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511 | PERSPECTIVAS DO CUIDADO EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA | Autores: Carla Tacilia Bezerra (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Karla Pires Moura Barbosa (karlapires.mb@gmail.com) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Thassia Thame de Moura Silva (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) |
Resumo: INTRODUÇÃO: NO ÂMBITO DA REFORMA PSIQUIÁTRICA PODEM-SE DESTACAR PROGRESSOS QUANTO À ASSISTÊNCIA PRESTADA AO PACIENTE COM TRANSTORNO MENTAL, EM QUE É PROPOSTA UMA INTERVENÇÃO HUMANIZADA, PROMOVENDO A (RE) INSERÇÃO SOCIAL E PROMOÇÃO DA CIDADANIA, CONTANDO COM AUXÍLIO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE, FAMÍLIA E COMUNIDADE (BARBOSA ET AL., 2012). A ASSISTÊNCIA INTEGRAL EM SAÚDE MENTAL TORNA- SE FORTALECIDA COM A INSTITUIÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL PARA O CUIDADO DE PESSOAS COM SOFRIMENTO OU TRANSTORNO MENTAL E COM NECESSIDADES DECORRENTES DO USO DE CRACK, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS, NO ÂMBITO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS), TENDO COMO FINALIDADE ELABORAR, AMPLIAR E ESTRUTURAR PONTOS DE ATENÇÃO À SAÚDE PARA ATENDIMENTO DE PESSOAS COM SOFRIMENTO OU TRANSTORNO MENTAL E NECESSIDADES DECORRENTES DO USO DE CRACK, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS. E NESSE ASPECTO, O CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS) TEM COMO OBJETIVO PRESTAR ATENDIMENTO A ESSAS PESSOAS EM SEU TERRITÓRIO DE ABRANGÊNCIA. SENDO ASSIM, ESTÁ DIVIDIDO EM CAPS (I, II E III), CAPS AD E AD III, CAPS I (PORTARIA Nº 3.088/2011). O ENFERMEIRO DEVE PROMOVER O CUIDADO DIRECIONADO PARA CUIDADO PSICOSSOCIAL, PROMOVENDO QUALIDADE DE VIDA ATRAVÉS DE NOVAS TÉCNICAS DE TRABALHO. ADEQUANDO A SUA ASSISTÊNCIA SEGUNDO ESCOLHAS DO PACIENTE E PODE CONTAR COM O AUXILIO DE DIVERSAS MODALIDADES TERAPÊUTICAS PARA A PRÁTICA ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM NA SAÚDE MENTAL (BARBOSA ET AL., 2012). NESSE PONTO DO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES, ENTRA A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM (SAE) QUE VISA O MONITORAMENTO CONTÍNUO DAS ATIVIDADES QUE FORAM E ESTÃO SENDO IMPLEMENTADAS, FACILITANDO O ACOMPANHAMENTO TANTO DA EVOLUÇÃO DO PACIENTE QUANTO DO TRABALHO DA ENFERMAGEM. ALÉM DA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE, DEVE-SE TAMBÉM ASSISTIR A FAMÍLIA E COMUNIDADE. OBJETIVO: RELATAR A EXPERIÊNCIA DE GRADUANDOS EM ENFERMAGEM SOBRE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTIL. METODOLOGIA: TRATA-SE DE UM ESTUDO DESCRITIVO DO TIPO RELATO DE EXPERIÊNCIA, QUE CONSISTE EM UM TRABALHO EM QUE O DISCENTE DEVE COMPARTILHAR A EXPERIÊNCIA VIVENCIADA (SANTANA ET AL., 2014), REALIZADO NO CAPSI CAMARA MIRIM, LOCALIZADO EM CAMARAGIBE – PE, DURANTE ESTÁGIO CURRICULAR DE SAÚDE MENTAL, COMPONENTE DA GRADE CURRICULAR DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE), NO PERÍODO DE 05 A 12 DE NOVEMBRO DE 2015. QUE TINHA COMO PROPOSTA A OBSERVAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO CAPSI, DO TRABALHO DA EQUIPE, A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E A IMPLEMENTAÇÃO DA SAE NO PROCESSO DO CUIDADO PARA COM OS PACIENTES QUE FAZIAM PARTE DO