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Resumo: 2522939

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2522939

DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS PRESENTE NO ENSINO DE ETICA NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Autores:
Fernanda Cristina Lemos Mendes ; Edireli Melo de Pinto

Resumo:
**DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS NO ENSINO DE ETICA NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM** _Edireli Melo_[1]__; Fernanda Mendes[2]; Ronildo Alves dos Santos[3] As Diretrizes Curriculares Nacionais1 para o ensino de enfermagem estabelecem, como perfil do egresso: “profissional qualificado para o exercício de Enfermagem, com base no rigor científico e intelectual e pautado em princípios éticos”. Com isso, está de acordo com o código de ética da categoria, segundo o qual o profissional de enfermagem deve exercer “suas atividades com competência para a promoção da saúde do ser humano na sua integridade, de acordo com os princípios da ética e da bioética”. O que subjaz a tais referências é o destaque da enfermagem como uma prática moral, alicerçada em certos valores e virtudes, mais do que como um simples conjunto de práticas prescritas e aliadas a um saber especializado, que caracterizam uma dada profissão2. Isso é tão presente que alguns países possuem exigências específicas nesse sentido para o exercício profissional em enfermagem. Tal perspectiva traz demandas específicas para a área de ensino3, em especial se a enfermagem tem a pretensão de “na~o ficar restrita apenas a` normatizac¸a~o dos co´digos de deontologia das profisso~es, mas ser construi´da e exercitada no contexto das necessidades da sociedade, possibilitando uma visa~o ampliada e abrangente dos desafios e´ticos da vida contempora^nea, envolvendo os mu´ltiplos sentidos do nascer, viver e morrer.”4 O objetivo deste estudo exploratório, de abordagem qualitativa dos dados e uso de consulta documental, foi identificar e analisar os conteúdos trabalhados no ensino de Ética e/ou Bioética nos cursos de graduação em enfermagem do estado de São Paulo, buscando resposta para a pergunta: Quais conteúdos para o ensino de Ética e/ou Bioética são adotados na formação de enfermeiras(os)? Foi feito levantamento das instituições de ensino superior (IES) do estado de São Paulo pelo sistema E-MEC, do Ministério da Educação, chegando ao total de 198 cursos de graduação em enfermagem - excluídos os cursos a distância. Após a identificação das IES, buscamos as ementas de disciplinas relacionadas à ética, as quais foram solicitadas por meio de e-mail. A partir das respostas obtidas, foi realizada a identificação dos conteúdos. Foram analisadas 26 ementas de disciplinas de Ética e/ou Bioética de 20 instituições de ensino superior paulistas. Foi identificado o curto período que os alunos de graduação em Enfermagem têm em uma disciplina exclusiva para o ensino da ética, a qual tem, em média, 35 horas de um total de 4000 a 5000 horas da carga horária completa dos cursos, o que aponta um desafio para que estratégias sejam pensadas para que haja um ensino de ética mais presente durante a graduação em enfermagem. Percebeu-se, ainda, que o ensino da Ética/Bioética na enfermagem continua pautado em modelo predominantemente conservador, centrado em uma concepção normativa, com supervalorização de normas e códigos e atrelado ao ensino da legislação para o exercício profissional. Esse cenário indica a necessidade de mudanças no ensino de ética nos cursos de graduação em enfermagem, para que eles se adequem às novas exigências/desafios do mundo do trabalho e das diretrizes educacionais. É neste sentido que esta pesquisa busca contribuir para o avanço da enfermagem ao demonstrar a necessidade de adequação dos currículos para que o ensino de ética seja desenvolvido de maneira mais integral e prática, proporcionando uma melhor atuação dos enfermeiros frente a dilemas éticos durante a sua pratica profissional. * * * [1] Graduanda em Enfermagem da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP; edireli.melo@usp.br [2] Enfermeira, mestranda em Enfermagem Psiquiátrica da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP [3] Professor Doutor do Depto de Enfermagem Psiquiátrica da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP


Referências:
1. Potter P, Perry A. Fundamentos de Enfermagem. Guanabara Koogan; 2004. 2.Sanches PG. Convivendo com a morte e o morrer: o ser-enfermeiro em unidade de terapia intensiva [dissertação]. Maringá: Universidade Estadual de Maringá; 2007. 3. Costa JC, Lima RAG. (2005). Luto da equipe: revelações dos profissionais de enfermagem sobre o cuidado à criança/adolescente no processo de morte e morrer. Rev Latino-am Enferm. 2005; 13(2): 151-74. 4. Girond JBR, Waterkemper R. Sedação, eutanásia e o processo de morte e morrer em pacientes oncológicos em cuidados paliativos: compreendendo conceitos e inter-relações. Cogitare Enfermagem; 2006; 11(3): 258-63.