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Anais :: 15º Senaden • ISSN: 2318-6518
Resumo: 536

Roda de Conversa


536

ESTRATÉGIAS EDUCACIONAIS COMO INCENTIVO (FACILITADOR) AO USO ADEQUADO DOS MÉTODOS DE PRECAUÇÃO DE CONTATO.

Autores:
Sandra Conceicao Ribeiro Chicharo Chicharo (UFF / HFCF) ; Geilsa Soraia Cavalcanti Valente (UFF) ; Caroline da Silva França (UFF / ANHANGUERA) ; Eliane da Conceição Gomes (UFF)

Resumo:
INTRODUÇÃO: As Infecções Relacionadas a Assistência a Saúde (IRAS) são consideradas mundialmente como um problema de saúde pública e afim de minimizar o risco de infecção as instituições regionais e nacionais devem priorizar ações preventivas.1 É considerada infecção hospitalar aquela adiquirida após a admissão ou até mesmo após a alta quando relacionada a internação, caso o período de incubação seja desconhecido é considerada após as primeiras 72 horas.2 Uma Comissão de Controle de infecção deve ser nomeada pela direção da instituição, contituida minimamente por um médico e um enfermeiro com o intuito de executar programas de prevenção como o Programa de Controle de Infecção Hospitalares e até mesmo implantar métodos de vigilância epidemiológica que se adapte as características da instituição afim de fazer um levantamento através de uma busca ativa, onde qualquer alteração epidemiológica deve ser investigada.2 Em 2014 dados enviados pelas comissões de controle à Agência Nacional de Vigilância Sanitária demostraram que 68% dos casos registrados foram confirmados Infecções Primárias de Corrente Sanguínea3, que nos remete a importância acerca da implantação de medidas de precaução. Dentre as medidas de precaução temos as precauções de contato que são utilizadas para prevenir ou eliminar a disseminação de micro-organismos que podem ser transmitidos por contato direto ou indireto com o paciente ou o ambiente de internação4, esse tipo de precaução deve ser incentivado dentre os profissionais, familiares e visitantes, visto que sua disseminação é invisível, dificultando sua adesão. A eliminação das IRAS estão sustentadas em quatro pilares, um deles concerne em "promover a adesão a práticas baseadas em evidência, educando, implementando e realizando investimentos"1. Essa afirmativa sustenta o fato que as estratégias educacionais são relevantes no incentivo aos métodos de precaução relacionados as IRAS. OBJETIVOS: Incentivar os profissionais de saúde a utilizarem de forma adequada os métodos de precaução de contato a fim de minimizar os riscos de aquisição de microorganismos multirresistentes, reduzindo sua incidência e consequentemente o índice de infecções relacionadas a assistência de saúde. Descrever a importância das estratégias educacionais em saúde quanto ao uso adequado dos métodos de precaução de contato pelos profissionais de saúde. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa realizada no período entre novembro de 2015 e julho de 2016, na Biblioteca Virtual de Saúde na base de dados LILACS, CAPES e MEDLINE utilizando os descritores Infecção Hospitalar; Enfermagem; Educação em saúde; Precauções universais; Modelos educacionais. Como métodos de inclusão foram utilizados os textos completos, em português e métodos de exclusão textos repetidos. Dos artigos encontrados, foi realizada uma seleção de cinco textos com aderência a temática proposta. RESULTADOS: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou as medidas de precaução que devem ser instituidas aos casos confirmados ou supeitos de infecção por um microorganismo, dentre elas estão as medidas de precaução de contato que incluem higiene das mãos, uso de óculos, luvas, máscara e avental, os pérfuros cortantes devem ser descartados na caixa apropriada e devidamente identificada, além da necessidade de quarto privativo. Os fômites, esfignomanômetro, estetoscópio e termômetro, devem ser de uso exclusivo.5 Para minimizar os indices de infecção os profissionais precisam implantar medidas educativas com a intenção de capacitar, atualizar e consciêntizar profissionais quanto a adesão das medidas de precaução. Os enfermeiros, tem o costume de utilizar as ações educativas nas consultas às mulheres, que por sua vez é considerada a quarta atividade mais utilizada na unidade básica de saúde e são essenciais na redução da taxa de mortalidade infantil na atenção pré-natal.6 A prática da enfermagem e a educação em saúde são indissociáveis. O enfermeiro utiliza dessa ferramenta em seu