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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 2208226

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2208226

Assistência de enfermagem segura: identificação do paciente pediátrico

Autores:
Danielle Rodrigues de Siqueira ; Maria de Fátima Costa Caminha ; Renata Lopes do Nascimento Santos ; Luciana Marques Andreto ; Suzana Lins da Silva

Resumo:
**Introdução:** A identificação correta do paciente é um item relevante para que a sequência da assistência de enfermagem obtenha resultados livres de imprudência, imperícia ou negligência 1, além do o propósito de reduzir a ocorrência de incidentes assegurando que o cuidado seja prestado à pessoa para a qual se destina 2. No entanto, esse cenário é mais desafiador quando se trata da população infantil, o que implica, necessariamente, em um cuidado diferenciado3. Estudos evidenciam que a padronização das pulseiras de identificação, a educação profissional e o envolvimento dos familiares reduzem os erros na identificação do paciente pediátrico 3-5**. **Sendo assim, a realização de pesquisas que incluam o paciente infantil são, além de necessárias, relevantes, pois viabiliza uma proteção e promoção de uma assistência segura, tanto para o paciente como para os profissionais de saúde envolvidos. Ademais, verifica-se que a identificação do paciente é uma área de grande prioridade nos serviços de assistência a saúde, pois caso exista algum erro relativo a não conformidade na identificação do paciente podem ocorrer consequências desastrosas incluindo a morte 2,6. **Objetivo:** Descrever o uso da pulseira de identificação em crianças internadas em clínica pediátrica de um hospital de ensino.   **Descrição Metodológica:** estudo transversal realizado nas unidades de internação pediátricas (clínica e cardiológica) de um hospital de ensino em Recife-PE no período de novembro de 2016 a abril de 2017. A casuística correspondeu a 234 oportunidades. Foram incluídas as crianças internadas na presença do acompanhante e excluídas os pacientes que foram a óbito. Cabe acrescentar que cada criança foi observada apenas uma vez. Foi aplicado um formulário incluindo as variáveis relacionadas à procedência, grau de parentesco, idade, sexo, tempo, motivo e setor de internamento além de dados referentes a legibilidade, condições e conforto da pulseira. Os dados da pulseira foram anotados no instrumento de pesquisa para posterior conferência com os dados do prontuário do paciente. Durante a coleta dos dados, quando constatado pacientes que se encontravam sem a pulseira de identificação, com alguma irregularidade nos dados ou nas condições inadequadas da pulseira, as enfermeiras responsáveis pelas unidades de internação foram avisadas para que fossem providenciadas as novas pulseiras ou substituídas o mais breve possível. Para fins descritivos, foram calculados valores absolutos e relativos da amostra, suas características e distribuições das variáveis de interesse seletivo da pesquisa. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da instituição, onde a investigação foi realizada, mediante registro nº 62969916.9.0000.5201. **Resultados: **Entre as 234 crianças, 50% eram procedentes do interior, 52,1% do sexo masculino, 85% estavam internadas para tratamento clínico e 15% pata o cardiológico. A média de idade foi de 3,4 anos com tempo médio de internação de sete dias e 70% estavam acompanhados pela genitora. Do total, 54,7% não utilizavam a pulseira, prevalecendo o desconhecimento dos acompanhantes do motivo do não uso (27,3%), seguido de perdeu ou rasgou (18,8%), retirado por um profissional para procedimento (6,4%), retirado por alergia, edema, obesidade ou flebite (2,3%) e não aceita (1,0%). Nas crianças que estavam utilizando a pulseira 36% estavam com a identificação legível e 8,5% apagadas. Em relação às condições da pulseira apenas 6% estavam amassadas, dobradas ou rasgadas e 80% estavam com tamanho adequado paro o paciente. **Conclusão**: O percentual de pacientes pediátricos sem pulseira de identificação é bastante elevado, considerando que a identificação do paciente faz parte do requisito básico para a segurança do paciente e prevenção de eventos adversos. Reforça-se a importância e a necessidade de revisão das etapas de identificação junto à equipe de saúde e ainda a informação aos acompanhantes das crianças sobre o motivo do uso da pulseira no intuito de colaborarem na construção da cultura de segurança do paciente. Sugere-se a realização de estudos que considerem as medidas avaliativas nos serviços de saúde, a fim de estabelecer metas para melhoria contínua da qualidade assistencial e da segurança dos usuários. **Contribuições/implicações para a Enfermagem:** Para garantir uma assistência de enfermagem de qualidade, o enfermeiro responsável pelo cuidado deve participar ativamente do processo de identificação que perpassa a admissão, a transferência ou recebimento de outra unidade ou instituição, antes do início dos cuidados, ou de qualquer tratamento ou procedimento. Além de revisão dos protocolos, dos processos de trabalho e implementação de medidas educativas como forma de reforçar a rotina de identificação do paciente para proporcionar a segurança de uma prática de enfermagem segura.


Referências:
1. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 5. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012. 2. MEDEIROS AL et al. Avaliando diagnósticos e intervenções de enfermagem no trabalho de parto e na gestação de risco. Rev Gaúcha Enferm. 2016; 37(3):e55316. 3. AMORIM, TV et al. Perspectivas do cuidado de enfermagem na gestação de alto risco: revisão integrativa. Rev Enfermería Global. 2017; 46: 515-29. 4. LEITE MCA et al. Assistência de enfermagem a uma puérpera utilizando a teoria de Horta e a CIPE®. Rev Rene. 2013;14(1):199-208. 5. PEREIRA SVM; BACHION MM. Diagnósticos de Enfermagem identificados em gestantes durante o pré-natal. Rev Bras Enferm; 2005; nov-dez; 58(6):559-64.