GRUPO TERAPÊUTICO DA ENFERMEIRA. PARA A DISCUSSÃO DA SAE FOI UTILIZADO UM ROTEIRO SEMIESTRUTURADO QUE TRAZIA AS ETAPAS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM (ANAMNESE, DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM, PLANEJAMENTO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO). RESULTADOS: DURANTE O PERÍODO DE ESTÁGIO, FOI OBSERVADO O TRABALHO ASSISTENCIAL PRESTADO PELO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTIL (CAPSI), QUE OPERAVA DE FORMA CONJUNTA COM A ESCOLA DAS CRIANÇAS E MANTINHA UM TRABALHO COM A SOCIEDADE, QUE CONSISTIA EM UM LUGAR PARA A MANUTENÇÃO DE ARTESANATOS, QUE ERA ABERTO AOS FAMILIARES DA CRIANÇA PARA A CRIAÇÃO DE RENDA. OS TRABALHOS ERAM CONFECCIONADOS E VENDIDOS. OU SEJA, O CAPSI TRABALHAVA NO CONTEXTO DA ASSISTÊNCIA DE FORMA INTEGRAL, HUMANIZADA E COM A REINSERÇÃO NA COMUNIDADE. DURANTE ESSE PERÍODO, TAMBÉM FOI ANALISADO O TRABALHO MULTIPROFISSIONAL REALIZADO NO CAPSI QUE VISAVA A REALIZAÇÃO DE UMA ASSISTÊNCIA DE QUALIDADE PARA AS CRIANÇAS, FAMILIARES E COMUNIDADE. ALÉM DISSO, FOI EVIDENCIADA A RELAÇÃO DE CONFIANÇA, RESPEITO E AFETO ENTRE OS PROFISSIONAIS E AS CRIANÇAS. CADA UMA DELAS CONTAVA COM UMA ASSISTÊNCIA MULTIPROFISSIONAL, NO ENTANTO, ELAS TINHAM O SEU GRUPO E TERAPEUTA DE REFERÊNCIA, E ESSA ORGANIZAÇÃO AJUDAVA TANTO NO TRABALHO DOS PROFISSIONAIS QUANTO A APRENDIZAGEM E A INTERAÇÃO DAS CRIANÇAS. OS PROJETOS TERAPÊUTICOS APRESENTAVAM FOCOS ESPECÍFICOS A SER TRABALHADOS, QUE DEPENDIAM DA DEMANDA DOS PARTICIPANTES DO GRUPO E ERA UMA OPORTUNIDADE DE CONHECER A CRIANÇA, SUAS LIMITAÇÕES, EVOLUÇÕES E APRENDIZADOS. O GRUPO QUE PARTICIPAMOS TINHA COMO TERAPEUTA DE REFERÊNCIA A ENFERMEIRA DO CAPSI, O SEU PROJETO DE ASSISTÊNCIA TINHA COMO ESTRATÉGIAS O DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM E ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA (AVD) E PARTICIPAVAM DESSE GRUPOS DUAS CRIANÇAS, UM MENINO E UMA MENINA. COM A NOSSA PARTICIPAÇÃO E OBSERVAÇÃO DAS CRIANÇAS FOI POSSÍVEL NOTAR A EVOLUÇÃO DELAS ATRAVÉS DA TERAPÊUTICA PROPOSTA. NO GRUPO DA ENFERMEIRA, NOTOU-SE QUE A MESMA UTILIZAVA DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM (SAE) PARA A REALIZAÇÃO DO CUIDADO PARA COM AS CRIANÇAS DO SEU GRUPO. FOI CONVERSADO COM ELA E VISTO QUE TANTO O MENINO QUANTO A MENINA JÁ HAVIAM ALCANÇADO ALGUMAS METAS ESTABELECIDAS E ESTAVAM SENDO TRABALHADAS PARA O ALCANCE DE OUTRAS. METAS QUE ANTES DE IMPLEMENTADAS, EMERGIRAM ATRAVÉS DO HISTÓRICO E OBSERVAÇÃO DAS CRIANÇAS, QUE LOGO APÓS FOI ESTABELECIDO O DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM, FEITO O PLANEJAMENTO E APÓS SUA IMPLEMENTAÇÃO FORAM AVALIADAS. ALÉM DA AVALIAÇÃO DAS QUE FORAM ALCANÇADAS, A ENFERMEIRA TAMBÉM TRABALHAVA COM A DETERMINAÇÃO DE NOVAS METAS. O USO DESSE MÉTODO DAVA A PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM À POSSIBILIDADE DE TRABALHAR COM O SEU GRUPO DE FORMA CONTÍNUA, AVALIANDO O QUE JÁ TINHA FEITO E ATINGIU RESULTADOS POSITIVOS, APRIMORANDO AÇÕES PARA SE OBTER MELHORES RESPOSTAS E GERAR OUTROS OBJETIVOS. ALÉM DO QUE, ERA POSSÍVEL TAMBÉM AVALIAR SE ERA PROVÁVEL ALCANÇAR DETERMINADO ALVO COM UMA ATIVIDADE ESPECÍFICA, POR EXEMPLO, SE O TRABALHO COM O QUEBRA-CABEÇA DARIA COMO RESULTADO O SABER DAS CRIANÇAS SOBRE O NOME DOS ANIMAIS, AS CORES, COORDENAÇÃO