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Anais :: 15º Senaden • ISSN: 2318-6518
Resumo: 192

Roda de Conversa


192

SAMUZINHO NAS ESCOLAS: CONSTRUÇÃO COLETIVA DE ATIVIDADES LÚDICAS SOBRE O SAMU

Autores:
Cinthia Caroline Emerich (Graduanda de Enfermagem da Faculdade Pitágoras de Londrina.) ; Amanda Kawana Saragon (Graduanda de Enfermagem da Faculdade Pitágoras de Londrina.) ; Cleiton Jose Santana (Enfermeiro do SAMU Regional Londrina. Docente da Faculdade Pitágoras de Londrina. Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UEM.) ; Kamila Costa Gonçalves (Graduanda de Enfermagem da Faculdade Pitágoras de Londrina.) ; Renata Morais Alves (Graduanda de Enfermagem da Faculdade Pitágoras de Londrina.)

Resumo:
O projeto SAMUZINHO é uma inciativa do Núcleo de Educação em Urgência - NEU, vinculado ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU Regional Londrina, inserido na Diretoria de Urgência e Emergência em Saúde - DUES da Secretaria Municipal de Saúde de Londrina-PR, em decorrência dos elevados números de ligações indevidas (trotes). A importância de saber o momento certo para ligar para o SAMU é imprescindível para se ter a combinação ideal entre população consciente e serviço funcionando adequadamente e para que este escopo seja atingido é fundamental que a conscientização comece desde cedo na vida dos cidadãos. O projeto foi criado em abril de 2015, após sua criação foram realizadas parcerias com as Instituições de Ensino Superior de Londrina, e em maio do mesmo ano foram selecionados como integrantes os graduandos e residentes de cursos de enfermagem. A primeira reunião com alunos aconteceu em 24 de Abril com 29 deles. Tem como objetivo conscientizar as crianças em idade escolar (cinco a doze anos), quanto à importância e finalidade do SAMU, informando sobre o uso adequado do serviço 192 e em quais situações devem aciona-lo, fazendo com que a criança compreenda a importância da prevenção e atuação correta em situações de risco, além de propiciar reflexão sobre a importância da vida e os movimentos de solidariedade. O grupo de educandos que integrou o projeto recebeu orientações dos coordenadores sobre seu objetivo e a necessidade de organizar estratégias de ensino aprendizagem lúdicas para abordar as crianças em sala de aula. O grande grupo foi dividido em cinco grupos para realizarem a "tempestade de ideias" de estratégias a serem utilizadas em sala de aula. Posteriormente esses grupos reuniram-se novamente para que cada um apresentasse suas sugestões, que foram diversas e o grupo definiu três. Após, os alunos aprimoraram e concretizaram as estratégias escolhidas. Para que as ações de instrução pudessem ser aplicadas, foram necessárias reuniões periódicas às sextas-feiras para a elaboração do material a ser utilizado nas atividades com os alunos, que consistiam em uma música, uma história em quadrinhos e um quiz. A composição da música foi realizada utilizando como base uma canção popular de autoria de Zeca Pagodinho com o título de "Caviar", o ritmo foi mantido e a letra adaptada para o projeto. A versão final da música conseguiu englobar vários aspectos sobre o SAMU e ficando uma letra fácil de acompanhar e um refrão que com as principais informações como o número para o qual deve-se ligar e o momento em que isso deve ser feito A história foi elaborada com o intuito de mostrar uma situação cotidiana em que os alunos pudessem se envolver facilmente, tanto pelos acontecimentos como fazendo sugestões acerca dos personagens. Foram necessários materiais como papel paraná; papel A4 branco, onde foram desenhados os acontecimentos da história propriamente ditos e pintados com tintas, lápis de cor e giz de cera; também foi utilizado papel de cor amarela para destacar as falas; a capa foi elaborada com EVA nas cores do SAMU e a figura de uma ambulância, os detalhes foram fixados com cola quente e todo o restante da história foi encapado com papel contact transparente possibilitando proteção ao material; tudo foi reunido e organizado em aros de metal, em referência a um grande livro em espiral. A história contou que uma avó e sua netinha assistiam desenhos na televisão, passando por uma propaganda do SAMU, a avó sofre uma queda, a aflição da criança, a ideia de ligar para o 192 e sua frustração ao não conseguir por haver uma pessoa má fazendo ligações indevidas, a insistência na ligação e o sucesso, as informações necessárias que devem ser passadas à atendente, os profissionais que trabalham no Serviço e as consequências que o atraso causado pela ligação indevida podem causar à pessoa que necessita de ajuda. O quiz foi concebido de forma que abrangesse questões importantes referentes ao projeto, cujas respostas foram apresentadas aos alunos pela letra da música e no enredo da história. Foi utilizado papel branco de gramatura elevada, em formato retangular, onde as questões foram escritas com pincéis marcadores permanentes nas cores preto e vermelho. Composto por 9 questões, o quiz foi ordenado de forma a evitar repetições em série de opções corretas (que se dividiam nas letras A, B e C) e todas as questões foram unidas por argolas metálicas, evitando que saíssem da ordem pré-determinada. O quiz reuniu perguntas e respostas que foram desde o tipo de atendimento realizado, passando pelo número a ser ligado, horário de funcionamento, profissionais atuantes, locais atendidos e população, até o destino das pessoas socorridas. Foram elaborados um total de dez conjuntos, reunindo história e quiz, para serem aplicados em sala de aula. Chegou-se à conclusão de que este tipo de abordagem voltada ao aspecto lúdico pode ser uma boa maneira de despertar o interesse nas crianças e adolescentes, por meio de inserção de temas familiares e incentivo à interação com o desenvolvimento das atividades. São inúmeras as notícias divulgadas no Brasil relatando grandes atividades de ligações indevidas ao SAMU, fato que necessita de atenção redobrada, visto que este tipo de atitude afeta diretamente o serviço e a sociedade em geral, seja pela demora na assistência, acréscimo em custos que poderiam ser evitados e aumento no nível de ocupação das equipes de atendimento. Como fazer então para que a comunidade entenda os males deste tipo de prática? A solução encontrada pelos acadêmicos do curso de Enfermagem para buscar atenuar esse tipo de atitude foi por meio da educação, considerada a melhor arma contra o desconhecimento, afinal a Enfermagem faz parte da equipe do serviço de atendimento e cabe a ela - no papel de educadora na área da Saúde - programar e preparar recursos para que possa auxiliar a esclarecer como deve-se utilizar o serviço e os prejuízos que atitudes incorretas causam a todos. Além do retorno positivo da aplicação da atividade para o serviço e a sociedade em geral, também existe uma recompensa para os acadêmicos que têm a oportunidade de desenvolver mais suas habilidades em ensino. Referências: PAIVA RB. Percepção do ambiente externo e dos perigos do serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU) a partir do enfoque dos sistemas sociotécnicos [Dissertação na Internet]. Porto Alegre, Dissertação [Mestrado em Engenharia de Produção] - Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2010 [acesso em 17 jun 2016]. Disponível em: http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/publicacoes/361_dissertacaorogerio.pdf Portal Educação [homepage na Internet]. SILVA IV. Educação em Saúde: o papel do enfermeiro como educador em saúde [acesso em 20 jun 2016]. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/21586/educacao-em-saude-o-papel-do-enfermeiro-como-educador-em-saude Descritores: SAMU, Educação em Saúde, Samuzinho