Comunicação coordenada
375 | POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES DA IMPLANTAÇÃO DO AVA NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM | Autores: Maria Cristina Guimaro Abegão (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; Rosana Abutakka Vasconcelos dos Anjos (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; Alexandre Martins dos Anjos (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; Heloisa Maria Pierro Cassiolato (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) |
Resumo: LIMITAÇÕES DA IMPLANTAÇÃO DO AVA NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM INTRODUÇÃO: Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) tem sido utilizados no Ensino Superior como estratégias de aprendizagem , no ensino na Saúde, especificamente na Enfermagem, entretanto há limitações que precisam ser consideradas. Neste trabalho descrevemos as limitações encontradas na etapa de implantação da Pesquisa intitulado Desenvolvimento de estratégias para o uso do AVA na Faculdade de enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso (FAEN/UFMT), certificado pelo CAAE Nº 53613216.3.0000.5541. Os AVAs têm se configurado como recurso necessário para a gestão de cursos online, bem como nos processos educativos. Os recursos tecnológicos nesses ambientes disponibilizam materiais em formatos diversos e possibilitam a ocorrência de processos de interação e comunicação entre os sujeitos do conhecimento. A utilização do AVA, na FAEN/UFMT, partiu do interesse de alguns professores em aplicar essa ferramenta, como estratégia metodológica no ensino presencial, na intenção de acompanhar e orientar o processo de ensino e aprendizagem desses alunos. Conforme assevera Filatro(1) (2008), o termo AVAs refletem o conceito de sala de aula online, em que a ideia de sistema eletrônico está presente, mas é extrapolada pelo entendimento de que a educação não se faz sem ação e a interação entre as pessoas. Para Dillenbourg(2) (2000), os AVAs se constituem pelas interações educativas, transformando espaços em lugares; eles são heterogêneos, integrando diversas tecnologias e múltiplas abordagens pedagógicas. Por essas visões, é pertinente a compreensão de que os AVAs convergem recursos tecnológicos de informação e comunicação (TIC) e inúmeras possibilidades ferramentais; no entanto, há que se ter em conta que esse aparato está a serviço de um contexto maior, que de fato norteia o processo educacional e pedagógicos os aspectos pedagógicos, que precisam ser considerados em qualquer contexto da educação, desprendidos de modalidades educacionais específicas. (Anjos. R et al (3), 2015). OBJETIVO: Descrever o processo de implantação do AVA na FAEN/UFMT. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva. CONSIDERAÇÕES: Para compreender a dinâmica da FAEN/UFMT, consideramos pertinente abordar alguns temáticas. As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do Curso de Graduação em Enfermagem, Resolução CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001 propõe a mudanças na formação, desde as competências necessárias, a inserção precoce dos alunos nas práticas e na atuação do Sistema Único de Saúde. Nesse sentido, o ensino precisa propiciar ao aluno o embasamento teórico e prático que permitam desempenhar essas atribuições. O Ministério da Educação (MEC) com relação as atividades teóricos práticas, desenvolvida nas Instituições de Saúde, estabelece o dimensionamento e a pertinência da relação professor/aluno por disciplina/conteúdos, nas seguintes situações : na teoria, no máximo 1/50; na prática com supervisão direta, no máximo 1/10; no estágio curricular, no máximo 1/15(4). Na FAEN/UFMT, as turmas são constituídas de 30 acadêmicos por semestre, de modo que as disciplinas com distribuição de carga horária teórico e práticas, permitem 04 subturmas de alunos, com supervisão de 04 docentes nas atividades práticas. A implantação dos AVAs para atender os cursos presenciais da UFMT, em 2011 e se deu, em parte, pela manifestação de interesse dos próprios docentes, bem como pela política adotada na Instituição, que compreende os recursos da TIC como elementos subsidiadores que podem colaborar para o enriquecimento da prática docente. No escopo das ações envolvidas para a construção e customização do AVA, é possível pontuar primeiramente o planejamento