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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 1133490

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1133490

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM IDOSOS: REVISÃO INTEGRATIVA

Autores:
Desirée Costa Bezerra ; Diurieny Ribeiro Itaparica Vieitas ; Crislayne Simões Pereira

Resumo:
**INTRODUÇÃO: **O envelhecimento caracteriza uma fase da vida e é um processo natural do ser humano. Neste processo ocorrem mudanças físicas, psicológicas e sociais de forma individual em cada pessoa com sobrevida prolongada1. A existência de queixas necessita ser investigadas e avaliadas, pois as características das queixas observadas podem interferir na qualidade de vida dos idosos, causando sofrimento desnecessário2. Neste entendimento, o diagnóstico de enfermagem é um julgamento clínico sobre uma resposta humana a condições de saúde/processos de vida, ou uma vulnerabilidade a tal resposta, de um idoso, uma família, um grupo ou uma comunidade3. É a segunda etapa do processo de enfermagem e pode ser considerada uma fonte de conhecimento científico para a enfermagem, tornando-se fundamental para o planejamento e implementação de intervenções eficazes que proporcionem a melhoria da assistência prestada ao idoso4. **OBJETIVO:** Identificar os Diagnósticos de Enfermagem (DE) com uso da Taxonomia NANDA de maior frequência entre as pessoas idosas, evidenciados na literatura. **METODOLOGIA** Trata-se de uma revisão integrativa, para analisar as produções nacionais acerca das evidências científicas e dimensões dos estudos sobre diagnóstico de enfermagem em idosos em hospitais e unidade básica de saúde. Dada a complexidade que envolve o processo de envelhecimento agregado às lacunas para identificação sobre a temática em pauta, foi formulada a seguinte questão de pesquisa: Quais os DE mais frequentes em Idosos no ambiente hospitalar e atenção primária? A questão formulada obedeceu a estratégia PICo, onde P=participantes (Idosos), I=Interesse (Diagnósticos de enfermagem em idosos), Co=Contexto (idosos hospitalizados e atendidos na atenção primária em saúde)5. Para o levantamento dos estudos foi utilizada a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), por reunir diferentes bases de dados. O levantamento foi realizado em janeiro e fevereiro de 2018. Os estudos selecionados estavam indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e BDENF (Base de Dados de Enfermagem). O Período correspondente à busca de dados foi entre os anos de 2013 a 2017, a escolha dos últimos cinco anos para analisar a produção da enfermagem na temática proposta, foi o fato que determinou o ponto de corte para esta revisão. Para pesquisa nas bases de dados, foi utilizado o descritor do vocabulário DeCS elaborados pela BIREME utilizando o operador booleano “AND”, sendo o que segue: “Diagnóstico de Enfermagem” AND Idosos. Como critérios de exclusão: publicações duplicadas, teses, dissertações, trabalho de conclusão de curso, estudos de revisão. Critérios de inclusão: Textos completos com livre acesso; Publicados em Português. Estudos originais de pesquisa; Delineamento metodológico claro e utilização dos DE-NANDA.  O levantamento pela BVS, utilizando os descritores acima citados, resultou: 996 estudos. Aplicados os critérios de inclusão e exclusão, ficaram 44 estudos. Posteriormente, foram utilizados os filtros: Tipo de documento: Artigo. Assunto principal: Diagnóstico de Enfermagem, Idosos, Saúde do Idoso, Cuidados de Enfermagem. Limite: Idoso. Foram identificados na BDENF 14 artigos e LILACS 15 artigos, total de 29 artigos. Realizado a primeira análise pelos títulos e resumos, buscando a identificação dos diagnósticos de enfermagem em idoso, e se os mesmos foram identificados pela NANDA. Após análise foram excluídos 23 artigos. Restando amostra final seis artigos para revisão. Destes, quatro foram da base de dados BDENF e dois da LILACS. A análise dos artigos foi realizada de forma descritiva, permitindo a observação, a classificação dos dados e suas descrições.