Comunicação coordenada
364 | ASSISTÊNCIA AO PARTO E NASCIMENTO: COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS DESEMPENHADAS POR ENFERMEIRAS(OS) OBSTÉTRICAS(OS) | Autores: Kleyde Ventura de Souza (Escola de Enfermagem/ Universidade Federal de Minas Gerais) ; Alessandra Panicali de Oliveira Souza (Escola de Enfermagem/ Universidade Federal de Minas Gerais) ; Jéssica Bethônico da Fonseca (Escola de Enfermagem/ Universidade Federal de Minas Gerais) ; Débora Cecilia Chaves de Oliveira (Escola de Enfermagem/ Universidade Federal de Minas Gerais) ; Carla Lima Ribeiro (Escola de Enfermagem/ Universidade Federal de Minas Gerais) |
Resumo: INTRODUÇÃO: No Brasil, verifica-se, na atualidade, o que se pode intitular de um movimento de transição do modelo de assistência ao parto e nascimento. O modelo assistencial ainda predominante considera o parto um evento médico e de risco, cujo cenário é o ambiente hospitalar, marcado pela perda da autonomia da mulher(1) O modelo atual não foi capaz de reduzir desfechos maternos e perinatais desfavoráveis. Políticas públicas e ações para mudança têm sido propostas e implementadas. Uma delas refere-se à formação e capacitação do enfermeiras(os)o obstétricas(os) para atuação na assistência ao parto. Para tanto, o Ministério da Saúde tem financiado Cursos de Aprimoramento para essas profissionais(5). OBJETIVO: analisar o desenvolvimento das competências essenciais para o domínio da atenção ao parto e nascimento, baseados na proposta definida pela International Confederation of Midwives (ICM), antes e durante o curso de aprimoramento para enfermeiros obstétricos. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de coorte, realizado com 65 enfermeiros obstétricos de todo o país, que trabalhavam em serviços vinculados à Rede Cegonha. Os dados foram coletados antes e durante o curso de aprimoramento referente às habilidades e práticas desenvolvidas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (CAAE 29846714.9.0000.5132). RESULTADOS: As competências que obtiveram diferenças significativas foram realização do exame físico e obstétrico, padrões anormais na evolução do trabalho de parto, redução na realização de episiotomia e episiorrafia, manobras manuais para apresentação cefálico fletido e estimativa de perda de sangue materno. CONCLUSÃO: O curso proporcionou melhora na maioria das práticas essenciais de domínio ao parto e nascimento. CONCLUSÕES, PERSPECTIVAS E IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: O curso oferece assim, oportunidade para a qualificação da atuação de enfermeiras(os) obstétricas(os), para mudanças no modelo assistencial das instituições em que atuam, e, também, para o fortalecimento da enfermagem obstétrica brasileira. Referencias: 1- Sousa AM, Souza KV, Rezende EM, Martins EF, Campos D, Lansky S. Práticas na assistência ao parto em maternidades com inserção de enfermeiras obstétricas, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Esc. Anna Nery [Internet]. 2016 June [cited 2016 July 15] ; 20( 2 ): 324-331. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452016000200324&lng=en. http://dx.doi.org/10.5935/1414-8145.20160044. 2- Souza KV, Madeira, LM, Duarte ED. Curso de aprimoramento para enfermeiras (os) obstétricas (os), com enfoque no componente parto e nascimento, da Rede Cegonha- Ministério da Saúde. Esc de Enferm UFMG. 2013. 15 f. |