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1497391 | POLÍTICAS DE SAÚDE COMO FERRAMENTA DO PROCESSO DE ENFERMAGEM NO CUIDADO À PESSOA IDOSA: SIMULAÇÃO REALÍSTICA | Autores: Letícia Cardoso Braz ; Jane Hellen Santos da Cunha ; Rute Mendes Ribeiro dos Anjos ; Thainá Sala Morais ; Laine Nascimento Barreto Gomes |
Resumo: ** INTRODUÇÃO: **O envelhecimento como processo dinâmico e progressivo, demanda cuidado de alta complexidade e diligência, sendo esse imprescindível devido à enorme vulnerabilidade decorrente de fatores cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais. Com o passar dos anos, alguns coeficientes têm feito com que a expectativa de vida no mundo aumente concomitante com a diminuição da taxa de natalidade de forma exorbitante. Por conseguinte, essa realidade acarreta necessidade de implantação de políticas públicas de saúde eficientes e consistentes para os idosos, pois, em cada fase da vida, há direitos especiais que precisam ser garantidos. Portanto, quanto maior for o acesso aos bens e serviços da sociedade, maior será a qualidade de vida no processo de envelhecimento.5 Existem avais legais que definem princípios, diretrizes e responsabilidades, que asseguram os direitos das pessoas idosas, e que o Estado tem obrigação de cumprir: Lei _N° 8.842 de 04/01/1994_ Política Nacional do Idoso; _Lei N° 10.741 de 01/10/2003_ Estatuto do Idoso; _Portaria nº 2.528, de 19 de outubro de 2006 _Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa.¹ Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2012 e 2016, a população idosa (com 60 anos ou mais de idade) cresceu 16,0%, chegando a 29,6 milhões de pessoas. Projeções demográficas indicam que este número poderá ultrapassar nos próximos 14 anos, atingindo 41,5 milhões (18% da população). À vista disso, competências e habilidades são vitais para resolutividades assertivas. Nesse âmbito, as metodologias ativas de ensino-aprendizagem destacam-se como importantes facilitadoras para apontar e discutir os possíveis problemas/situações, além de contribuir significativamente na formação dos profissionais de Enfermagem, com elementos críticos e reflexivos no processo acerca do cuidado na terceira idade. **OBJETIVO:** Descrever a experiência de discentes em uma simulação realística teórico-prática através de recursos pedagógicos que, aproximam a problematização de situações cotidianas**. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA: **Trata-se de um relato de experiência, descritivo, realizado em sala de aula de uma Instituição de Ensino Superior (IES) privada da cidade Salvador, Bahia. Sucedido no mês de fevereiro de 2018. Com abordagem teórico-prática da disciplina saúde do idoso, inserida na matriz curricular do curso de graduação em Enfermagem, correspondente ao quinto semestre. Simultaneamente realizou-se pesquisa e estudo teórico na Revista da Escola de Enfermagem da USP (REEUSP) e na Revista Brasileira de Enfermagem (REBEn). Adotou-se como critérios de inclusão e exclusão trabalhos datados dos últimos dez anos, referentes aos unitermos: “Política de saúde”, “saúde do idoso”, “envelhecimento da população”. Neste cenário, a docente realizou o _briefing _com toda a turma explanando sobre o desenvolvimento de políticas públicas para as pessoas idosas e sua relevância no contexto sócio-histórico-político, conjuntamente com a importância do Processo de Enfermagem (PE) na linha do cuidado, além de questões sobre as Necessidades Humanas Básicas (NHB). Dessarte, houve uma revisão em sala de aula dos objetivos propostos pelas políticas existentes, bem como as atribuições das esferas federal, estadual e municipal, no que tange aos direitos assegurados aos idosos no País. Em seguida, os discentes foram separados em quatro grupos, com auxílio de documentos articulados no arcabouço legal da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), Estatuto do Idoso, Caderneta do Idoso, Cartilha do Idoso e Caderno de