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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 2371513

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2371513

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: DA TEORIA À PRATICA

Autores:
Camila Pinto Malgarim Coelho ; Guilherme dos Santos Lopes ; Aline Medianeira Gomes Correa ; Larissa Spies Subutzki ; Claudia Zamberlan

Resumo:
Introdução: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), a partir de um conhecimento específico e de uma reflexão crítica acerca da organização, da gestão e da filosofia do trabalho de enfermagem, se constitui em um instrumento de fundamental importância para o gerenciamento e a otimização da assistência de Enfermagem de forma organizada, segura, dinâmica e competente1. Embora os Enfermeiros já tenham ciência e a percepção da necessidade da implementação da SAE, conforme estabelecido pela Resolução COFEN 3582, o processo metodológico, assim como a escolha de um referencial teórico adequado, ainda, se constitui em desafio para a maioria dos profissionais. Objetivo: Conhecer a percepção de Enfermeiros sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem em unidades intensivas pediátricas. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva, de caráter qualitativo, realizada entre março de julho de 2017, com 15 enfermeiros que atuam em unidades intensivas neonatais e pediátricas de um hospital de médio porte da região leste do Estado do Rio Grande do Sul, a partir de entrevistas individuais com questões norteadoras, tais como: O que você entende por SAE? Como você percebe a SAE na prática? O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o n. 2.270.982. Resultados: Os dados organizados e codificados pela análise de conteúdo demostraram a compreensão teórica limitada, por parte dos enfermeiros, na medida em que os entrevistados destacaram, frequentemente, a SAE pela sua institucionalização legal e como atividade privativa do enfermeiro. Ainda, na medida em que as etapas da SAE foram evidenciadas como descontinuas e fragmentadas em seu processo de implementação, na prática. Os participantes do estudo salientaram terem conhecimento e afirmaram que a SAE é executada em sua prática diária, mas o que se percebe, na análise mais aprofundada, é a sua implementação parcial, reduzida nas etapas do diagnóstico e da intervenção de enfermagem. Percebeu- se, nesse processo, que tanto o diagnóstico quanto as intervenções de Enfermagem se reduzem na prescrição de normas e rotinas, em muitos casos, despersonalizadas e frias. Logo é possível concluir que o conhecimento superficial sobre SAE leva a uma desarticulação teórico-prática, que gera conflitos ideológicos que prejudicam o entendimento do processo como um todo. Os participantes não evidenciaram, de forma clara, as fragilidades encontradas no processo de implementação da SAE. Percebeu-se, no entanto, na fala dos profissionais, dificuldades relacionadas à apreensão teórica e metodológica, sobretudo, no que se refere a implementação das cinco etapas sequenciais e complementares, as quais se apresentaram fragmentadas e descontinuas. Conclusão: Conclui-se, que a percepção dos Enfermeiros sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem em unidades intensivas neonatais e pediátricas não se difere das demais unidades de saúde. Os Enfermeiros, de modo geral, possuem conhecimento teórico superficial sobre à sua proposta teórico- metodológica. A compreensão da SAE limita-se, para a maioria, no cumprimento dos preceitos legais e na execução das etapas do diagnóstico e das intervenções de enfermagem. Considera-se como limitações deste estudo a impossibilidade de participação de todos os profissionais Enfermeiros que atuam na unidade intensivas neonatal e pediátrica. Compreende-se que somente o trabalho em equipe é capaz de ampliar e qualificar a assistência e a gestão de enfermagem. Sugere-se, nessa direção, pesquisas cooperativas entre os diferentes profissionais da equipe de enfermagem, no sentido de ampliar a concepção teórica sobre o tema e garantir a efetivação da SAE em todas as unidades intensivas pediátricas. Contribuições/implicações para a Enfermagem: Os resultados dessa pesquisa demonstraram que embora sendo exigência legal nos serviços de saúde, a Sistematização da Assistência da Enfermagem não ainda se efetivou na prática, conforme o desejado. Dessa forma, esta pesquisa pode vir a subsidiar outros estudos na área da enfermagem, a fim de ampliar a sua percepção e fomentar novas estratégias de intervenção que atendam as especificidades, sobretudo, das unidades intensivas pediátricas.


Referências:
1. Soares, P. A. K. O Centro Integrado de Comando e Controle: Ferramenta de Coordenação, Integração e Planejamento na Defesa Social. Belo Horizonte: 2015. 2. Giaquinto, G.D. (2017). Centro integrado de Comando e Controle de São Paulo: Emprego Operacional da Polícia Militar. Acesso em 15 de 03 de 2018, disponível em: http://www.pilotopolicial.com.br/centro-integrado-de-comando-e-controle-de-são-paulo-emprego-operacional-da-polícia-militar/. 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no 2.048, 05 de novembro de 2002. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, 12 nov. 2002. Seção 1, p. 32-54. Disponível em: http://www.uff.br/ph/artigos/portaria.pdf. 4. Brasil. Lei no. 7.498, de 25 de junho de 1986. Regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências. Diário Oficial da União 26 de jun. 1986; 9273:1