Roda de Conversa
235 | AVALIAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS EM METODOLOGIAS ATIVAS: REALIDADE, COMPLEXIDADE, POSSIBILIDADES E DESAFIOS | Autores: Izabel Cristina Ribeiro da Silva Saccomann (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) ; Dirce Setsuko Tacahashi (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) ; Janie Maria de Almeida (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) ; Leni Boghossiam Lanza (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) |
Resumo: O Curso de Enfermagem da PUC-SP, em 2007 reformulou o Projeto Pedagógico norteado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs). As Metodologias Ativas (Aprendizagem Baseada em Problemas e Problematização) apoiam o processo de ensino por competência. Este relato tem o objetivo de compartilhar a experiência de avaliação das competências. A formação por competências implica desenvolver no estudante a capacidade de mobilizar conhecimentos, habilidades e atitudes para lidar com as situações, os problemas e os dilemas da vida real. A avaliação das competências é um processo complexo, intencional e continuado, que vai acontecendo no dia-a-dia nos espaços de ensino e de aprendizagem, marcado por um conjunto de orientações das quais se destaca: a) valorização da aplicação dos atributos do aluno em situação prática; b) Desenvolvimento de um ambiente de confiança, onde errar é visto como natural e não penalizador; c) Favorecimento a observação formativa em situação e no cotidiano; d) Incentivo a superação de si mesmo, ao desejo de se aperfeiçoar, favorecendo a metacognição como fonte de autoregulação; e) O conceito suficiente ou insuficiente é um meio para acompanhar a evolução do aluno ao longo do curso, eliminando, assim, as suas funções classificatórias, eliminatórias e de controle. A avaliação das competências resulta de vários processos identificados como: avaliação formativa e avaliação somativa. A avaliação formativa valoriza o processo e possibilita detectar dificuldades que interferem na aprendizagem, permitindo um feedback contínuo e encaminhamentos necessários para que os objetivos educacionais sejam atingidos. O caráter formativo é representado pelas oportunidades de recuperação. A avaliação somativa tradicionalmente chamada de prova, agora assume um caráter distinto, as questões dissertativas ou testes envolverão exigência de processos mentais complexos e habilidades de intervenção. Possibilidades e desafios: revisão das competências essenciais, promoção de espaços para educação permanente dos docentes, revisão periódica dos instrumentos de avaliação dos diversos domínios, seleção dos cenários de prática mais adequado ao desenvolvimento das competências, possibilitando a revisão dos processos utilizados com vistas ao seu aperfeiçoamento. Palavras chave: Educação em Saúde; Aprendizado Baseado em Problemas; Ensino Superior Referências Marin MJS, Lima EFG, Paviotti AB, et al. Aspectos das fortalezas e fragilidades no uso das Metodologias Ativas de Aprendizagem. Rev Bras Ed Médica. 2010; 34 (1):13- 20. Cyrino EG, Toralles-Pereira ML. Trabalhando com estratégias de ensino-aprendizado por descoberta na área da saúde: a problematização e a aprendizagem baseada em problema. Cad. Saúde Pública, 2004; 20(3):780-788. Borges MC, Miranda CH, Santana RC et al. Avaliação formativa e feedback como ferramenta de aprendizado na formação de profissionais da saúde. Medicina. 2014;47(3):324-31. |