Comunicação coordenada
236 | CONTRIBUIÇÕES DA SIMULAÇÃO REALÍSTICA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DA SEGURANÇA DO PACIENTE | Autores: Fernando Riegel (Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (FADERGS)) ; Márcia Otero Sanches (Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (FADERGS)) ; Eva Néri Rubim Pedro (Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)) |
Resumo: CONTRIBUIÇÕES DA SIMULAÇÃO REALÍSTICA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DA SEGURANÇA DO PACIENTE Descritores: Segurança do paciente; Simulação; Cultura; Enfermagem; Ensino. Introdução: A simulação realística é a arte de reproduzir comportamentos reais de forma simulada. Técnica ou tecnologia de ensino que permite aos estudantes experienciarem a representação de um evento com a finalidade de possibilitar a aprendizagem, a prática, a avaliação, o desenvolvimento da postura profissional e o controle emocional.1 Trata-se de uma alternativa de ensino eficiente e eficaz que permite que os estudantes adquiram confiança em sua capacidade de cuidar dos pacientes, tomando decisões clínicas acuradas.2 Segurança do paciente é a tentativa de reduzir ao mínimo aceitável os riscos de danos desnecessários. Na maioria, danos não intencionais decorrentes da prática em saúde durante a assistência ao paciente.3 Objetivo: Analisar a percepção dos estudantes de Enfermagem sobre as contribuições da simulação realística para o desenvolvimento da cultura segurança do paciente. Descrição metodológica: Pesquisa qualitativa do tipo exploratória. A coleta das informações ocorreu por meio de entrevistas em grupo. Os dados foram processados com o software QSR NVivo versão 11 e analisados mediante análise temática de conteúdo.4 Resultados: Os estudantes percebem que simulação realística auxilia a visualizar o paciente como um todo e lhes oferece mais segurança para atuarem. Referiram que a simulação lhes permitiu aprender com os erros e aumentar a apreensão do conteúdo.5 Evidenciou-se assim, a necessidade de modificar a cultura da punição e do erro para a cultura da educação, promoção e prevenção. Conclusão: Concluiu-se que a simulação realística contribui para o desenvolvimento da cultura da segurança do paciente. As contribuições deste estudo dizem respeito a necessidade de mudanças no ensino de enfermagem, a inserção da temática da segurança de forma transversal nos currículos de enfermagem, a realização de pesquisas sobre aspectos qualitativos da cultura da segurança e a mudança paradigmática inegavelmente necessária para a mudança da cultura da prevenção para a segurança do paciente. Referências: 1 Araújo ALL, Quilici AP. O que é simulação e porque simular. In: Quilici AP, Abrão KC, Timermam S, Gutierrez F. Simulação Clínica: do conceito à aplicabilidade. São Paulo: Editora Atheneu; 2012. 2 Claro CM, Krokocz DVC, MC Toffoletto, Padilha KG. Eventos adversos em Unidade de Terapia Intensiva: percepção dos enfermeiros sobre a cultura não punitiva. Rev Esc Enferm USP. 2011; 45(1): 167-72. 3 World Health Organization (WHO). World Alliance for Patient Safety. Forward Programme 2008-2009. 4 Bardin L. Análise de conteúdo. Revista e ampliada. Edições 70; 2011. 5 Pazin Filho A, Scarpelini S. Simulação: definição. Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: Didática II - Simulação. 2007; 40 (2): 162-6. |