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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 1653649

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1653649

APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM PALMAS/TO

Autores:
Lorrane Mascarenhas Gomes ; Tatiana Peres Santana Porto Wanderley ; Guiomar Virginia Vilela Assunção de Toledo Batello

Resumo:
APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM PALMAS/TO _Tatiana Peres Santana Porto Wanderley_1, Lorrane Mascarenhas Gomes2, Guiomar Virginia Vilela Assunção de Toledo Batello3 A doença renal crônica é definida como uma lesão com perda progressiva e irreversível da funcionalidade dos rins. Em sua fase mais avançada é denominada Insuficiência Renal Crônica (IRC), quando o órgão não consegue manter a normalidade.1 Os rins constituem o sistema de filtragem do organismo, secretando os resíduos e excesso de líquidos na forma de urina, regulando a água corporal e elementos químicos do sangue como: sódio, potássio, fósforo, cálcio, eliminando medicamentos e toxinas e liberando hormônios importantes na corrente sanguínea. As principais causas dessa patologia são a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS); Diabetes Mellitus (DM) e Glomerulonefrites.2 Na fase inicial surgem manifestações clínicas e laboratoriais mínimas ou ausentes, visto que a progressão da doença é lenta, ressalta-se que em muitos casos não há manifestação clínicas até que haja um comprometimento grave dos rins. Os principais sintomas são: anorexia; emagrecimento; náusea; hemólise; hipertensão; prurido; poliúria; nictúria; hematúria; edema; insônia; cãibras; prurido; palidez cutânea; dismenorreia; atrofia testicular; impotência; déficit cognitivo; confusão; sonolência; obnubilação e coma.3 Visando facilitar a  prestação de serviços de saúde e sua organização, o processo de Enfermagem consiste no método utilizado pela equipe de enfermagem, sendo entendido como a aplicação prática de uma teoria de enfermagem no cotidiano da assistência. Encontra-se organizado em cinco etapas: coleta de dados ou histórico; diagnostico; planejamento; implementação e avaliação de enfermagem. A sua execução proporciona cuidado individualizado, humano e de qualidade para o cliente, focando as necessidades prioritárias.4 A aplicação do método em pacientes com doença renal crônica (DRC) requer o reconhecimento de aspectos distintos, porém relacionados, que englobam as necessidades humanas básicas afetadas do paciente; doença de base; estágio da doença e identificação de complicações e morbidades.5 Nesse contexto foi realizada uma pesquisa com abordagem qualitativa e quantitativa, de caráter descritivo simples, na unidade de internação de um Hospital de Referência do Estado do Tocantins, com os objetivos de: caracterizar o perfil clínico dos pacientes portadores de doença renal crônica; identificar os diagnósticos de enfermagem da Taxonomia NANDA I prevalentes; levantar prescrições de enfermagem adequadas; comparar aos diagnósticos e prescrições identificados nos prontuários desses pacientes aos elencados pelas pesquisadoras. A amostra foi composta por 15 pacientes e seus prontuários. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com o parecer de número: 2.228.096, CAAE:73283517.0.0000.5516. Os resultados evidenciaram que a maior parte dos pacientes eram adultos jovens, sexo feminino, com sobrepeso e internação acima de 20 dias. As doenças preexistentes predominantes foram a HAS e DM; todos os clientes apresentavam manifestações clínicas da patologia, prevalecendo a hemodiálise como forma de tratamento. Através da anamnese e exame físico foram identificados de forma mais acentuada os seguintes achados anormais: disúria; nictúria; poliúria; urina concentrada; náuseas e vômitos; inapetência; constipação; fadiga; dispneia; desidratação; edema; perfusão periférica lenta; turgência de veias jugulares; hipertensão; cianose de extremidades e dor. Os títulos diagnósticos mais prevalentes foram: padrão respiratório ineficaz; dor aguda; eliminação urinária prejudicada; risco de infecção; risco