emergências. Conteúdo Jurídico. Brasília, dez. 2012. Disponível em: http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.41069&seo=1. Acesso feito em dez. 2017. 2. Ministério da Saúde (BR). Portaria 2048/GM, de 05 de novembro de 2002. Dispõe sobre o funcionamento dos Serviços de Emergência e Urgência. Brasília, Ministério da Saúde, 2002. 3. Schmoeller R; Gelbcke FL. Indicativos para o dimensionamento de pessoal de enfermagem em emergência. Texto Contexto Enferm.Florianópolis, v. 22, n. 4, p. 971-979, out./dez. 2013. 4. Vasconcelos RO; Rigo DFH; Marques LGS; Nicola AL; Tonini NS; Oliveira JLC. Dimensionamento de pessoal de enfermagem hospitalar: estudo com parâmetros oficiais brasileiros de 2004 e 2017. Escola Anna Nery, v. 21, n. 4, p. 1-8, 2017.