MOTORA, O APRENDER A DIVIDIR E ESPERAR A SUA VEZ. OU SEJA, AVALIAR OS MÉTODOS E MATERIAIS UTILIZADOS NAS ATIVIDADES. ESSA ASSISTÊNCIA ENGLOBAVA TAMBÉM A VIVÊNCIA DAS CRIANÇAS NA ESCOLA, EM CASA E NA COMUNIDADE EM QUE ESTÁ INSERIDA. UNINDO ESSES TRÊS ÂMBITOS DE CONVÍVIO DA CRIANÇA PARA A ELABORAÇÃO DE UM CUIDADO INTEGRAL. PARA CONSEGUIR ESSE ACOMPANHAMENTO CONTÍNUO, OS PLANEJAMENTOS DO CUIDADO PARA OS PACIENTES, ALÉM DE SEREM FEITOS DE FORMA INTEGRAL, ERAM INDIVIDUALIZADOS, CONTANDO COM A PARTICIPAÇÃO DOS FAMILIARES PARA A ELABORAÇÃO E REALIZAÇÃO DE METAS, E COM O AUXILIO DOS DEMAIS PROFISSIONAIS DA EQUIPE. CONCLUSÃO: NO PERÍODO DO ESTÁGIO FOI POSSÍVEL A OBSERVAR, NA PRÁTICA, OS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS SOBRE A SAE E SUA APLICABILIDADE NA SAÚDE MENTAL. SENDO ANALISADO COMO SE É REALIZADO O TRABALHO DA ENFERMAGEM NESSE ÂMBITO DA SAÚDE, A IMPORTÂNCIA DA SAE NA ELABORAÇÃO DAS AÇÕES DE CUIDADO, AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS USADOS PARA O ALCANCE DE METAS ESTABELECIDAS, O TRABALHO REALIZADO PARA REABILITAÇÃO DOS PACIENTES E SUA REINSERÇÃO NA COMUNIDADE. UMA EXPERIÊNCIA QUE FOI FUNDAMENTAL PARA A FORMAÇÃO DAS GRADUANDAS EM ENFERMAGEM E SUA PRÁTICA PROFISSIONAL. OPORTUNIDADE DE ADQUIRIR, COM A PRÁTICA, NOVOS CONHECIMENTOS, TENDO EM VISTA QUE A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM PODE SER EFETIVA EM QUALQUER ÂMBITO DA SAÚDE. ASSIM, É FUNDAMENTAL QUE O PROFISSIONAL TOME CONSCIÊNCIA DA IMPORTÂNCIA DESSE MÉTODO PARA A REALIZAÇÃO DO SEU TRABALHO NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL, POIS FACILITA O TRABALHO DO ENFERMEIRO NA ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DO CUIDADO. SABENDO QUE OS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM TRABALHAM TANTO COM O ASPECTO FÍSICO QUANTO O PSICOLÓGICO, CUIDANDO, ASSIM, DO PACIENTE DE FORMA INTEGRAL. CONTRIBUIÇÕES OU IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM: O EXPOSTO TRABALHO RETRATA SOBRE A DINÂMICA DO CAPSI E A IMPORTÂNCIA DA SAE PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO TERAPÊUTICO DO GRUPO DA ENFERMEIRA. SENDO UM INSTRUMENTO QUE TORNA O TRABALHO SISTEMATIZADO, CONTÍNUO E EFICAZ. COLABORANDO PARA AVALIAÇÃO DO TRABALHO PROPOSTO, DA ASSISTÊNCIA E A CONDUTA DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO FRENTE A SEUS CUIDADOS PRESTADOS.
REFERÊNCIAS:
BARBOSA CRR, COUTO FC, GOMES RW, EMMERICK V. ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AOS MODELOS SUBSTITUTIVOS NO TRATAMENTO AOS PORTADORES DE TRANSTORNOS MENTAIS. LITTERA DOCENTE & DISCENTE EM REVISTA, V.1, N.2 (2012)
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA Nº 3.088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011. INSTITUI A REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL PARA PESSOAS COM SOFRIMENTO OU TRANSTORNO MENTAL E COM NECESSIDADES DECORRENTES DO USO DE CRACK, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS, NO ÂMBITO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS).
SANTANA MAC, BARATA MAUABA, ARRUDA CAM, SILVA IG, PAIXÃO R. MANUAL DE NORMALIZAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS-CIENTÍFICOS. FACULDADE DE ENSINO E CULTURA DO CEARÁ. FORTALEZA, 2014.
DESCRITORES: ENFERMAGEM, SAÚDE MENTAL, CUIDADOS DE ENFERMAGEM |