Comunicação coordenada
398 | Estratégias para o ensino de competências para a promoção da saúde: perspectiva de professores e alunos | Autores: Kênia Lara Silva (UFMG) ; Fernanda Lopes de Araújo (UFMG) ; Roseni Rosângela de Sena (UFMG) ; Adriana Marcela Monroy Garzon (UFMG) ; Leonardo Pereira Fernandes (UFMG) |
Resumo: Introdução: No Brasil, há poucos estudos sobre o desenvolvimento de competências para a promoção da saúde (PS) na formação profissional. Internacionalmente, destaca-se a produção do documento CompHP1, que define como competências essenciais para os profissionais no campo da PS: advocacia em saúde, catalisação de mudanças, parceria, liderança, comunicação, levantamento de necessidades, planejamento, implementação, avaliação e pesquisa. Essas competências devem ser abordadas na educação profissional em saúde. Objetivos: identificar as competências para a promoção da saúde na formação do enfermeiro e as estratégias de ensino utilizadas para o seu desenvolvimento. Metodologia: pesquisa descritivo-exploratória de abordagem qualitativa. Foram realizados grupos focais (GF) com professores e alunos de cursos de graduação em enfermagem de instituições públicas e privadas do Brasil. O material foi submetido à análise do discurso. Resultados: Os professores reconhecem diferentes competências desenvolvidas no processo formativo que contribuem para a promoção da saúde, tais como conhecimento teórico, relação interpessoal, liderança, raciocínio clínico, tomada de decisão, autonomia, parceria, comunicação, negociação de conflitos, escuta, organização, mobilização de grupo, diagnóstico e planejamento. Afirmam que essas competências são desenvolvidas especialmente nos projetos de extensão, seminários e outras atividades integradoras e interdisciplinares, além dos estágios e vivencias envolvendo as comunidades. Os alunos ressaltam relação interpessoal, autonomia, parceria, catalisação de mudança e organização como atributos para uma ação em promoção da saúde. Entendem que essas competências são adquiridas por meio de projetos de iniciação científica, trabalho em grupo, seminário integrador, eventos desenvolvidos pela instituição e projetos de extensão. Conclusões/Implicações: As competências presentes no discurso de professores e alunos estão em conformidade com os consensos internacionais. Revelam-se especificidades na formação do enfermeiro no Brasil que podem contribuir para o campo. Assim, acredita-se que a definição de um modelo brasileiro de competências para a promoção da saúde seja importante. |