de perfusão renal ineficaz; risco de nutrição desequilibrada: mais que as necessidades corporais; fadiga e ansiedade. Para elencar as intervenções utilizamos como fonte de consulta a Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) e houve destaque para: monitorar padrão respiratório; oferecer oxigenoterapia; monitorar sinais de dispneia; avaliar a eficácia da analgesia prescrita; orientar paciente para solicitar medicação para dor antes que ela piore; verificar grau de desconforto da dor; avaliar sinais de alteração na função vesical; observar débito urinário e realizar balanço hídrico. Ao verificar os registros do processo de enfermagem feitos nos prontuários dos clientes, notamos que a elaboração dos diagnósticos e prescrições de enfermagem não estavam condizentes com as queixas principais e alterações encontradas, o que nos leva a crer que não caracterizam cuidados individualizados, mas sim um formato generalizado e padrão. Concluímos que a implementação do processo de enfermagem nos pacientes com doença renal crônica possibilita reaproximar o enfermeiro do seu cliente; organizar as atividades; facilitar o planejamento; analisar criticamente as condições de saúde do indivíduo, implementando ações e avaliando os resultados. O estudo trará contribuições para a enfermagem e para os portadores da doença, visto que com a execução do processo de enfermagem, os pacientes poderão obter melhor qualidade de vida apesar das limitações impostas pela doença renal crônica, e a equipe terá benefícios no seu papel de gerenciar, administrar, educar, planejar, comunicar, cuidar e satisfazer assim as necessidades do indivíduo. Descritores: Insuficiência Renal Crônica; Processo de Enfermagem; Cuidados de Enfermagem. Área temática 3: Processo de Enfermagem: referenciais teórico-metodológicos, raciocínio clínico e sistemas de linguagem padronizada REFERÊNCIAS 1.Nascimento CD, Marques IR. Intervenções de enfermagem nas complicações mais frequentes durante a sessão de hemodiálise: revisão da literatura. Revista Brasileira de Enfermagem. 2005 nov-dez;58(6):719-22. 2.Costa JAC, Vieira OMN, Moysés MN. Insuficiência renal aguda. Medicina Ribeirão Preto. 2003 abr-dez;36:307-24. 3. Ribeiro RCHM, Oliveira GASA, Ribeiro DF, Bertolin DC, Cesarino CB, Lima LCEQ,et al. Caracterização e etiologia da insuficiência renal crônica em unidade de nefrologia do interior do Estado de São Paulo. Acta Paulista de Enfermagem.2008;21(1):207-11. 4. Felix NN, Rodrigues CDS, Oliveira VC. Desafios encontrados na realização da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) em unidade de pronto atendimento. Arq. Ciênc. Saúde.2009 out-dez; 16(4):155-60. 5. Bastos MG, Bregman R, Kirsztajn GM. Doença renal crônica: frequente e grave, mas também prevenível e tratável. Rev. Asso. Med. Bras. Minas Gerais.2010;56(2):248-53. * * * 1 Enfermeira. Especialista. Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Luterano de Palmas-TO. Coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisa em Enfermagem do Hospital Geral de Palmas-TO. Email: tatiporto3@gmail.com. 2 Graduanda do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Luterano de Palmas- TO. 3 Enfermeira. Mestre. Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Luterano de Palmas-TO e da Universidade Federal do Tocantins.


Referências:
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022 / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011. 2. World Health Organization. Raised blood pressure: situation and trends. Global Health Observatory (GHO) [Internet]. Geneva: WHO ; 2014 [Internet]. Disponível em: http://www.who.int/gho/ncd/risk_factors/blood_pressure_prevalence_text/en/ 3. Brasil. Ministério da Saúde. Vigitel 2013: Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde; 2014. 4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes e recomendações para o cuidado integral de doenças crônicas não transmissíveis: promoção da saúde, vigilância, prevenção e assistência. 72 p. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_recomendacoes_cuidado_doencas_cronicas.pdf >. [Internet].