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1117202 | DESAFIOS VIVENCIADOS NA NEUROCIRURGIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA | Autores: Micheli Biondo |
Resumo: **Introdução: **A diretriz curricular do curso de graduação em enfermagem elabora pelo Ministério da Educação tem como objetivo de construir um perfil de futuro profissional com conhecimento científico, habilidade técnica e com potencial para desenvolver a assistência e gerenciamento do serviço. O enfermeiro possui uma formação generalista sendo dotado por habilidade técnica, conhecimento científico e raciocínio clínico, capacitado para conhecer e intervir sobre problemas ou situações de saúde-doença de um indivíduo, família ou comunidade. Os conteúdos desenvolvidos durante o aprendizado com o processo saúde-doença da população, e devem estar relacionados a atividades teórico-práticas em diferentes estágios da vida individual e coletiva, administração do processo de trabalho, como gestão e gerenciamento dos serviços e conteúdos relacionados sobre a educação continuada e permanente do enfermeiro. Durante a graduação o acadêmico de enfermagem deve desenvolver o conhecimento técnico-cientifico e habilidade técnica para ser apto a atuar em diferentes contextos profissionais, conhecendo e modificando o processo saúde- doença da população. Através da realidade e perfil epidemiológico de uma população, o profissional enfermeiro age com um conjunto de ações de cuidados multiprofissionais para melhorar a saúde em sua coletividade1. Segundo o MEC, é recomendado que a graduação de enfermagem possua a duração mínima de quatro a seis anos integrais com carga mínima de três mil e quinhentos horas, sendo que o estágio supervisionado deve compor no mínimo, 20% da carga horária da graduação. O estágio supervisionado deve ocorrer na atenção hospitalar e atenção primária a saúde em diferentes setores hospitalares e na atenção básica do serviço de saúde2. Durante a formação acadêmica passei por esta dinâmica de conteúdo, ao longa da formação tive conteúdos relacionados ao sistema neurológico, porém nunca tive a oportunidade de realizar a prática neste setor, por este motivo o escolhi como campo de Estágio Supervisionado I- Clínica Neurocirurgia. A escolha do campo de prática se deu perante a motivação e curiosidade de conhecer as funções e a complexidade da clínica neurocirurgia, o que durante os anos anteriores da graduação não houve possibilidade. Fui estimulada a conhecer e a desenvolver as funções gerenciais e assistenciais do enfermeiro, observando diretamente as intercorrências ocorridas durante os plantões diariamente, desta forma agregando conhecimento para minha formação acadêmica-profissional. Assim, foi possível relacionar o conhecimento teórico com a prática através de um contado direto com o paciente, auxiliando-o na sua recuperação, exercitando o raciocínio clínico entre os sinais e sintomas do paciente com sua patologia e histórico, para posteriormente desenvolver o processo de enfermagem e prescrever cuidados específicos para cada paciente. Trabalhei em uma área a qual eu não tinha muito contato até então, e durante este tempo pude aprender a exercer muitas atividades, procedimentos, que serão indispensáveis para a minha vida profissional futuramente. Segundo a portaria da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) do Ministério da Saúde (MS), que introduziu a portaria no 756, de Dezembro de 2005, a Clínica de Neurocirurgia se classifica como um setor de alta complexidade, pois os pacientes necessitam de ter uma equipe multiprofissional para assegurar a manutenção da saúde. Esses profissionais devem ser capacitados, sendo dotados de competência, habilidades, conhecimento cientifico para desenvolver o seu método terapêutico e executar os procedimentos de maior complexidade que o setor demanda3. Os profissionais de saúde que atendem pacientes com doenças neurológicas devem aperfeiçoar diariamente seus conhecimentos e habilidade técnica, devido ser um setor de alta complexidade, que demanda de conhecimentos específicos, assim, garantindo a recuperação do paciente e quando possível diminuindo seus dias de internação. Além dos recursos humanos, o hospital