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Anais :: 15º Senaden • ISSN: 2318-6518
Resumo: 428

Comunicação coordenada


428

PERCEPÇÕES DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DE UM MUNICÍPIO PARANAENSE SOBRE O PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA

Autores:
Alessandra Crystian Engles dos Reis (Coren- PR e Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste) ; Ana Paula Appel (Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste) ; Rosa Maria Rodrigues (Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste) ; Solange de Fátima Reis Conterno (Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste) ; Tamara Tasca Faller (Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste)

Resumo:
PERCEPÇÕES DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DE UM MUNICÍPIO PARANAENSE SOBRE O PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA Alessandra Crystian Engles dos Reis Ana Paula Appel Rosa Maria Rodrigues Solange de Fátima Reis Conterno Tamara Tasca Faller Introdução: O Programa de Saúde na Escola (PSE) instituído em 2007, pelos Ministérios da Saúde e da Educação através do Decreto Presidencial no 6.286 de 5 de dezembro, pauta-se nos princípios norteadores do Sistema Único de Saúde (SUS), com destaque para a integralidade ao enfatizar que as ações do programa contemplem a atenção, promoção, prevenção e assistência à saúde de sujeitos em idade escolar. Além de ter como pressuposto organizador a intersetorialidade1. O PSE é composto por três componentes sendo que, o primeiro visa avaliar a saúde dos escolares referente a solução dos problemas de crescimento e desenvolvimento; o segundo componente prevê a promoção da saúde e prevenção de agravos e o terceiro e último componente refere-se a formação dos gestores e das equipes de educação e de saúde que participam do PSE2. Objetivo: Identificar a avaliação de profissionais da educação sobre ações desenvolvidas no PSE. Descrição metodológica: Estudo exploratório, tendo como sujeitos três profissionais da educação, responsáveis pela execução das ações pactuadas no município estudado, o qual implantou o PSE até o ano de 2012. Realizou-se entrevista presencial com formulário, contendo questões fechadas submetidas à estatística descritiva e abertas, que foram sistematizadas em temáticas3. O estudo foi aprovado pelo Parecer CEP no 1.134.653. Resultados: Quanto às ações desenvolvidas no Componente I dois (66,7%) sujeitos responderam que para os problemas identificados na escola são agendadas consultas na UBS/ESF e um (33,3%) sujeito respondeu que encaminha os casos para especialistas. Os sujeitos (100%) relataram que os casos identificados com alterações no crescimento e desenvolvimento são acompanhados de acordo com a rotina da UBS/ESF. Em relação a participação da escola no acompanhamento dos casos de alterações no crescimento e desenvolvimento, um sujeito (33,3%) respondeu que a escola participa ativamente, um (33,3%) sujeito respondeu que a escola participa parcialmente e um sujeito (33,3%) respondeu que a escola não participa do acompanhamento dos casos. Para dois (66,7%) sujeitos, os pais e cuidadores são envolvidos nas avaliações do componente I e um sujeito (33,3%) afirmou que os pais não são envolvidos. Os sujeitos informaram que utilizam diferentes formas para incentivar os pais a levarem os escolares para consultas periódicas na UBS/EFS, um (33,3%) sujeito respondeu que envia lembretes; um (33,3%) usa comunicados nas reuniões de pais e professores e um (33,3%) utiliza conversas pessoalmente. Todos os sujeitos (100%) afirmaram que as ações desenvolvidas pela UBS/ESF com a escola são discutidas, agendadas e pactuadas em conjunto. Para todos os sujeitos (100%) o Projeto Político Pedagógico PPP das instituições educacionais do município contempla ações do programa saúde na escola. A promoção de saúde está entre as atividades planejadas pela escola para o desenvolvimento das ações do PSE, segundo os três (100%) dos sujeitos. Em relação a definição das ações de promoção da saúde que são realizadas na escola, um (33,3%) sujeito respondeu que a equipe da UBS/ESF propõe as ações para a escola; um (33,3%) sujeito respondeu que a escola define ou sugere o que vai ser trabalhado e um (33,3%) sujeito respondeu que a escola e UBS/ESF, pactuam conjuntamente as ações a serem desenvolvidas. Para os três sujeitos (100%) as palestras associadas a dinâmicas são as atividades mais utilizadas para desenvolver o Componente II. Quanto as ações relacionas ao Componente III, formação dos gestores e das equipes de educação e de saúde que atuam no programa, um (33,3%) profissional participou de ações de formação para atuar no PSE, contudo avaliou como insuficiente. Já os outros dois (66,7%), não participaram de formação e por isso não avaliaram as ações. Todos os sujeitos (100%) consideram que o PSE está implantado no município estudado. Os sujeitos (100%) avaliaram positivamente as ações desenvolvidas no componente I, pois promoveram o diagnóstico e encaminhamento das crianças que apresentaram alguma alteração, além de demonstrarem uma boa organização e desenvolvimento do trabalho na escola. Consideraram que as ações de promoção da saúde que têm sido realizadas na escola podem despertar mudanças na rotina da escola e a introdução de práticas saudáveis na escola; que as práticas e ações podem contribuir para a reflexão da saúde na escola, além de promover o envolvimento da família. Os sujeitos informaram que não tiveram dificuldade quanto a implantação do PSE, contudo ainda há necessidade de maior envolvimento dos pais com o programa. Ao indicarem as positividades na proposta de implantação do PSE, referente aos componentes destacaram que o programa veio a fortalecer estratégias para o envolvimento dos pais no cuidados das crianças e adolescentes, além de possibilitar a identificação dos problemas de saúde dos escolares. Conclusão: Na realidade estudada é possível indicar que o PSE encontra-se implantado, principalmente os componentes I e II, contudo apresenta certa fragilidade quanto a implantação em relação ao componente III, pois somente um sujeito recebeu alguma formação para atuar no PSE e considerou a formação insuficiente. As ações de prevenção e de promoção de saúde foram realizadas na escola, e provocaram mudanças na rotina da instituição quanto à vivência de práticas saudáveis. Contribuições para a Enfermagem: Construir dados para colaborar na avaliação do PSE em outras realidades e explicitar as potencialidades e fragilidades das ações propostas pelo programa. Referências 1. Brasil. Decreto Presidencial nº. 6.286, de 5 de dezembro de 2007: Institui o Programa Saúde na Escola - PSE, e dá outras providências. Brasília; 2007. 2. Brasil. Ministério da Saúde. Ministério da Educação. Caderno do Gestor do PSE. Brasília; 2015. 3. Minayo MCS. O desafio do conhecimento. Pesquisa qualitativa em saúde. 13a ed. São Paulo: Hucitec, Rio de Janeiro; 2013. Descritores: Enfermagem, Saúde Escolar, Promoção da Saúde. Eixo 2 - A formação em Enfermagem: da política à prática profissional Área temática: Políticas e Práticas de Educação e Enfermagem