Comunicação coordenada
503 | DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A ÁREA DA ENFERMAGEM: POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES | Autores: Maria Aparecida Vieira (Universidade Estadual de Montes Claros) ; Cássio de Almeida Lima (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri) ; Orlene Veloso Dias (Universidade Estadual de Montes Claros) ; Conceição Vieira da Silva Ohara (Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo.) ; Edvane Birelo Lopes de Domenico (Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo.) |
Resumo: Introdução: As Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem definem os princípios, fundamentos, condições e procedimentos da formação de enfermeiros. Entretanto, não devem se tornar uma receita inflexível e cabível em todos os conceitos em sua totalidade. Objetivos: O estudo objetivou refletir sobre as potencialidades e fragilidades das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem, determinadas pelo Conselho Nacional de Educação do Brasil. Descrição Metodológica: Trata-se de uma reflexão, ancorada na revisão de literatura de artigos obtidos na biblioteca eletrônica Scientific Electronic Library Online e na análise de documentos legais que versam sobre a educação em enfermagem brasileira. Resultados: Pôde-se evidenciar que os conteúdos postos nas diretrizes, como a formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, a pedagogia das competências e do aprender a aprender são reproduzidos nos Projetos Pedagógicos de Curso. Na prática, porém, sem as devidas contextualizações epidemiológica, cultural, social e política, e na ausência da instrumentalização didática e pedagógica, as intencionalidades distanciam-se da realidade. Para que as diretrizes curriculares potencializem inovações, deve-se refletir e pôr em andamento, nacional e localmente, de maneira integrada, estratégias de acumulação de poder, de viabilização de recursos diversos, de produção de parcerias e de concretização de projetos de ação dinâmicos, mobilizadores, aproximadores e inovadores. Conclusão: Conclui-se que as Diretrizes para a Graduação em Enfermagem são suficientemente abrangentes, entretanto, faz-se necessário converter suas potencialidades na formação profissional de enfermeiros. Contribuições/implicações para a Enfermagem: Essa reflexão poderá proporcionar aos atores (docentes, discentes e corpo administrativo) do sistema formador em enfermagem o alerta de que o alcance dos princípios contidos nesse instrumento norteador, o qual não foi e ainda não é efetivado por meio de fórmulas e concepções estanques, encontram-se no cotidiano acadêmico, na relação dialógica e na crença de que as mudanças são necessárias, em um processo dinâmico e permanente. Descritores: Educação em enfermagem; Ensino; Diretrizes para o planejamento em saúde. Resumo extraído da Tese de Doutorado "Construção e validação de instrumento para a avaliação de egressos de cursos de graduação em enfermagem", apresentada à Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. Apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), processo nº 91608/11. Eixo 2: A formação em Enfermagem: da política à prática profissional Área temática: Políticas e Práticas de Educação e Enfermagem REFERÊNCIAS Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES N. 3, de 07 de novembro de 2001. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. Diário Oficial da República Federativa da União. Brasília, 09 nov. 2001. Seção 1, p. 37. Brasília (DF): Ministério da Educação e Cultura; 2001. Brasil. Ministério da Educação e Cultura. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília (DF): Ministério da Educação e Cultura; 1996. Fernandes JD, Rebouças LC. Uma década de Diretrizes Curriculares Nacionais para a Graduação em Enfermagem: avanços e desafios. Rev Bras Enferm. 2013;66(n. esp.):95-101. Fernandes JD, Silva RMO, Teixeira GA, Florencio RMS, Silva LS, Rebouças LCC. Aderência de cursos de graduação em enfermagem às diretrizes curriculares nacionais na perspectiva do Sistema Único de Saúde. Esc Anna Nery. 2013;17(1):82-9. Ito EE, Peres AM, Takahashi RT, Leite MMJ. O ensino de enfermagem e as diretrizes curriculares nacionais: utopia x realidade. Rev Esc Enferm USP. 2006;40(4):570-5. |