E-Pôster
2636197 | FORTALEZAS E FRAGILIDADES NA IMPLANTAÇÃO DE UM CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM | Autores: Xana Raquel Ortolan ; Juliana Chaves Costa ; Rosane Gonçalves Nitschke ; Juliano de Amorim Busana ; Adriana Dutra Tholl |
Resumo: **INTRODUÇÃO: **No Brasil, o ensino profissional da enfermagem inicia sua história em 1890, com a criação da primeira escola de enfermagem brasileira, denominada Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras (EPEE) do Hospital Nacional de Alienados, do Ministério dos Negócios do Interior, no Rio de Janeiro. Esta escola tornou-se realidade por meio do Decreto Federal n. 791, assinado pelo Chefe do Governo Provisório da República, Marechal Manuel Deodoro da Fonseca1. Entretanto, em 1922, com o intuito de profissionalizar a enfermagem no país, foi criada a Escola de Enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), por meio do decreto nº 15.779 de 10 de novembro. Em 1926, a escola passou a denominar-se Escola de Enfermagem Dona Ana Nery, através do decreto nº 17.268. O método de ensino adotado nesta escola seguia o modelo proposto por Florence Nightingale, o qual foi inserido no país pelas enfermeiras norte americanas, que estavam no Brasil para a execução da “Missão Parsons”1. **OBJETIVO: **Descrever as fortalezas e fragilidades encontradas no processo de implantaçãode um curso de graduação em enfermagem em uma Instituição de Ensino Superior (IES) de um município do norte do Estado de Santa Catarina. **METODOLOGIA: **Trata-se de um relato de experiência, que utilizou a História Oral como método-fonte para a coleta de dados2. Através da História Oral é possível a coleta de dados através de entrevistas com pessoas que viveram, participaram e/ou testemunharam determinados acontecimentos, em um determinado período e contexto social. A história oral foi utilizada como método para a coleta de dados, através do relato de experiência realizado por três docentes que atuam e fizeram parte de todo o processo de implantação do curso. **RESULTADOS: O reconhecimento do curso de graduação em Enfermagem: **A criação do curso de graduação em Enfermagem na IES em questão, ocorreu no início do ano de 2017, quando a IES contava com 14 (quatorze) anos de atuação no ensino superior, sendo esta IES reconhecida pela comunidade e mercado de trabalho, como sendo uma instituição consolidada e qualificada na formação e qualificação profissional no estado, sendo este reconhecimento corroborado pelo MEC (Ministério da Educação) que concedeu conceito 5 (cinco) por meio da maior nota do Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) entre as 55 faculdades de Santa Catarina, resultado este que, foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao MEC. **Fragilidades encontradas pelos docentes no processo de criação e implantação do curso de graduação em Enfermagem: **A criação e a implantação do curso de graduação em Enfermagem, vem enfrentando algumas dificuldades até sua consolidação como um curso da instituição. Tais dificuldades são relacionadas ao fato do curso ser criado em uma instituição de ensino privada e próxima a outra Universidade que oferece o mesmo curso de graduação a mais de 35 anos na região. Outra fragilidade destacada está no fato de ser um curso novo que está com sua primeira turma em formação.** As fortalezas encontradas pelos docentes no processo de criação e implantação do curso de graduação em Enfermagem: **A criação e implantação do curso de graduação em Enfermagem na IES, ocorreu diretamente pelo interesse da direção geral da Instituição. Deste modo, neste momento estaremos discutindo as fortalezas encontradas por estes docentes na criação e implantação do curso de graduação em Enfermagem. Apresentaremos alguns relatos a respeito do comprometimento dos professores envolvidos com o curso, conforme segue as falas. “_Éramos poucos docentes, mas que produziam muito. Foi muito trabalhoso (...)”_ (coordenadora do curso). “_O que nos ajudou muito foi a interação existente entre todos os participantes do processo, onde tínhamos como objetivo a efetivação do curso, isto fez com que o processo fosse muito mais agradável(...)”