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2371513 | SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: DA TEORIA À PRATICA | Autores: Camila Pinto Malgarim Coelho ; Guilherme dos Santos Lopes ; Aline Medianeira Gomes Correa ; Larissa Spies Subutzki ; Claudia Zamberlan |
Resumo: Introdução: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), a partir de
um conhecimento específico e de uma reflexão crítica acerca da organização, da
gestão e da filosofia do trabalho de enfermagem, se constitui em um
instrumento de fundamental importância para o gerenciamento e a otimização da
assistência de Enfermagem de forma organizada, segura, dinâmica e competente1.
Embora os Enfermeiros já tenham ciência e a percepção da necessidade da
implementação da SAE, conforme estabelecido pela Resolução COFEN 3582, o
processo metodológico, assim como a escolha de um referencial teórico
adequado, ainda, se constitui em desafio para a maioria dos profissionais.
Objetivo: Conhecer a percepção de Enfermeiros sobre a Sistematização da
Assistência de Enfermagem em unidades intensivas pediátricas. Metodologia:
Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva, de caráter qualitativo,
realizada entre março de julho de 2017, com 15 enfermeiros que atuam em
unidades intensivas neonatais e pediátricas de um hospital de médio porte da
região leste do Estado do Rio Grande do Sul, a partir de entrevistas
individuais com questões norteadoras, tais como: O que você entende por SAE?
Como você percebe a SAE na prática? O projeto foi submetido e aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa sob o n. 2.270.982. Resultados: Os dados
organizados e codificados pela análise de conteúdo demostraram a compreensão
teórica limitada, por parte dos enfermeiros, na medida em que os entrevistados
destacaram, frequentemente, a SAE pela sua institucionalização legal e como
atividade privativa do enfermeiro. Ainda, na medida em que as etapas da SAE
foram evidenciadas como descontinuas e fragmentadas em seu processo de
implementação, na prática. Os participantes do estudo salientaram terem
conhecimento e afirmaram que a SAE é executada em sua prática diária, mas o
que se percebe, na análise mais aprofundada, é a sua implementação parcial,
reduzida nas etapas do diagnóstico e da intervenção de enfermagem. Percebeu-
se, nesse processo, que tanto o diagnóstico quanto as intervenções de
Enfermagem se reduzem na prescrição de normas e rotinas, em muitos casos,
despersonalizadas e frias. Logo é possível concluir que o conhecimento
superficial sobre SAE leva a uma desarticulação teórico-prática, que gera
conflitos ideológicos que prejudicam o entendimento do processo como um todo.
Os participantes não evidenciaram, de forma clara, as fragilidades encontradas
no processo de implementação da SAE. Percebeu-se, no entanto, na fala dos
profissionais, dificuldades relacionadas à apreensão teórica e metodológica,
sobretudo, no que se refere a implementação das cinco etapas sequenciais e
complementares, as quais se apresentaram fragmentadas e descontinuas.
Conclusão: Conclui-se, que a percepção dos Enfermeiros sobre a Sistematização
da Assistência de Enfermagem em unidades intensivas neonatais e pediátricas
não se difere das demais unidades de saúde. Os Enfermeiros, de modo geral,
possuem conhecimento teórico superficial sobre à sua proposta teórico-
metodológica. A compreensão da SAE limita-se, para a maioria, no cumprimento
dos preceitos legais e na execução das etapas do diagnóstico e das
intervenções de enfermagem. Considera-se como limitações deste estudo a
impossibilidade de participação de todos os profissionais Enfermeiros que
atuam na unidade intensivas neonatal e pediátrica. Compreende-se que somente o
trabalho em equipe é capaz de ampliar e qualificar a assistência e a gestão de
enfermagem. Sugere-se, nessa direção, pesquisas cooperativas entre os
diferentes profissionais da equipe de enfermagem, no sentido de ampliar a
concepção teórica sobre o tema e garantir a efetivação da SAE em todas as
unidades intensivas pediátricas. Contribuições/implicações para a Enfermagem:
Os resultados dessa pesquisa demonstraram que embora sendo exigência legal nos
serviços de saúde, a Sistematização da Assistência da Enfermagem não ainda se
efetivou na prática, conforme o desejado. Dessa forma, esta pesquisa pode vir
a subsidiar outros estudos na área da enfermagem, a fim de ampliar a sua
percepção e fomentar novas estratégias de intervenção que atendam as
especificidades, sobretudo, das unidades intensivas pediátricas.
Referências: 1. Soares, P. A. K. O Centro Integrado de Comando e Controle: Ferramenta de Coordenação, Integração e Planejamento na Defesa Social. Belo Horizonte: 2015. 2. Giaquinto, G.D. (2017). Centro integrado de Comando e Controle de São Paulo: Emprego Operacional da Polícia Militar. Acesso em 15 de 03 de 2018, disponível em: http://www.pilotopolicial.com.br/centro-integrado-de-comando-e-controle-de-são-paulo-emprego-operacional-da-polícia-militar/. 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no 2.048, 05 de novembro de 2002. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, 12 nov. 2002. Seção 1, p. 32-54. Disponível em: http://www.uff.br/ph/artigos/portaria.pdf. 4. Brasil. Lei no. 7.498, de 25 de junho de 1986. Regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências. Diário Oficial da União 26 de jun. 1986; 9273:1 |