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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 1283726

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1283726

O ENSINO DA SAE NO CURRÍCULO INTEGRADO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores:
Luanne Gomes Araújo <2015206049@app.asces.edu.br> ; Sthefani Souza Settani <2016106042@app.asces.edu.br> ; Thamires Iasmim de Sousa Bezerra

Resumo:
**Introdução:** O currículo integrado (CI) adota o princípio do currículo em espiral, que propõe partir do conhecimento geral para o específico, em níveis crescentes de complexidade, por meio de sucessivas aproximações (DOWDING, 1993). O principal objetivo do CI é a formação de profissionais críticos, reflexivos e que atendam às necessidades do sistema de saúde, além das exigências do mercado de trabalho. Todas as séries do curso são estruturadas em módulos interdisciplinares, nesses, as atividades se desenvolvem em torno de conceitos chave, de modo a favorecer o alcance de desempenhos essenciais para a formação do enfermeiro (GARANHANI et al 2013) **Objetivo:** Relatar o processo da sistematização da assistência de enfermagem no âmbito acadêmico, elencando sua importância na formação profissional em uma proposta pedagógica diferenciada , denominada como currículo integrado. **Metodologia: **Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência e o cenário do estudo foi o curso de graduação em Enfermagem do Centro Universitário Dr. Tabosa de Almeida localizado no agreste Pernambucano. **Resultados e Discussões: **O curso de graduação em Enfermagem da Faculdade ASCES-UNITA traz um modelo dinâmico, inovador e diferenciado. Organizado de forma modular e dividido em unidades temáticas, que aborda conhecimentos das Ciências Humanas, Sociais, Exatas e Biológicas em articulação com os conhecimentos das Ciências da Saúde e da Enfermagem. Privilegia uma efetiva integração entre ensino, serviço e comunidade, bem como, entre educação e trabalho tendo como pano de fundo os cenários sociopolítico-culturais em que o processo de trabalho da enfermagem se desenvolve. Desta forma, o aluno vivencia atividades teórico-práticas desde o primeiro módulo do curso em diferentes espaços de aprendizagem, tais como comunidades, escolas, creches, indústrias, unidades básicas de saúde, policlínicas, hospitais, SAMU, bem como nos laboratórios da ASCES-UNITA. A SAE no currículo integrado é desenhada de maneira onde o aluno compreende de forma contínua os conhecimentos dessa sistematização desde a história da profissão, sob influências das teorias de enfermagem,além disso, o discente adquire habilidades construídas de forma crítica a respeito da assistência e aumenta suas perspectivas profissionais, visando o cuidado desde o indivíduo até toda a comunidade no âmbito biopsicossocial e espiritual. No terceiro módulo o discente é apresentado claramente a SAE sendo esta uma metodologia de organização, planejamento e execução de ações sistematizadas de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação, constituída por 5 etapas: o Histórico de Enfermagem – HE que inclui, a coleta de dados e o exame físico; o Diagnóstico de Enfermagem – DE através dos problemas identificados no HE; o Planejamento de Enfermagem – PE; a Implementação de Enfermagem – IE e a Avaliação de Enfermagem.  A SAE é regulamentada pela Resolução n° 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), a mesma se trata de uma atividade privativa do enfermeiro, realizada em ambientes públicos ou privados, com ênfase no indivíduo, e direta ou indiretamente na família e comunidade, determinando os cuidados básicos que devem ser ofertados. É adotada como um tema transversal, pois a partir do quarto módulo é encontrada em todos os conteúdos inclusive em período de estágio. Tem a sua continuidade até o quinto módulo a nível primário de saúde, onde o aluno é estimulado a buscar problemas a partir de metodologias ativas a fim de possíveis diagnósticos, intervenções e prescrição de cuidados de enfermagem. Na atenção básica é voltada aos cuidados básicos com adultos e idosos, a mulher no ciclo gravídico e puerperal, a criança e ao adolescente, onde o processo de enfermagem passa a ser organizado em torno das reais necessidades de saúde. Já na média e alta complexidade que acontece do sexto ao sétimo módulo, a SAE é vista de forma fragmentada de acordo com o nível de atenção à saúde. Na atenção secundária e terciária é voltada às situações clínicas e cirúrgicas a nível individual, as situações de urgência e emergência, no âmbito domiciliar, na pediatria e hebiatria, na ginecologia e obstetrícia, na psiquiatria e também no centro de terapias intensivas no adulto, idoso e neotato. No currículo integrado (CI) constatamos que o ser humano deve ser visto como um ser integral, com características biológicas, psicológicas, espirituais e sociais interligadas e interdependentes, dessa forma, o cuidado dentro dessa sistematização da assistência de enfermagem, deve atender todas essas esferas desde o nível individual até o nível coletivo, pois, cada indivíduo é determinado por sua história pessoal de vida e também faz parte de um grupo social, portanto sua inserção no processo de produção, condiciona o seu estado de saúde e doença (GARANHANI, 2013).** Conclusão: **A SAE no currículo integrado (CI) é ensinada em formato transversal, contribuindo efetivamente na formação de uma postura profissional adequada para a Enfermagem. Garantindo qualificação do futuro profissional em seus planejamentos assistenciais de saúde favorecendo o aumento na qualidade prestada ao cliente, consolidando e dando subsídio à profissão. Os docentes incorporam momentos teóricos/práticos se envolvendo ao longo dos módulos de medida observacional, de escuta qualificada e dialogando sempre com os alunos, orientando aos acadêmicos as melhores condições nas dificuldades elencadas. A reflexão sobre a SAE nessa metodologia de currículo fundamenta as questões teóricas vistas em sala de aula, oportunizando ações criticas e efetivas nas experiências vividas durante as práticas clínicas, sendo assim, aprovada pelos discentes, pois, além de facilitar a aprendizagem também integra o referencial temático da sistematização de enfermagem a outros referenciais de diferentes áreas e níveis de conhecimento, contribuindo com o ampliamento das competências primordiais na execução dos planejamentos e intervenções de um enfermeiro em seu âmbito de trabalho, seja ele a nível básico ou hospitalar.


Referências:
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