_ (docente). Conforme os relatos dos docentes, concluímos que o curso de graduação em Enfermagem, tornou-se realidade em virtude do comprometimento dos professores envolvidos na criação do curso. A palavra comprometimento, em seu sentido literal, significa “responsabilizar-se por algo, dedicar-se a alguma coisa ou a alguém, ter compromisso”. Contudo, na perspectiva semântica compromisso diferencia-se de comprometimento. O primeiro é definido como o ato de cumprir o que foi determinado, e/ou acordado com outra pessoa. Já o comprometimento está relacionado as atitudes positivas do indivíduo a fim de atingir um objetivo, em favor de outro, ou para si mesmo, sendo motivado de maneira intrínseca e/ou extrinsecamente3. Sendo assim, é possível afirmar que os enfermeiros docentes se uniram comprometidos com um objetivo em comum, a criação e implantação do curso de graduação em Enfermagem. Os participantes do estudo destacam também o apoio que receberam da direção da IES no processo de criação do curso. “_A direção sempre apoiou o curso, desde a construção, sua implementação e agora na luta pela consolidação_” (coordenadora do curso). Com isso, podemos compreender que a criação do curso de graduação em Enfermagem tornou-se realidade em função da atuação conjunta dos docentes, como também pelo apoio da direção da IES. Ainda pertinente as fortalezas do processo de criação do curso de graduação em Enfermagem, foi relatado, o incentivo dado aos alunos para a iniciação científica, através das “Semana de Iniciação Científicas”, que ocorrem todos os anos na IES. Através das pesquisas científicas a enfermagem construirá o conhecimento próprio da profissão, tornando-a reconhecida e consolidada como ciência, tecnologia e inovação. Para tanto, se faz necessário que os docentes incentivem a produção do conhecimento através das pesquisas científicas. Freiberger e Berbel4 afirmaram que “o educar pela pesquisa promove a (re)construção do conhecimento, possibilitando aprendizados que superam a mera reprodução de informações e conteúdos escolares”. Proporcionando assim ao educando, a capacidade de pensar, questionar e buscar respostas para seus questionamentos, nas diversas áreas do conhecimento. **CONCLUSÃO: **o processo de implantação do curso de enfermagem foi possível pela atuação conjunta entre a coordenação da IES, os docentes do curso e também pelos alunos que foram envolvidos desde o início do curso em ações de formação acadêmica de ensino, pesquisa e extensão. **CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: **Este trabalho contribui para a enfermagem, uma vez que envolve o processo de formação do curso de graduação em enfermagem e aponta a relevância da participação e do apoio de todos os atores envolvidos para a consolidação e qualificação do curso.
Referências: Referências
1 - Conselho Federal de Enfermagem. Resolução n. 210, 1 de julho de 1998 [Internet]. Dispõe sobre a atuação dos profissionais de Enfermagem que trabalham com quimioterápico antineoplásicos 2018 [citado 26 jun 2017]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-2101998_4257.html
2 - Soares CB, Hoga LAK, Peduzzi M, Sangaleti C, Yonekura T, Silva DRAD. Revisão integrativa: conceitos e métodos utilizados na enfermagem. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2014 abr. [citado 4 ago 2017]; 48(2):335-45. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342014000200335&lng=en.
3 - Belhiane HPP, Matos LRP, Camargos F. O paciente frente ao diagnóstico de câncer e a atuação dos profissionais de enfermagem: uma revisão integrativa de literatura. Rev Enferm Cent.-Oeste Min [Internet]. 2014 [citado 8 dez 2017]; 3(4):1374-81. Disponível em: http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/592/773.
4 - Vieira RFC, Souza TV, Oliveira ICS, Morais RCM, Macedo IF, Gois JR. Mães/acompanhantes de crianças com câncer: apreensão da cultura hospitalar. Esc Anna Nery [Internet]. 2017 [citado 18 dez 2017]; 21(1):e20170019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452017000100219&lng=en.
5 - Moura LF, Louro TQ, Ribeiro YC, Silva RCL, Figueiredo NMA, Silva CRL. O conforto na enfermagem oncológica: revisão integrativa. Rev Enferm UFPE on line [Internet]. 2016 out. [citado 18 dez 2017];10(10):3898-906. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/11458/13286.
2016 out. [citado 18 dezembro 2017]; 10(10): 3898-3906. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/11458/13286 |