Comunicação coordenada
140 | MODELO CONCEITUAL DA ARTICULAÇÃO ENSINO-SERVIÇO COM VISTAS À INTEGRALIDADE NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO | Autores: Débora Maria Vargas Makuch (Faculdades Pequeno Príncipe) ; Juliana Ollé Mendes da Silva (Faculdades Pequeno Príncipe) ; Ivete Palmira Sanson Zagonel (Faculdades Pequeno Príncipe) |
Resumo: A incorporação do paradigma da integralidade pelo estudante de enfermagem, demanda a transversalidade do processo saúde-adoecimento, do humanismo, da ética e da inclusão social. Este estudo objetiva propor um modelo conceitual da articulação ensino-serviço com vistas à integralidade na formação do enfermeiro. É um recorte de uma dissertação em andamento, a qual utiliza o referencial da integralidade como eixo das ações de ensino e serviço na formação do enfermeiro. O modelo conceitual gerado, para que ocorra a integralidade tem de um lado o ensino/formação por meio das IES e do outro, os cenários de prática/serviços de saúde, onde se efetivam as ações de atenção à saúde. É essencial a articulação de propostas curriculares inovadoras, aos princípios do SUS e políticas públicas de saúde, para dar sustentação à implementação de ações voltadas às necessidades da sociedade, e então, alcançar as competências dos profissionais de saúde com vistas à integralidade. Conforma-se o modelo em uma circularidade de ações que se justapõem, se entrecruzam fortalecendo o processo de ensino-aprendizagem. Este modelo rompe com as ações isoladas, sem articulação do ensino e serviço, as quais tendem a enfraquecer as propostas e os resultados que se esperam alcançar. Ações isoladas, muitas vezes, são implementadas com caráter de integralidade, porém atingem somente a superficialidade, sem entrelaçar ações que resultem em cuidado integral. O cuidado em saúde é o conjunto de vários cuidados menores e parciais, os quais vão se arrematando ao serem vivenciados pelo indivíduo, tecendo "uma complexa trama de atos, de procedimentos, de fluxos, de rotinas, de saberes, num processo dialético de complementação"¹; não é parcialidade e nem um recorte da vida humana, mas é a possibilidade da intervenção e da transformação de situações, atribuindo valor, significado, integralidade, humanização e qualidade de vida ao ser cuidado, esculpindo o cuidado integral.²,³ Entende-se que a formação de enfermeiros deve estar em consonância com os modelos assistenciais nos serviços, tendo como fundamento a integralidade. Descritores: Ensino; Enfermagem; Escolas de Enfermagem REFERÊNCIAS 1. Cecilio LCO, Merhy EE. A integralidade do cuidado como eixo da gestão hospitalar. UFF [Internet]. 2003 [acesso em 2016 Mai 25]. Disponível em: http://www.uff.br/saudecoletiva/professores/merhy/capitulos-07.pdf. 2. Queiroz BFB, Garanhani ML. Construindo significados do cuidado de enfermagem no processo de formação: uma pesquisa fenomenológica. Cienc Cuid Saúde. 2012; 11(4):775-83. 3. Kikuchi EM, Mendes MMR. O cuidado no processo de avaliação da aprendizagem: um enfoque fenomenológico. Cienc Cuid Saúde. 2012;11:23-30. |