Atenção Básica nº19, na finalidade de buscar estratégias que visem a promoção da saúde, prevenção da doença e a garantia dos direitos humanos, nos segmentos mais vulneráveis da população. **RESULTADOS: **O desfecho deu-se por meio de um debate dirigido pela docente, onde cada grupo explanou suas estratégias práticas ante os problemas vivenciados pelos idosos nos serviços de saúde, levando em consideração as diretrizes propostas pela PNSPI; Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) - onde define o tipo de atenção que deve ser prestada ao idoso pelo profissional de saúde; Estratégia de Saúde da Família (ESF), Unidade de Saúde da Família (USF), Programa de Saúde da Família (PSF), Sistema Único de Saúde (SUS), Vigilância Epidemiológica (VIEP) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) - órgão responsável pela fiscalização e controle dos serviços prestados, prevenindo, reduzindo ou eliminando os riscos à saúde e problemas sanitários - sendo estes responsáveis por integrar a comunidade e família restaurando a harmonia do longevo. As discussões que evidenciam as políticas de saúde, devem ser encaradas como estratégias de ensino voltadas para práticas pedagógicas inovadoras, corroborando a ideia de que a busca do saber em enfermagem deve aproximar a prática assistencial da educacional. Assim, é notório que a metodologia ativa é essencial para que o educando possa adquirir um conhecimento singular em um ambiente que lhe permita minimizar os erros na prática assistencial, favorecendo uma realidade diferenciada e mais humanizada, descartando o exercício de uma enfermagem utópica e tornando-a realista. **CONCLUSÃO: **Decorrente ao que fora exposto, o processo de envelhecimento tem um embate significativo em consideráveis fatores que afetam o desenvolvimento das sociedades, apontando para a urgência à mudança. Dessa forma as transformações paradigmáticas no contexto acadêmico visam a formação de profissionais competentes, críticos e comprometidos com a saúde da população idosa, capazes de modificar todo seu perfil assistencialista em função da oferta de uma assistência com enfoque numa formação humanista, crítica, reflexiva e holística. Tendo em vista que os serviços de enfermagem são consolidados de acordo com as particularidades de cada paciente, a população idosa sendo a fração mais fragilizada, referida pela condição clínica, indubitavelmente requer de certo desvelo por parte assistencial e estatutária. **CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM:** Nessa perspectiva, o método de ensino para o exercício de enfermagem, deve estar balizado no rigor científico e intelectual, pautado em princípios éticos, que possibilite o profissional identificar e intervir sobre os problemas de saúde-doença em tempo hábil. Do mesmo modo, está descrito no Processo de Enfermagem (PE), que o enfermeiro deve agir com terminalidade e resolutividade em todos os níveis de complexidade, na tomada de decisões para avaliar, sistematizar e estabelecer condutas adequadas, sempre baseadas em evidências científicas. A aplicação dessa metodologia visa também a possibilidade de minimizar a incidência de complicações da saúde do idoso, como o conhecimento das políticas públicas de saúde do Brasil conectando as ações de saúde com os profissionais.
Referências: 1. Botti SHO, Rego STA. Docente-clínico: o complexo do preceptor na residência médica. Physis Revista de Saúde Coletiva 2011; 21(1):65-85.
2. Armitage P, Burnard P. Mentors or preceptors? Narrowing the theory-practice gap. Nurse Education Today 1991; 11(3): 225-229.
3. Barreto VHL, Monteiro ROS, Magalhães GSG, Almeida RCC, Souza LN. Papel do Preceptor da Atenção Primária em Saúde na Formação da Graduação e Pós-graduação da Universidade Federal de Pernambuco: um Termo de Referência. Rev. bras. educ. med. 2011; 35(4):578-583.
4. Barrenechia MA; Schopenhauer como educador: Um modelo de mestre. Poíesis Pedagógica 2015; 13(2):06-14. |