cotidiano, a fim de promover saúde. Mas apesar disto ainda ser pouco utilizado no serviço hospitalar, e quando utilizado é de maneira vertical. A educação é um aprofundamento que leva a uma reflexão crítica, que na relação com usuário pode proporcionar um apoderamento do conhecimento, facilitando sua relação com o profissional e o permite agir em favorecimento da saúde.7 A educação em saúde proporciona a população uma oportunidade de desenvolver uma consciência de corresponsabilidade entre os envolvidos no processo de saúde-doença.8 Para isso precisa utilizar ferramentas didáticas para atingir indivíduos inseridos no mundo ampliando seus saberes e compreensão. Deve também deixar de ser um instrumento de transmissão do saber, onde o professor é o detentor de todo o conhecimento. O enfermeiro nesse contexto deve conscientizar os indivíduos indicando as responsabilidades e os direitos à saúde. Para que a promoção em saúde seja implementada e assim formar pessoas responsáveis pela própria saúde e pelo ambiente, é necessária uma relação de igualdade entre o educando e o educador.9 CONCLUSÃO: O profissional está envolvido no cuidado direto com o cliente, mas os visitantes também terão contato com esse cliente colonizado/infectado, fato que confirma a necessidade de treinamento e conscientização para que assim consigamos reduzir nossas taxas de infecção. O enfermeiro controlador de infecção precisa conhecer e implantar variadas estratégias educacionais que facilitem atingir o público alvo de modo a conscientizá-los. IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: O profissional de enfermagem é beneficiado, pois será um profissional reconhecido, além da segurança em suas atividades profissionais evitando uma possível contaminação ocupacional ou até mesmo levando esses microorganismos para a comunidade, evitando que atinjam a população em geral. REFERÊNCIAS (1) AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA. Programa nacional de prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (2013 - 2015). Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde - GGTES Brasília, Setembro de 2013. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/814e7d80423556f89181b96d490f120b/PNCIRAS+12122013.pdf?MOD=AJPERES. (2) MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998. Disponível em: portal.anvisa.gov.br/.../PORTARIA+N°+2.616,+DE+12+DE+MAIO+DE+1998.pdf?... (3) AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA. Avaliação dos indicadores nacionais de infecção relacionada à assistência ano de 2014 e relatório de progresso. Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde (GVIMS) Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES). Brasília, 23 de dezembro de 2015. Disponível em: file:///C:/Users/Caroline%20Fran%C3%A7a/Downloads/Boletim_Segurana_do_Paciente_e_Qualidade_em_Servios_de_Sade_n_11.pdf. (4) SIEGEL JD, RHINEHART E, JACKSON M, CHIARELLO L, Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee, 2007 Guideline for Isolation Precautions: Preventing Transmission of Infectious Agents in Healthcare Settings. Disponível em: http://www.cdc.gov/ncidod/dhqp/pdf/isolation2007.pdf. (5) AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA MS. Precaução de Contato. Disponível em: . file:///C:/Users/Caroline%20Fran%C3%A7a/Downloads/hm_precaucoes_a4.pdf. (6) VIANNA M S, BRAGA A M, MENEZES L C A, ARMOND G A, CANGUSSU D, JESUS L A, CLEMENTE W T, RESENDE E M, ROMANELLI R M C. Ações educativas para prevenção de infecções hospitalares em uma unidade neonatal. RemE - Rev. Min. Enferm.;16(1): 69-74, jan./mar., Disponível em: http://www.enf.ufmg.br/site_novo/modules/mastop_publish/files/files_4fccf66a17245.pdf. (7) RIGON A G, NEVES E T. As matrizes das concepções de educação em saúde de Enfermeiros no contexto hospitalar. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, dez; 20(esp.1):631-6. 2012. Disponível em: http://www.facenf.uerj.br/v20nesp1/v20e1a14.pdf. (8) FIGUEIRA M C S, LEITE T M C, SILVA E M. Educação em saúde no trabalho de enfermeiras em Santarém do Pará, Brasil. Rev Bras Enferm, Brasilia mai-jun; 65(3): 414-9. 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v65n3/v65n3a04.pdf. (9) SOUSA LB, TORRES CA, PINHEIRO PNC, PINHEIRO AKB. Práticas de educação em saúde no brasil: a atuação da enfermagem. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010 jan/mar; 18(1):55-60. Disponível em: http://www.facenf.uerj.br/v18n1/v18n1a10.pdf.