** Resultados: **No primeiro estudo denominado_ Principais diagnósticos de enfermagem em idosos hospitalizados submetidos às cirurgias urológicas_, os diagnósticos de Enfermagem de maior frequência foram: Integridade da pele prejudicada, Risco de infecção, Risco de volume de líquidos deficiente, Dor aguda e Conhecimento deficiente. No segundo artigo cujo título: _Diagnósticos de enfermagem de pacientes com necessidade de locomoção afetada internados em uma unidade hospitalar, os _predominantes são: deambulação prejudicada, mobilidade física prejudicada, risco de infecção e risco de quedas.  No terceiro artigo cujo título: _Diagnósticos de enfermagem do domínio Nutrição identificados em idosos da comunidade_, os predominantes são: Risco de desequilíbrio eletrolítico, Risco de volume de líquidos deficiente e Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais. No artigo _Identificação dos preditores de readmissão de idosos com síndrome coronariana aguda_, os DE mais encontrados foram: integridade tissular prejudicada, risco de constipação e mobilidade física prejudicada. No artigo _Adequação da linguagem de enfermagem a prática com idosos residentes em uma instituição psiquiátrica de longa permanência: mapeamento_ _cruzado,_ foram elencados: Autocontrole ineficaz de saúde; Deglutição prejudicada; Déficit no autocuidado para higiene íntima e banho; Mobilidade física prejudicada; Débito cardíaco diminuído; Perfusão tissular periférica ineficaz; Confusão crônica; Processos familiares disfuncionais; Dentição prejudicada; e Risco de quedas. No artigo: _A relação entre os diagnósticos de enfermagem e testes de cognição realizados em idosos com doença de Alzheimer_, os diagnósticos de enfermagem foram: confusão crônica, risco de quedas, Conhecimento deficiente, padrão de sono prejudicado, o risco de solidão e tristeza crônica. **CONCLUSÃO: **Conforme análise, foi possível identificar cinco diagnósticos de enfermagem que apresentaram maior frequência em idosos, foram eles: Risco de quedas e Mobilidade física prejudicada foram os que se apresentaram em maior evidencia, dentre os cinco estudos se fizeram presentes em três. Os DE Risco de infecção, Risco de volume de líquido deficiente e Conhecimento deficiente, estiveram presentes em dois estudos cada um. Dos seis estudos identificados 4 foram realizados em Hospital e 2 na Atenção Primária em Saúde. Os DE que apresentaram maior frequência foram em idosos Internados. É perceptível que o uso de DE como ferramentas do enfermeiro torna possível realizar uma intervenção sistematizada e individualizada, para melhor assistir o idoso na singularidade de suas necessidades. **CONTRIBUIÇÕES/ IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM:** O processo de envelhecimento traz consigo a vulnerabilidade, o adoecimento, que, por conseguinte leva o idoso a desenvolver um grau de dependência. Estas demandas do idoso que o enfermeiro deve identificar no momento da abordagem inicial para a identificação de diagnósticos de enfermagem. Neste contexto, foi identificada na literatura a escassez de estudos sobre diagnósticos de enfermagem em idosos no idioma português, o que pode indicar a pequena utilização dos DE pelos enfermeiros em seus atendimentos. Isso suscita a importância para desenvolver mais estudos sobre a temática. Dada a sua relevância, a implantação e implementação nos serviços onde o enfermeiro atende idosos, viabiliza o desenvolvimento do processo de enfermagem nas instituições de saúde, para melhor segmento dos idosos.


Referências:
1. Jha AK, Larizgoitia I, Audera-Lopez C, Prasopa-Plaizier N, Waters H, Bates D. The global burden of unsafe medical care: analytic modeling of observational studies. BMJ Quality and Safety. 2013; 22(10):809-15. 2. Steering committee for world thrombosis day. Thrombosis: a major contributor to the global disease burden. J Thromb Haemost. 2014; 24(11):1580–90. 3. McCloskey JC, Bulecheck GM. Classificação das Intervenções de Enfermagem. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. 4. NANDA. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificações: 2015-2017. 10ªed. Porto Alegre: Artmed, 2010. 5. Mendes KDS, Silveira RCC, Galvao CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & contexto Enferm. 2008; 17(4): 758-64