de Infraestrutura, que levantou o quantitativo de usuários do AVA, condizentes com os cinco campis da UFMT: Cuiabá, Pontal do Araguaia, Rondonópolis, Sinop e Várzea Grande, que entre professores e alunos somaram 25.000 usuários. Com esse dado, foi possível dimensionar a estrutura de hardware e aquisição de equipamentos do tipo servidores, para hospedagem do Ambiente Virtual, sendo utilizado o software Moodle versão 1.9.10 para atender essa demanda e se encontra disponível no endereço http://www.ava.ufmt.br. Outra etapa, diz respeito as ações concernentes a integração do AVA com o Sistema de Informação e Gestão Acadêmica (SIGA) da UFMT, que viabiliza o espelhamento deste ambiente a partir dos dados do SIGA, isso facilita ao usuário o acesso as informações e otimiza os meios de comunicação nesse espaço virtual. Ademais, houveram atividades relativas ao planejamento e desenho instrucional dos AVAs, nos anos de 2013 e 2014 e o processo de capacitação presencial sobre o uso do AVA, com a participação de 1.900 docentes. A utilização deste ambiente nos cursos de graduação presencial é facultativa na instituição, cabe ao docente decidir sobre a apropriação e incorporação do mesmo em suas práticas pedagógicas, uma vez que não substitui os momentos presenciais de sala de aula, mas sim, serve ao propósito de apoiar o professor no desenvolvimento de novas estratégias didáticas no ensino. IMPLICAÇÕES: Os AVAs dispõem de uma diversidade de recursos de interação e comunicação, e, no caso específico da UFMT, ocorre a integração do Ambiente Virtual Moodle com o Sistema Acadêmico para facilitar a assimilação e conjunção de dados pelos usuários, vale dizer que a integração entre os sistemas apresenta algumas limitações sentidas pelos professores do curso de graduação em enfermagem. Ocorre que, a FAEN/UFMT, utiliza uma lógica específica para desenvolver suas práticas pedagógicas, na qual, uma disciplina pode ser ministrada por até quatro professores em concomitância, e, no Sistema Acadêmico é possível atribuir somente um professor por disciplina. Esse desalinho de práticas se reflete no AVA, uma vez que ele espelha as informações do SIGA, isto é, o AVA apresenta a disciplina disponível e somente um professor com prerrogativa de acessá-la no espaço virtual. Considerando essa dificuldade, como ainda o anseio de se utilizar este ambiente na enfermagem, a coordenação do curso em conjunto com alguns professores, estabeleceram um diálogo profícuo com a Secretaria de Tecnologia da UFMT, setor responsável pelo desenvolvimento de sistemas, no intento de buscar resolutivas para essa questão. Desse modo, encontra-se em processo de desenvolvimento as novas funcionalidades do SIGA que abarcarão a realidade prática do curso de enfermagem, e demais cursos da área da saúde da UFMT. Com esses ajustes técnicos, relativos ao processo de integração dos sistemas, todos os professores da enfermagem poderão utilizar o AVA em sua plenitude e condizente com a realidade curricular e pedagógica do curso. Por fim, vale enfatizar que, o uso do AVA no âmbito dos cursos presenciais da UFMT se perfaz de modo opcional e não substitui ou permuta os momentos presenciais de sala de aula e de prática, imprescindíveis, sobretudo, para o curso de enfermagem. REFERÊNCIAS: 1.FILATRO, A. Design Instrucional na Prática. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008. 2.DILLENBOURG,P. Virtual Learning Environments.Workshop on Virtual Learning Environments: building new education strategies for schools. University Of Geneva, 2000.[acesso 2016 jul.11]. Disponível em: http://tecfa.unige.ch/tecfa/publicat/dil-papers-2/Dil.7.5.18.pdf 3.ANJOS, R.A.V.; ALONSO, K.M.; ANJOS. A.M. A Implantação de Ambientes Virtuais de Aprendizagem para os cursos presenciais da UFMT.Revista de Educação a Distância. v. 2, n. 1. Porto Alegre: 2015. [acesso em 2016 jul.04]. Disponível em: http://www.aunirede.org.br/revista/index.php/emrede/article/view/27 4.Ministério da Educação. Secretaria da Educação Superior. Roteiro para autorização de cursos de graduação em enfermagem comissão de especialistas de ensino de enfermagem CEE/ENF/SESu/MEC. Portaria SESu/MEC Nº1.518 de 14/6/2000. [acesso em 2016 jun. 10].Disponível em : http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/Autoriza.pdf DESCRITORES: Educação em Enfermagem, Meios de Comunicação, Saúde. |