Comunicação coordenada
275 | CONTRIBUIÇÕES DA SIMULAÇÃO REALÍSTICA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DA SEGURANÇA DO PACIENTE | Autores: Fernando Riegel (Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)) ; Márcia Otero Sanches (Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (FADERGS)) ; Eva Néri Rubim Pedro (Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)) |
Resumo: CONTRIBUIÇÕES DA SIMULAÇÃO REALÍSTICA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DA SEGURANÇA DO PACIENTE Fernando Riegel1 Márcia Otero Sanches2 Eva Néri Rubim Pedro3 Eixo 1 - Processo de ensino-aprendizagem na formação em Enfermagem Área temática 5. Metodologias ativas no Ensino de Enfermagem Descritores: Segurança do paciente; Simulação; Cultura; Enfermagem; Ensino. Introdução: A simulação realística é a arte de reproduzir comportamentos reais de forma simulada. Técnica ou tecnologia de ensino que permite aos estudantes experienciarem a representação de um evento com a finalidade de possibilitar a aprendizagem, a prática, a avaliação, o desenvolvimento da postura profissional e o controle emocional.1 Trata-se de uma alternativa de ensino eficiente e eficaz que permite que os estudantes adquiram confiança em sua capacidade de cuidar dos pacientes, tomando decisões clínicas acuradas.2 Segurança do paciente é a tentativa de reduzir ao mínimo aceitável os riscos de danos desnecessários. Na maioria, danos não intencionais decorrentes da prática em saúde durante a assistência ao paciente.3 Objetivo: Analisar a percepção dos estudantes de Enfermagem sobre as contribuições da simulação realística para o desenvolvimento da cultura segurança do paciente. Descrição metodológica: Pesquisa qualitativa do tipo exploratória. Parecer CEP/UFRGS Nº47971215.8.0000.5347. A coleta das informações ocorreu por meio de entrevistas em grupo. Os dados foram processados com o software QSR NVivo versão 11 e analisados mediante análise temática de conteúdo.4 Resultados: Os estudantes percebem que simulação realística auxilia a visualizar o paciente como um todo e lhes oferece mais segurança para atuarem. Referiram que a simulação lhes permitiu aprender com os erros e aumentar a apreensão do conteúdo.5 Evidenciou-se assim, a necessidade de modificar a cultura da punição e do erro para a cultura da educação, promoção e prevenção. Conclusão: Concluiu-se que a simulação realística contribui para o desenvolvimento da cultura da segurança do paciente. As contribuições deste estudo dizem respeito a necessidade de mudanças no ensino de enfermagem, a inserção da temática da segurança de forma transversal nos currículos de enfermagem, a realização de pesquisas sobre aspectos qualitativos da cultura da segurança e a mudança paradigmática inegavelmente necessária para a mudança da cultura da prevenção para a segurança do paciente. Referências: 1 Araújo ALL, Quilici AP. O que é simulação e porque simular. In: Quilici AP, Abrão KC, Timermam S, Gutierrez F. Simulação Clínica: do conceito à aplicabilidade. São Paulo: Editora Atheneu; 2012. 2 Claro CM, Krokocz DVC, MC Toffoletto, Padilha KG. Eventos adversos em Unidade de Terapia Intensiva: percepção dos enfermeiros sobre a cultura não punitiva. Rev Esc Enferm USP. 2011; 45(1): 167-72. 3 World Health Organization (WHO). World Alliance for Patient Safety. Forward Programme 2008-2009. 4 Bardin L. Análise de conteúdo. Revista e ampliada. Edições 70; 2011. 5 Pazin Filho A, Scarpelini S. Simulação: definição. Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: Didática II - Simulação. 2007; 40 (2): 162-6. ___________________________ 1. Enfermeiro, Mestre em Educação (UNISINOS). Doutorando em Enfermagem (UFRGS) Professor Assistente da Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (FADERGS). Enfermeiro Assistencial do Serviço de Enfermagem Cirúrgica do Hospital de Clínicas de porto Alegre (HCPA). Email: fernando.riegel@fadergs.edu.br 2. Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora Assistente da disciplina de Práticas em Enfermagem I da Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (FADERGS). 3. Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora da Escola de Enfermagem da UFRGS. |