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Anais :: 15º Senaden • ISSN: 2318-6518
Resumo: 592

Roda de Conversa


592

ARTETERAPIA COMO DISPOSITIVO TERAPÊUTICO: EXPERIÊNCIAS COM CRIANÇAS QUE CONVIVEM COM CÂNCER

Autores:
Janaina Farias Rebouças (Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte) ; Cícera Janielly de Matos Cassiano Pinheiro (Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte) ; Djailson Ricardo Malheiros (Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte) ; Antonia Rosevania de Moura Santos (Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte) ; Miriam Garcia Leoni (Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte)

Resumo:
INTRODUÇÃO: O ambiente hospitalar gera ansiedade, pela possibilidade de surpresa, do desconhecido, da dor, da perda da autonomia e da percepção da própria fragilidade ao enfrentamento da hospitalização e da doença. Tratando-se de criança, qualquer alteração nas necessidades de saúde torna as circunstâncias ainda mais delicadas e exige um posicionamento do profissional sobre a sua atuação no processo de saúde e doença. A enfermagem neste contexto do câncer trabalha como um agente facilitador no processo de cuidado que abrange tanto a criança como sua família, pois assume responsabilidades que vão além do cuidado técnico, envolvendo o preparo dos pais para lidar com esses momentos críticos e propor alternativas que façam com que as crianças tenham um ambiente terapêutico receptivo e alegre. A arterapia é considerada uma importante estratégia de comunicação e entretenimento para o cuidado da criança em diversos aspectos, tais como: alívio da dor, aceitação da hospitalização, formação de vínculo, redução da ansiedade, diminuição de trauma e tempo de internação, favorecimento da interdisciplinaridade, do desenvolvimento e da socialização. OBJETIVO: Relatar a importância da arteterapia no auxílio ao tratamento de crianças que convivem com câncer e da família. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência baseado em atividades desenvolvidas por um projeto de extensão vinculado ao curso de graduação em Enfermagem da ESTACIO/ Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte, que realiza intervenções em grupo junto a crianças e adolescentes em tratamento oncológico, acolhidas em Instituto de Apoio a Criança com Câncer (IACC), instituição que acolhe crianças em tratamento para o câncer, localizada em Barbalha, interior do Ceará, Nordeste do Brasil. As estratégias de intervenção foram baseadas na arte e no lúdico com finalidades terapêuticas, e aplicadas em recintos adequados dentro da instituição de saúde supracitada. RESULTADOS: Foram definidas atividades expressivas que possibilitassem a interação grupal a partir de artes plásticas, desenhos, pinturas, dramatização, músicas e brincadeiras, utilizando materiais artísticos. Todo o processo arteterápico foi sustentado por manejos relacionados à conduta interativa dos acadêmicos usando processos lúdicos e atenção direta com as crianças, deixando-as à vontade no grupo, mesmo havendo certa resistência inicial por parte delas. O acompanhamento às crianças e avaliações de desempenho foi realizado individualmente, através de expressões e anseios demostrados pela criança, e para isso foi envolvido a família durante a realização das atividades, no qual facilita à intervenção da equipe de acadêmicos de enfermagem, que vai muito além do tratamento tecnicista, sendo uma busca continua do bem-estar dessa criança. CONCLUSÃO: Sendo a arteterapia uma ferramenta de grande valia ao tratamento dos pacientes, constituindo-se em atividades lúdicas em grupo, sendo assim um grande impulsionador dos processos sociais de relacionamento - e comunicação - das crianças envolvidas nas atividades. A equipe de enfermagem tem um papel essencial em todos os procedimentos que visam à recuperação da criança, como possibilitar um ambiente acolhedor à criança, garantindo seus direitos de brincar, se expressar e de interagir com as outras pessoas, minimizando o sofrimento, a ansiedade e o medo. A inclusão da família é primordial para o andamento e aceitação da criança ao tratamento, bem como um vínculo de amizade e confiança entre o profissional de enfermagem, a criança e a família. CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: As reflexões a partir de um novo programa acadêmico possibilitará uma maior aceitação sobre propostas de como abordar a morte e o morrer no meio universitário. Descritores: Oncologia pediátrica; Arteterapia; Família.