deve possuir uma boa infraestrutura, dispor de recursos materiais e equipamentos adequados, em bom funcionamento. E, devido à alta complexidade do setor, é preciso uma boa comunicação intersetorial entre a Clínica de Neurocirurgia e o Setor de Imagens e Exames Laboratoriais, para complementar diagnósticos quando necessário3. **Objetivos: **O objetivo do relato de experiência é relatar a vivência acadêmica durante o Estágio Supervisionado I na Clínica de Neurologia de um Hospital Regional do Munícipio de Chapecó, descrevendo as atividades desenvolvidas nos aspectos gerenciais, assistenciais, educativas e investigativas no setor. **Descrição metodológica: **O Estágio Supervisionado I, é a disciplina que compõe a 9ª fase do Curso de Enfermagem da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, sendo uma atividade curricular obrigatória por todos os acadêmicos do curso de enfermagem da UDESC no 9o período. O estágio ocorreu no Hospital Regional do Oeste – HRO, no município de Chapecó. A carga horária do Estágio Curricular Supervisionado I e das atividades fora do contexto hospitalar corresponderam ao total de 468 horas. **Resultados: **A experiência do ECS I foi válida e enriquecedora para minha formação acadêmica-profissional, pois me proporcionou um crescimento intelectual e individual. Durante esta etapa tive vários medos e ansiedades diante das intercorrências, de não conseguir realizar as atividades que me foram propostas, do erro técnico e o medo do desconhecido, os quais superei diariamente, vencendo cada uma das intercorrências. Acredito que durante esse período eu obtive um amadurecimento tanto profissional quanto pessoal que será extremamente importante para minha vida e carreira profissional pois desenvolvi e aprimoreis várias habilidades técnicas e de organização, administração do tempo, observar e diferenciar os recursos humanos e físicos que a unidade possui e de reconhecer as intercorrências do plantão anterior e o atual, prestando uma assistência ao paciente com mais frequência e eficácia. Desse modo posso concluir que o estágio supervisionado I teve grande impacto tanto na minha vida acadêmica como pessoal, onde tive que me superar diariamente. **Conclusão: **No campo de estágio o acadêmico vivenciei e desenvolvi as atividades gerenciais de um enfermeiro, observando e identificando quais são as funções dos enfermeiros e suas atribuições, vivenciando diariamente a rotina de uma unidade de clínica de alta complexidade, onde, tive a oportunidade de observar a clínica neurocirurgia como um todo e quais são seus recursos humanos, material e a estrutura física e além dos registros e instrumentos gerenciais e de organização do processo de trabalho do enfermeiro como o uso da taxonomia NANDA. Utilizar a taxonomia me auxiliou a analisar e observar os pacientes integralmente, elencar prioridades entre os pacientes, conforme os diagnósticos identificados e assim pude ter um olhar mais amplo da equipe de enfermagem, equipe multiprofissionais, recursos materiais, estrutura física e paciente/família. **Contribuições/implicações para a Enfermagem: **Inserir o uso de taxonomias no estágio supervisionado pode contribuir ~~a ~~para a formação de novos profissionais com ideias inovadoras, capazes de desenvolver ações gerenciais e assistenciais a partir de diagnósticos de enfermagem, potencializando a tomada de decisões profissionais e a execução qualificada do processo de trabalho da Enfermagem em diversos cenários profissionais.
Referências: 1. Sociedade Brasileira de Cardiologia; Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol. 2010. 95(1): 1-51.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Saúde Brasil 2014 : uma análise da situação de saúde e das causas externas. Ministério da Saúde, 2015.
3. Siqueira, DS.et al. Perfil de pacientes com crise hipertensiva atendidos em um pronto socorro no sul do Brasil. Rev Enferm UFSM. 2015; 5(2): 224-234.
4. Silva, AP. Fatores associados à não adesão ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica: uma revisão integrativa. J: res.:care online. 2016. 8(1): 4047-55.
5. NANDA International, Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificação 2015-2017, Porto Alegre: Artmed, 2015. |